Historiador: conheça as possibilidades de atuação para esse profissional
Além de dar aula e desenvolver pesquisas, o historiador também pode desenvolver outras funções. Saiba mais sobre elas!
Nesta quarta-feira (19) comemora-se o Dia do Historiador no Brasil. A data é celebrada há 11 anos e foi instituída pela Lei 12.130/2009, em homenagem ao diplomata e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Joaquim Nabuco.
Entretanto, outro acontecimento nesta semana trouxe mais um motivo para celebrar: na segunda-feira (17), a profissão de historiador foi regulamentada por meio da Lei 14.038/2020. Com isso, ela passa a ter pré-requisitos para ser exercida, como a formação na área, e a indicar quais atividades podem ser exercidas por esse profissional.
De acordo com a publicação no Diário Oficial da União, as atribuições do historiador, são:
- Ensino da disciplina de História para os ensinos fundamental e médio;
- Organização de informações para publicações, exposições e eventos sobre temas de História;
- Planejamento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica;
- Assessoramento voltado para a avaliação e seleção de documentos com o objetivo de preservação;
- Elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos.
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As áreas de atuação do historiador
Segundo Rui Rodrigues, professor de História Moderna no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a função de professor para os níveis fundamental e médio é a que mais absorve o profissional formado em História. Para isso, é necessário ter cursado o grau licenciatura, o qual possui enfoque em aspectos pedagógicos. Também é possível dar aulas no ensino superior mas, nesse caso, é preciso seguir para o mestrado após o término da graduação, seja ela bacharelado ou licenciatura.
O grau bacharelado, por sua vez, possibilita que além de pesquisador, o formado atue como historiador. “A formação como historiador permite também, cada vez mais, outras atividades: o trabalho em museus, arquivos e centros de memória, tanto públicos como privados, é, por exemplo, uma alternativa bastante interessante. Além das instituições públicas que se dedicam a tais atividades, cada vez mais instituições privadas (na forma de institutos culturais ou semelhantes) têm representado um campo de atuação rico para profissionais formados em História”, conta Rodrigues.
O professor acrescenta, ainda, a possibilidade de trabalhar em empresas, sindicatos, associações diversas, as quais, segundo ele, têm contratado historiadores para gerir arquivos.
O que vale mais a pena: bacharelado ou licenciatura?
Para o professor, a melhor alternativa é cursar ambas. O que, em algumas instituições, é perfeitamente possível durante a mesma formação, em um período de quatro anos.
Além de ampliar as possibilidades de atuação no mercado de trabalho, ter os dois títulos enriquece a formação desse profissional, pois ele terá acesso à dimensão completa da profissão.
“É preciso deixar claro que nos bons cursos de História a mesma dedicação é dada tanto à licenciatura quanto ao bacharelado: na primeira, aprende-se o aspecto mais diretamente pedagógico, com discussões que visam problematizar as questões relacionadas ao ensino nos níveis fundamental e médio; no segundo, aufere-se a formação mais ampla, como historiador e pesquisador”, acrescenta.
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