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O que faz um infectologista?

Veja como atua um infectologista e saiba como é a rotina de trabalho desse profissional tão requisitado em tempos de pandemia.

Atualizado em 26/01/2022

A pandemia causada pelo coronavírus trouxe à tona o trabalho de um profissional com uma especialidade médica pouca conhecida: a de um infectologista.

Para mostrar um pouco a realidade desse médico especialista no Brasil, a Revista Quero foi buscar mais informações sobre ele.

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Mas, afinal, o que faz um infectologista?

Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, o infectologista é o médico especialista em diagnosticar doenças infecciosas que podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos, entre outros microrganismos.

Infectologista no ambiente de trabalho

Ele faz o diagnóstico e trabalha com a prevenção para tratar pacientes com infecções provocadas por microrganismos. Geralmente, atende em consultórios, clínicas ou hospitais. 

Seu principal objetivo é investigar, apresentar propostas de uma terapia adequada e prevenir processos infecciosos, assim como analisar o quadro clínico em questão. O profissional ainda acompanha os pacientes buscando uma melhor qualidade para a saúde deles.

Veja também: Áreas da Medicina

Quais são as áreas em que o infectologista pode atuar

  • Imunizações
  • Infecções sexualmente transmissíveis e hepatites virais
  • Resistência antimicrobiana/infecção hospitalar   
  • Zoonoses e arboviroses
  • Medicina tropical e do viajante
Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia

Quais são as principais doenças tratadas por infectologistas?

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Dengue 

  • Zika
  • Chikungunya
  • Febre amarela
  • Tuberculose
  • Meningites
  • Pneumonias
  • Infecções em feridas
  • Micoses
  • Verminoses
  • AIDS
  • Hepatites
  • Gonorreia 
  • Sífilis
  • Clamídia 
  • Herpes
  • Quais são os maiores desafios que envolvem a carreira

    Para o infectologista Luiz Fernando Degrecci Relvas, desde a epidemia do HIV, esse profissional passou a ser o médico de referência para todos os pacientes portadores da doença. “Não focamos no tratamento do vírus, cuidamos da pessoa. Essa é uma grande responsabilidade e uma grande demanda”, destaca Relvas.

    paciente para ser tratada por infectologista

    Sobre os desafios da especialidade, ele lembra: “acredito que hoje o maior deles seja encontrar remuneração e local de trabalho atrativos. A Infectologia é uma especialidade totalmente clínica e tem várias situações clínicas que mimetizam quadros não infecciosos. Portanto, o infectologista acaba dominando a clínica médica de forma ampla e sempre consegue ajudar ou direcionar o paciente”.

    Como está o mercado de trabalho para os infectologistas

    O mercado de trabalho para os infectologistas no Brasil não é um dos mais favoráveis no sentido de oferecer boas condições. “Especialidades que fazem procedimentos, por exemplo, oferecem rendimentos melhores sem todo esse envolvimento. Agrega-se a isso o fato de que quem opta por atender consultas, encontra, pelo menos nos grandes centros, grandes filas de espera e grande quantidade de pacientes”, explica Luiz Fernando.

    “Como grande parte do público do infectologista faz tratamento pelo SUS, a falta de novos concursos reduz muito as opções de trabalho na especialidade. Por outro lado, todos os hospitais precisam de um infectologista, pelo menos no Setor de Controle de Infecção Hospitalar. Hoje, o mercado de trabalho não está em ampliação. Muitos acabam fazendo outras especialidades ou trabalhando com Terapia Intensiva”, completa o especialista. 

    Esses pontos fazem com que a especialidade, apesar da fascinante, sofra gradativamente de um desinteresse pelo médicos recém-formados.

    Quanto ganha um infectologista no Brasil?

    Segundo dados de 2019 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o salário médio de um infectologista no Brasil é de R$6.790,50

    Os números sobre a infectologia no Brasil

    • A especialidade apresenta apenas 3.746 médicos, ou seja, 1,0 na distribuição dos títulos de especialistas. 
    • A média de idade dos médicos infectologistas no Brasil é de 45,2 anos. 
    • As mulheres são maioria entre os infectologistas (58,2%).
    Fonte: Dados de 2018 da Demografia Médica, do Conselho Federal de Medicina.

    Curiosidade

    O dia 11 de abril é o Dia do Infectologista. A escolha da data foi para homenagear os profissionais da área. Ela é o aniversário do Dr. Emílio Ribas, renomado médico que atuou no campo das doenças infecciosas.

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