Como o TRI calcula a nota do Enem?
O cálculo da nota do Enem pelo TRI é baseado em uma análise detalhada do desempenho do candidato em cada questão da prova. O processo envolve três principais aspectos:
- Discriminação: Esse parâmetro avalia a capacidade da questão de diferenciar entre os candidatos que dominam a área de conhecimento e aqueles que não dominam. Ou seja, ela discrimina quem realmente sabe o conteúdo de quem ainda não adquiriu aquele conhecimento.
- Dificuldade: Está associada ao nível de dificuldade da habilidade exigida pela pergunta. Questões mais difíceis recebem um peso maior na pontuação final.
- Acerto casual: A TRI também considera a probabilidade de um candidato acertar uma pergunta sem dominar a habilidade necessária, ou seja, por chute. Se o padrão de respostas indicar inconsistência, como acertos em questões difíceis e erros em fáceis, o sistema ajusta a nota para evitar que chutes aumentem injustamente a pontuação.
Além desses fatores, a nota é calculada em uma escala de 100 a 1000 pontos, com o valor de 500 representando questões de dificuldade mediana. Questões mais fáceis ficam abaixo de 500 e as mais difíceis, acima.
O resultado final é uma pontuação que não depende apenas do número de acertos, mas do padrão de acertos, ou seja, qualidade e consistência das respostas. Esse modelo garante que a avaliação seja mais justa, pois penaliza chutes e valoriza o conhecimento real do candidato.
O que o TRI considera fácil?
O TRI considera uma questão fácil quando uma porcentagem alta de participantes a acerta. No entanto, essa classificação não é informada durante a prova. As questões só recebem a definição de dificuldade depois que as respostas dos estudantes são analisadas.
Se a maioria dos candidatos acerta uma questão, ela é classificada como fácil. Por outro lado, se apenas uma pequena porcentagem consegue acertá-la, a questão é considerada difícil. Portanto, o nível de dificuldade depende do desempenho geral dos participantes na prova.
Como aumentar a sua nota no Enem com a TRI?
No Enem, é fundamental entender que perguntas fáceis,médias e difíceis estão misturadas e que, ao invés de realizar as questões na ordem em que elasaparecem no exame, deve-se fazê-las na ordem crescente de dificuldade, pois assim o tempo serámelhor utilizado.
A partir disso, o professor do Curso Pré-vestibular Oficina do Estudante reforça que uma respostanunca deve ser chutada, apenas em último caso.
“O ideal seria resolver a prova em leituras. Entãoele faz uma primeira leitura, resolve as fáceis, marca as médias. Faz uma segunda leitura, resolve asmédias, marca as difíceis. Na terceira leitura ele vai tentar resolver as difíceis e as que ele nãoresolveu, poderá chutar”, explica Rodrigo.
Por fim, a principal dica que o docente dá para estudantes é entender que o Enem pode avaliar asua contradição durante a resolução do vestibular, então o ideal é organizar melhor o tempo para realmente conseguir fazer todas as questões fáceis e médias, pelo menos.
“Um aluno que tem 18 acertos em matemática pode tirar, por exemplo, de 500 a 690 pontos,dependendo de sua coerência pedagógica, isto é, você não pode se contradizer. Se o candidatochuta por chutar ou por faltar tempo, ele pode contradizer tudo aquilo que ele falou ou tudo aquiloque ele aprendeu, incluindo acertar uma questão difícil e errar uma questão fácil. Por isso, éfundamental distribuir da melhor forma o tempo de resolução das questões”, finaliza Rodrigo.