Lista de obras para o vestibular Unicamp 2026: inclui títulos como “Prosas Seguidas de Odes Mínimas” de José Paulo Paes, “Olhos d’Água” de Conceição Evaristo e “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll, entre outros.
Cobrança das obras nas duas fases: as obras serão cobradas tanto na primeira fase quanto na segunda fase, exigindo estudo profundo e crítico.
Análise das obras: as questões abordam as obras sob três perspectivas: internas (trama e personagens), contextuais (período histórico e movimento literário) e externas (relações com o contexto social e político contemporâneo).
A seguir, confira todas as obras, músicas e contos serão cobrados na Unicamp 2026!
A primeira fase do vestibular da Unicamp 2026 acontece em 26 de outubro e, com a proximidade do exame, muitos candidatos já estão revisando a lista de obras literárias obrigatórias que serão cobradas na prova.
O estudo aprofundado dessas obras é essencial, não apenas para dominar a trama, mas também para entender os contextos históricos e sociais que moldam as narrativas.
A Convest divulgou com antecedência, em 2022, quais seriam as obras cobradas nas próximas três edições do exame, de 2024, 2025 e 2026. Confira, abaixo, a lista de obras que serão cobradas no vestibular de 2026 da Unicamp:
Prosas Seguidas de Odes Mínimas (1992) – José Paulo Paes
Este livro reúne uma série de textos curtos e poesias do autor, destacando seu estilo único que mistura o erudito com o cotidiano. Os textos trazem reflexões sobre a vida, o tempo e a sociedade, sendo uma excelente oportunidade para discutir a poética de Paes.
Olhos d’Água (2014) – Conceição Evaristo
A obra de Evaristo é uma coletânea de 15 contos que abordam a vida de mulheres negras no Brasil, tratando de temas como resistência, identidade e pertencimento. O livro traz uma visão poderosa e sensível sobre a luta social e as experiências de marginalização.
A Vida Não É Útil (2020) – Ailton Krenak
Este livro do pensador Ailton Krenak propõe uma reflexão crítica sobre a sociedade contemporânea, abordando questões ecológicas e a desconexão do homem com a natureza. Krenak oferece uma perspectiva indígena sobre o futuro do planeta e a forma como os seres humanos se relacionam com a Terra.
Esta obra de Machado de Assis é uma das mais representativas do realismo brasileiro, trazendo à tona críticas sociais e psicológicas da sociedade carioca do século XIX. A história discute as dinâmicas familiares e sociais de forma irônica e profunda.
Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá (1919) – Lima Barreto
A obra narra a história de um homem que busca na busca pela ascensão social e na exploração dos outros, trazendo à tona as contradições e as injustiças de sua sociedade. O romance também expõe as dificuldades de Lima Barreto em relação ao preconceito racial e social.
No Seu Pescoço (2017) – Chimamanda Ngozi Adichie
Esta coletânea de contos aborda a experiência de mulheres e homens africanos que enfrentam as adversidades do pós-colonialismo, a migração e as questões de identidade. A autora traça um retrato da realidade das pessoas da Nigéria e de outros países africanos.
Morangos Mofados (1982) – Caio Fernando Abreu (contos selecionados)
Os contos contidos no livro “Morangos Mofados” exploram a solidão, a busca por identidade e a tensão das relações humanas, comuns no estilo de Abreu. São histórias que refletem uma geração perdida e sua luta por significado.
Para o vestibular, sendo a Convest, serão cobrados os seguintes contos: “Diálogo”, “Além do Ponto”, “Terça-Feira Gorda”, “Pêra, uva ou maçã?”, “O dia em que Júpiter encontrou Saturno”, e “Aqueles dois”.
Cartola, um dos maiores ícones do samba brasileiro, tem sua obra marcada pela melancolia e pela crítica social.
As canções escolhidas para o vestibular são: “Alvorada”, “As rosas não falam”, “Cordas de aço”, “Disfarça e chora”, “O inverno do meu tempo”, “O mundo é um moinho”, “Que é feito de você?”, “Sala de recepção”, “Silêncio de um cipreste” e “Sim”. Cada uma dessas canções carrega uma mensagem de dor, esperança e o retrato de uma sociedade que luta para encontrar seu lugar.
Alice no País das Maravilhas (1865) – Lewis Carroll
O clássico de Lewis Carroll é uma fábula literária que questiona a lógica, a linguagem e os conceitos de realidade, explorando o mundo do absurdo e da imaginação. A obra é um marco do pensamento literário e filosófico, apresentando uma crítica à sociedade vitoriana e seus valores.
As obras da Unicamp caem na 1ª ou 2ª fase do vestibular?
As obras literárias cobradas no vestibular da Unicamp 2026 são abordadas tanto na primeira quanto na segunda fase do exame. Na primeira fase, os candidatos devem responder a doze questões, distribuídas entre Língua Portuguesa e Literatura.
Já na segunda fase, são seis questões que também exigem o conhecimento das obras. As perguntas podem ser tanto objetivas quanto discursivas, o que significa que o estudo das obras deve ser abrangente e aprofundado para todas as etapas do vestibular.
Importante destacar que o vestibular da Unicamp não se limita a verificar a memorização dos conteúdos. As questões exigem uma análise crítica e uma compreensão mais profunda das obras, levando em conta diferentes abordagens.
As obras são trabalhadas a partir de três perspectivas principais:
Internas: as questões abordam a trama da obra, como a sua evolução e a progressão dos personagens. Isso exige que o candidato compreenda os principais eventos, os conflitos e as transformações que ocorrem ao longo da narrativa.
Contextuais: o candidato também será desafiado a situar a obra no seu período histórico e movimento literário, compreendendo as influências que moldaram o autor e a sua produção. Isso inclui perceber as características da escola literária à qual a obra pertence e como isso se reflete nas escolhas narrativas.
Externas: as questões externas exigem uma conexão das obras com o mundo contemporâneo e com correntes críticas. Ou seja, o candidato deve ser capaz de relacionar os textos literários com questões sociais, culturais e políticas atuais, além de identificar influências de diferentes teorias literárias.
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