Fies ou Financiamento Estudantil, o que é melhor?
Pagar as mensalidades de um curso superior em uma instituição particular é uma das maiores dificuldades encontradas pelos estudantes de baixa renda.
Entre Fies e financiamento estudantil, o Fies é melhor, pois oferece taxas de juros mais favoráveis. Mas há opções que possibilitam terminar a faculdade sem dívidas. Confira!
Pagar as mensalidades de um curso superior em uma instituição particular é uma das maiores dificuldades encontradas pelos estudantes de baixa e média renda.
Entre as opções para entrar na faculdade sem deixar de comer feijão estão o Fies e os financiamentos estudantis. No entanto, ambas essas opções fazem com que o aluno tenha que pagar pelo curso depois de formado.
Por isso, vamos também dar outras opções para você que não quer fazer um financiamento e acabar terminando a faculdade com uma dívida para pagar.
Mas… o que é financiamento mesmo?
Em primeiro lugar, vamos esclarecer o que é um financiamento com um exemplo:
Ana quer comprar um carro, mas não tem dinheiro para pagá-lo à vista e a concessionária só parcela em até 10 vezes. Desse jeito, o valor das parcelas fica muito alto para o orçamento da Ana.
Então, Ana vai ao banco para pedir um financiamento.
O gerente explica que o banco pode pagar o carro para ela. E a Ana pode pagar a dívida para o banco em 36 vezes com juros.
Assim, a dívida da Ana passa a ser com o banco, não com a concessionária.
Apesar de o valor final do carro sair bem mais caro, a Ana poderá pagar em parcelas mais suaves, em 36 meses.
Ana decide fechar o financiamento com o banco e sai de carro novo.
Em geral, em um financiamento, o valor dos juros aumenta de acordo com o tempo em que a pessoa se compromete a quitar a dívida: quanto mais parcelas, maiores os juros e, consequentemente, maior o valor final a pagar.
Fies
O Fies é um financiamento oferecido pelo governo federal. Ou seja, o governo paga a faculdade de quem tem Fies, e o estudante deve pagar depois para o governo.
Só que, diferente do exemplo da compra do carro da Ana, os alunos que estudam com o Fies passam a faculdade inteira pagando apenas os juros da dívida.
Os juros do Fies são de 3,4% ao ano e o estudante faz pagamentos trimestrais de até R$ 150,00 referentes a esses juros.
O aluno tem um período de carência de 18 meses após a formatura para começar a pagar as parcelas do financiamento e tem até 12 anos para amortizar sua dívida.
Resumindo, o Fies funciona assim:
- O aluno cursa toda a faculdade pagando R$ 150,00 ou menos por trimestre;
- Um ano e meio depois de formado, ele deve começar a pagar a dívida mensalmente ao governo.
- A dívida, que é equivalente à soma de todas as mensalidades do curso inteiro, pode ser parcelada em até 12 anos (144 vezes).
Como conseguir um financiamento do Fies
Para entrar no Fies, o candidato precisa comprovar renda familiar de no máximo 3 salários mínimos por pessoa e ter feito pelo menos 450 pontos na média do Enem, além de não ter zerado a redação. Mais informações sobre o Fies em: Tudo Sobre o Fies.
Financiamento estudantil
Além do Fies, que é um financiamento contratado com o governo federal, existem também financiamentos estudantis bancários ou mesmo diretamente com a faculdade.
Assim como no exemplo em que a Ana financiou um carro, ela também poderia ter financiado o curso de faculdade.
Contratando um financiamento em um banco ou na própria faculdade, deve-se estar atento às condições e vantagens que cada instituição oferece. Os juros podem ser mais altos, em torno dos 7% a 8% anuais. Embora essas sejam as taxas de juros mais baixas encontradas em financiamentos bancários, ainda são muito maiores que as do Fies (3,4% ao ano).
A vantagem desses financiamentos sobre o Fies é que eles podem ser contratados também por quem não fez ou não atingiu uma boa pontuação no Enem.
Como conseguir um financiamento estudantil
A instituição a ser contratada fará uma análise de crédito para prever se o aluno conseguirá arcar com as mensalidades após o fim do curso.
Também há prazos de duas ou três vezes o tempo do curso para que as parcelas sejam pagas, mas esse tempo varia de banco para banco.
Portanto, caso você pretenda custear um curso mais caro, como Medicina, que tem mensalidades numa média de R$ 4 mil, mas não pode utilizar o financiamento do governo, vale a pena pesquisar os financiamentos bancários, além de verificar diretamente na faculdade ou universidade escolhida, se há algum plano próprio de pagamento. Muitas delas possuem fundos de bolsas para poder oferecer o parcelamento de seus cursos.
Fies vs. Financiamento Estudantil
Se precisar e puder contratar o Fies, é uma opção melhor do que outros financiamentos estudantis.
Mas tenha em mente, seja qual for o caso, que mesmo que os juros sejam mais baixos, o melhor é não ter que apelar para financiamentos e livrar-se de começar sua vida profissional com uma dívida ainda por alguns anos.
Crédito existe para nos ajudar, mas deve ser usado sempre com responsabilidade e muito planejamento.
Por isso, listamos aqui opções que não envolvem financiamentos e que podem ser a melhor solução para entrar na faculdade pagando menos.
Como terminar a faculdade sem dívidas
A melhor opção para terminar a faculdade sem dívidas e, ainda assim, pagando um preço que caiba mensalmente no bolso, é conseguindo uma bolsa de estudos.
Existem as bolsas do Quero Bolsa, que não exigem processo seletivo nem comprovação de renda, e as bolsas do Prouni, oferecidas pelo governo federal, para quem foi bem no Enem e pode comprovar baixa renda. Veja como conseguir uma delas.
1. Bolsas de estudo do Quero Bolsa
O Quero Bolsa é um site em que você encontra ofertas de bolsas de estudo de até 75%, válidas para todas as mensalidades, até a formatura. Há bolsas para cursos presenciais, semipresenciais e a distância, de graduação e pós-graduação.
Para participar, não é preciso comprovar renda nem apresentar nota do Enem ou participar de processos seletivos. Basta encontrar a sua bolsa de estudo e garanti-la, por meio do pagamento da pré-matrícula, antes que as bolsas disponíveis acabem.
A pré-matrícula do Quero Bolsa tem no máximo o valor de uma mensalidade sem o desconto e, muitas vezes, fazendo o processo pelo Quero Bolsa, a faculdade isenta o aluno do pagamento da matrícula.
Não há cobranças de renovação da bolsa e o aluno se forma sem nenhuma dívida.
Para garantir sua bolsa, é só acessar o site: http://querobolsa.com.br, escolher seu curso e a cidade onde você quer estudar e fazer a sua pré-matrícula online.
Mais informações sobre o Quero Bolsa: fale com um Guia do Aluno, de segunda a sexta-feira, das 9h às 23h (horário de Brasília), pelo telefone 0800 941 3000.
2. Bolsas de estudo do Prouni
O Prouni (Programa Universidade para Todos) é um programa do governo federal que oferece bolsas de estudo de 50% a 100%, com base no desempenho dos candidatos no Enem e na renda familiar per capita.
Para participar do processo seletivo do Prouni, é preciso comprovar que a renda total da família, dividida pelo número de pessoas que a compõem, seja de até três salários mínimos. Além disso, é preciso ter feito pelo menos 450 pontos no Enem e não ter zerado a redação. Quanto maior a nota, mais chances o candidato tem de ser chamado.
Mais informações sobre o Prouni em: Tudo sobre o Prouni.
Quero Bolsa vs. Prouni
Se você não fez Enem ou não tirou uma nota muito legal, certamente o Quero Bolsa é a melhor opção, pois, nessas condições, não é possível nem mesmo concorrer a uma bolsa do Prouni.
Dá uma ligadinha no 0800 941 3000 e tire suas dúvidas com o melhor atendimento do Brasil!
*Artigo originalmente publicado em 27/05/2015. Atualizado em 16/06/2017.