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Hospitais veterinários de universidades atendem o público e capacitam estudantes

Sonha em fazer Medicina Veterinária? Saiba que os hospitais veterinários das universidades são referência tanto no atendimento aos animais como na formação de estudantes.

As universidades possuem um papel muito importante no cenário do atendimento a animais no Brasil. Assim como os cursos de Medicina, faculdades de Medicina Veterinária contam com hospitais veterinários que servem como escola para estudantes da graduação e oferecem serviços à população.

A presença de médicos veterinários, residentes e estudantes transforma esses hospitais em centros de referência nos cuidados aos animais.

hospitais veterinários

Os alunos já começam a desempenhar um papel importante na rotina dos hospitais desde o início do curso. Eles já são treinados a lidar com os animais e com os tutores responsáveis pelos bichos, desde a triagem aos atendimentos mais complexos.

No Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Anhembi Morumbi, localizado na Zona Leste de São Paulo, alunos do 3º ao 10º semestre do curso participam das diferentes etapas do atendimento. Muitos deles entram na faculdade com uma ideia do que pretendem seguir na carreira. Mas é na prática dentro do hospital que percebem os diferentes caminhos que a profissão oferece.

“A formação do veterinário é generalista. Ele se forma apto a trabalhar com qualquer espécie”, afirma Aline Zoppa, coordenadora do Hovet da Anhembi Morumbi. 

“A ideia do aluno ficar no hospital desde o começo do curso é que ele pode, de alguma maneira, experimentar todas as possibilidades do curso para que consiga, mais adiante, direcionar a especialidade que ele realmente tem uma afinidade maior”, explica.

No Hovet, cerca de 120 estudantes participam de uma rotina de, em média, 120 casos de atendimentos a animais. Divididos em três turnos, os alunos acompanham e participam do trabalho executado por 50 profissionais, entre veterinários, residentes, enfermeiros, técnicos e auxiliares.

“O hospital existe em função dos alunos”, comenta Aline. “Toda a rotina é direcionada para que exista o aprendizado ao mesmo tempo em que haja o atendimento ao paciente”.

Outra referência no atendimento a animais em São Paulo é o hospital veterinário do Centro Universitário FMU. Nele, estudantes dão os primeiros passos no curso acompanhando os profissionais. “Os alunos começam observando as atividades”, conta Ana Balda, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da FMU.

Os estudantes utilizam manequins e diferentes ferramentas de aprendizagem para o primeiro contato com os atendimentos. A coordenadora afirma que “essa vivência é importante, pois eles aprendem a ter postura, a forma de abordar os tutores, a comunicação de más notícias e, depois de treinarem práticas e habilidades em modelos, estarão aptos a realizar os procedimentos.”

Centro de reabilitação recupera animais silvestres

Em São José dos Campos, interior de São Paulo, a Universidade do Vale do Paraíba (Univap) conta com o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras). O local recebe bichos vítimas de apreensão, encontrados em rodovias ou trazidos pela própria população.

hospitais universitários

“A maioria dos atendimentos realizados é de animais feridos ou neonatos que necessitem atendimento imediato”, conta Hanna Kokubun, veterinária do Cras. “A grande maioria passa um período conosco para recepção, atendimento, reabilitação e destinação”.

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Personagem segurando um sino de notificações

O Cras conta com 21 estagiários dos cursos de Ciências Biológicas e Medicina Veterinária. Os estudantes ajudam na rotina dos profissionais e nos processos clínicos junto aos animais, como observação de comportamento durante a reabilitação e identificação de reações anormais, que podem ser importantes na recuperação do animal.

“Enquanto aprendem sobre a particularidade de cada espécie, nos auxiliam a cuidar dos animais da melhor maneira possível, potencializando o seu bem-estar”, afirma a veterinária. Os alunos participam de diversos procedimentos realizados, desde a recuperação até a eventual soltura.

Depois de passar por trabalhos de fisioterapia e de estímulo para não ter o instinto selvagem prejudicado, os animais passam por uma avaliação para checar a possibilidade de reintegração à natureza. “Com o auxílio dos estagiários, realizamos etograma (estudo de comportamento), bem como testes de procura de alimento, reação de fuga a predadores e pessoas”, conta Hanna.

Os animais inaptos à soltura são destinados a locais específicos que recebem e abrigam os bichos. Caso estejam saudáveis e fisicamente aptos a voltar ao habitat, são encaminhados à fauna com autorização da Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo. Nos outros estados do país, o órgão responsável é o Ibama.

Relacionamento com o público

Os hospitais da Anhembi Morumbi e da FMU possuem atendimento particular de clínica e cirurgia geral. Contam com diversos tipos de serviço, como ortopedia, dermatologia, neurologia, além de exames laboratoriais e de imagem e reabilitação com fisioterapia e acupuntura.

As veterinárias citam casos dermatológicos, atropelamentos que exigem cirurgias e casos de oncologia como os mais comuns. “Pelo fato dos pacientes viverem mais, temos mais idosos na população e os tumores, infelizmente são bastante frequentes”, conta Ana Balda, da FMU.

“Os animais estão tendo mais contato com as toxinas e as coisas que as pessoas têm e acabam, também, desenvolvendo tumores”, completa Aline Zoppa, da Anhembi Morumbi.

Em casos de animais silvestres, o envolvimento da população é fundamental para que os bichos possam ser atendidos. “Com o auxílio da população, os animais podem ser resgatados pelos órgãos competentes para atendimento médico e as medidas necessárias podem ser tomadas”, diz Hanna Kokubun, veterinária do Cras da Univap.

Ela cita exemplos de como os casos com animais doentes em áreas públicas sinalizam algo que pode refletir para as pessoas.

“Um aviso sobre um primata que está doente sinaliza que pode haver um vírus na região e podemos proteger as pessoas com vacinas; uma capivara ferida, se não for retirada do local, além de necessitar atendimento, pode ser alvo de um acidente de carro e ferir várias pessoas; um animal que foi maltratado sinaliza aos órgãos públicos que há pessoas de má índole na região”, explica Hanna.

Para notificar casos envolvendo animais, as denúncias podem ser feitas diretamente à Polícia Ambiental da região ou no disque-denúncia da cidade ou estado.

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