O conceito de escola bilíngue
As escolas bilíngues tem seu embrião nos Estados Unidos dos anos 60, carregadas de características do ensino compensatório, buscando auxiliar crianças que chegavam à escola tendo aprendido em casa uma língua diferente daquela oferecida na instituição de ensino que iriam frequentar.
No Brasil, o ensino de uma língua estrangeira é atrelada ao ensino regular, com todas as suas restrições, data do início do século XIX. No entanto, as escolas com dois idiomas começaram a ser instaladas no século XX, por comunidades de estrangeiros que passaram a residir no país. Contudo, é preciso observar que a maioria dessas instituições se diferem das escolas bilíngues como conhecemos hoje, já que, elas não seguiam os padrões da educação brasileira, compondo, portanto, o rol de escolas internacionais.
Outro ponto a ser observado é que escolas destinadas ao ensino bilíngue, do português e a da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), também ocupam espaço no pioneirismo do bilinguismo no país.
A partir dos anos 80 é que o currículo bilíngue começou a se expandir no país, principalmente nos grandes centros.
O que a escola precisa para ser bilíngue?
A Organização das Escolas Bilíngues de São Paulo (OEBI), considera bilíngue, as escolas que possuem pelo menos 75% de sua carga horária em outra língua no Ensino Infantil, e de 25% no Ensino Médio.
Vale lembrar que, apesar de trabalharem com duas línguas – a materna e a estrangeira – as instituições bilíngues devem seguir as diretrizes existentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além disso, a escola deve oferecer aos alunos um contexto global de aprendizagem bilíngue, dentro e fora de sala de aula. Por esse motivo, a educação bilíngue requer que todos os profissionais que atuam diretamente com os alunos consigam se comunicar nos dois idiomas ensinados.
Agora que você já sabe o que é uma escola bilíngue, vamos explicar como o método funciona e como é a rotina escolar das crianças que frequentam esses colégios.