Nota do Enem: como funciona a TRI
Está querendo entender melhor como funciona a TRI da nota do Enem? Não perca essas explicações que podem ajudar muito nisso
Atualizado em 10/01/2024
Saber como funciona a TRI (Teoria de Resposta ao Item) na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode deixar muita gente de cabelo em pé, não é mesmo?
Já que o assunto gera tanta confusão, a Revista Quero preparou este post para explicar essa teoria e ajudar você a entender melhor como ela funciona.
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Mas, afinal, como as teorias relacionadas a acertos em provas começaram?
Antes mesmo de entender como a TRI funciona, é preciso entender o cenário que era enfrentado antes de ela existir.
Na verdade, o que havia era uma grande limitação com a Teoria Clássica dos Testes (TCT), afinal, essa teoria só mede o número de acertos em uma prova e torna difícil a comparação de desempenhos em provas diferentes.
O que existia em relação à prova do Enem era justamente essa dificuldade. Por isso, o uso da TRI na nota no Enem teve como objetivo permitir essa comparação dos resultados entre os anos e a aplicação da prova várias vezes ao ano.
A questão do chute na TRI
Outro ponto que vale lembrar é que o modelo utilizado no Enem segue três parâmetros de avaliação:
- o de discriminação, que diferencia os participantes que dominam e os que não dominam a habilidade exigida em determinada questão.
- o de dificuldade, capaz de avaliar a complexidade da questão – quanto maior seu valor, mais difícil é o item e vice-versa – e é expresso na mesma escala da proficiência.
- o de acerto casual, que significa a probabilidade de um participante acertar a questão sem dominar a habilidade exigida (famoso “chute”).
Isso é conseguido por meio de pré-testagens dos itens, ou seja, alguns alunos fazem uma prova teste para que se avaliem as questões em uma escala de acordo com o nível de conhecimento que elas exigem. Depois disso, as questões são divididas em “fáceis”, “médias” e “difíceis”.
Essas questões também passam a fazer parte de um banco de itens, e a partir dele é possível elaborar um ou mais testes, de acordo com as necessidades. Assim, as proficiências são medidas na mesma escala e possíveis de serem comparadas.
O que é importante entender sobre a TRI
A TRI leva em conta não só o número de acertos, mas também o padrão de respostas do participante da prova.
Ou seja, se duas pessoas apresentam o mesmo número de acertos, podem receber da TRI diferentes valores de proficiência e notas no Enem. A maior proficiência será do candidato que tiver respostas aos itens de forma mais coerente. Isso quer dizer: acertar as questões mais fáceis e médias e errar as mais difíceis.
Veja também: Qual é a nota mínima no Enem para entrar na faculdade?
Quando a TRI começou a ser usada
O uso da TRI em avaliações educacionais no Brasil começou com o Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb), em 1995. Depois, ela foi sendo utilizada em outras provas.
Provas que utilizam a TRI
- Encceja
- Prova Brasil
- Toefl (exame de proficiência em língua inglesa)
- SAT (Scholastic Aptitude Test ou Scholastic Assessment Test). Esse é um exame educacional dos Estados Unidos, aplicado para estudantes do Ensino Médio. Ele serve para admissão de alunos nas universidades norte-americanas.
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Países que utilizam a TRI
- Estados Unidos
- França
- Holanda
- Coreia do Sul
- China
- Países participantes do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
Fonte: Entenda a Teoria de Respostas ao Item (TRI), utilizada no Enem (Camila Akemi Karino e Dalton Francisco de Andrade).
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Onde estudar com a nota do Enem
O Enem é o principal vestibular do país. Com a sua nota, você pode ingressar em universidades públicas e privadas por meio dos programas do governo ou por ingresso direto em diversas instituições de ensino.
A seguir, você confere uma lista de algumas universidades que aceitam a nota do Enem e que oferecem condições especiais para você cursar uma graduação: