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Requisitos funcionais e não funcionais: o que são, diferenças e exemplos

por Luiz Fernando Miranda em 29/01/24

Na engenharia de software, a construção de um sistema eficaz se assemelha à edificação de uma grande estrutura arquitetônica. Ambos requerem uma fundação sólida, cuidadosamente planejada, que dita a robustez e a funcionalidade da construção. Essa fundação, na engenharia de software, é composta pelos requisitos funcionais e não funcionais.

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Esse conceitos representam, na essência, o coração e a alma de qualquer projeto de software. Eles definem o que o software deve fazer e como ele deve operar em diferentes ambientes e situações. Esses requisitos moldam a experiência do usuário, a eficiência operacional e a adaptabilidade do software.

A seguir, você entenderá o significado desses requisitos, explorando sua importância inestimável para o desenvolvimento de software. Ao entender esses conceitos fundamentais, você terá insights valiosos sobre como aplicativos e sistemas são construídos para atender às demandas complexas e dinâmicas do mundo digital. 

Requisitos funcionais e não funcionais: o que são, diferenças e exemplos

O que são requisitos funcionais?

Após estabelecer a importância dos requisitos funcionais e não funcionais na engenharia de software, é fundamental compreender o que exatamente são os requisitos funcionais. 

De forma simplificada, os requisitos funcionais descrevem as ações específicas que um sistema ou aplicativo deve ser capaz de executar. Eles são as capacidades concretas e as operações que o software deve realizar para atender às necessidades e expectativas do usuário.

Imagine um aplicativo de gerenciamento de tarefas: os requisitos funcionais desse aplicativo incluiriam a capacidade de adicionar novas tarefas, definir prazos, atribuir tarefas a usuários específicos e gerar relatórios de progresso. Cada um desses elementos representa uma funcionalidade específica que o software deve oferecer para ser considerado funcional e útil.

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Exemplos de requisitos funcionais

Para ilustrar melhor, considere alguns exemplos variados de requisitos funcionais:

  • Processamento de transações: Em um sistema de e-commerce, um requisito funcional pode ser a capacidade de processar pagamentos de forma segura, incluindo a integração com gateways de pagamento e bancos.

  • Gerenciamento de usuários: Em um aplicativo de rede social, a funcionalidade de criar um perfil de usuário, editar informações pessoais e interagir com outros usuários é um requisito funcional chave.

  • Busca e filtragem de dados: Em um software de análise de dados, a habilidade de pesquisar, filtrar e visualizar conjuntos de dados específicos é um exemplo de requisito funcional.

  • Geração de relatórios: Em sistemas corporativos, a capacidade de gerar relatórios financeiros ou de desempenho automáticos e personalizáveis é um requisito funcional comum.

  • Integração com outros sistemas: Para softwares que operam em ecossistemas complexos, como um CRM, a capacidade de se integrar com outros sistemas (como e-mail ou plataformas de marketing) é um requisito funcional importante.

Cada um desses exemplos demonstra uma funcionalidade específica que um software deve ser capaz de realizar. Ao definir requisitos funcionais claros e objetivos, os desenvolvedores e as partes interessadas podem assegurar que o software atenda às necessidades de seus usuários finais de maneira eficaz.

Enquanto os requisitos funcionais delineiam o que um software deve fazer, os requisitos não funcionais especificam como o software deve fazer isso. Eles são cruciais para garantir a qualidade e a eficiência do software, abrangendo aspectos como desempenho, segurança, confiabilidade e usabilidade. Esses requisitos não estão diretamente ligados às funções específicas do software, mas sim à sua operação e ambiente.

Por exemplo, ao considerar um aplicativo bancário, um requisito funcional seria a capacidade de realizar transferências financeiras. Em contrapartida, um requisito não funcional relacionado seria a garantia de que todas as transações sejam processadas em menos de três segundos, ou que o aplicativo mantenha um alto nível de segurança de dados para proteger as informações do usuário.

Categorias de requisitos não funcionais

  • Desempenho: Refere-se à rapidez e eficiência com que um sistema responde às ações do usuário. Por exemplo, o tempo de resposta de uma consulta de banco de dados em um software de gestão.

  • Segurança: Abrange a proteção de dados e a resistência a ataques maliciosos. Um exemplo seria a criptografia de dados em um aplicativo de mensagens.

  • Confiabilidade: Relacionado à consistência e precisão do software ao longo do tempo. Por exemplo, a garantia de que um sistema de monitoramento de saúde funcione continuamente sem falhas.

  • Usabilidade: Envolve a facilidade com que os usuários podem aprender e utilizar o software. Um exemplo seria a interface intuitiva de um aplicativo de comércio eletrônico.

  • Manutenibilidade: Refere-se à facilidade com que o software pode ser atualizado e mantido. Um exemplo seria a capacidade de um sistema operacional de receber e instalar atualizações automaticamente.

  • Portabilidade: A capacidade do software de operar em diferentes ambientes ou plataformas, como diferentes sistemas operacionais ou dispositivos móveis.

Essas categorias de requisitos não funcionais são fundamentais para o sucesso e a longevidade de um software. Eles garantem que o software ofereça uma experiência de qualidade, seja seguro, confiável e adaptável às necessidades do mercado.

Interseção entre funcionais e não funcionais

A relação entre requisitos funcionais e não funcionais é vital para o sucesso de qualquer projeto de software. Esses dois tipos de requisitos não operam isoladamente; ao contrário, eles se inter-relacionam e influenciam um ao outro de maneira significativa.

Um exemplo dessa interseção pode ser observado em um aplicativo de comércio eletrônico. Nele, um requisito funcional seria a capacidade de adicionar itens ao carrinho de compras. No entanto, a eficácia dessa funcionalidade depende em grande parte dos requisitos não funcionais, como a velocidade de carregamento da página (desempenho) e a facilidade de navegação (usabilidade). Se o site é lento ou confuso, a funcionalidade de adicionar itens ao carrinho pode se tornar ineficiente, afetando diretamente a experiência do usuário.

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Importância na Engenharia de Software

A importância desses requisitos no ciclo de vida do desenvolvimento de software é imensa. Eles definem não apenas o que o software faz (requisitos funcionais), mas também a qualidade e a eficiência com que ele o faz (requisitos não funcionais). A inter-relação entre estes dois tipos de requisitos é crucial para garantir a satisfação do usuário e a adequação do software ao seu propósito pretendido.

Por exemplo, em um sistema de gestão de projetos, os requisitos funcionais definirão capacidades como a criação de tarefas e a definição de prazos. Os requisitos não funcionais, como a segurança da informação e a capacidade de resposta do sistema, garantirão que estas funcionalidades sejam usadas de forma segura. A falta de atenção a qualquer um desses aspectos pode comprometer a utilidade e a aceitação do software pelos usuários finais.

Portanto, a engenharia de software exige um equilíbrio cuidadoso entre requisitos funcionais e não funcionais. A otimização desses requisitos em conjunto eleva a qualidade do software, atendendo às necessidades do usuário e mantendo a competitividade no mercado.

Desafios na definição de requisitos

Definir requisitos funcionais e não funcionais em um projeto de software é uma tarefa complexa e repleta de desafios. Esses desafios podem variar desde a comunicação inadequada entre as partes interessadas até a dificuldade em prever mudanças no ambiente tecnológico ou nas necessidades do usuário. Veja alguns dos desafios mais comuns e estratégias para superá-los.

  • Comunicação ineficaz: Um dos maiores desafios é garantir uma comunicação clara e eficiente entre todas as partes interessadas. Muitas vezes, a falta de comunicação pode levar a mal-entendidos sobre o que é necessário e o que é possível.

  • Como superar: É fundamental estabelecer canais de comunicação eficientes e utilizar técnicas como reuniões regulares, documentação clara e prototipagem para garantir que todos estejam na mesma página.
  • Mudanças nos requisitos: Em um ambiente tecnológico em rápida evolução, os requisitos podem mudar durante o ciclo de vida do projeto. Isso pode desafiar a flexibilidade e adaptabilidade do projeto.

    • Como superar: Adotar uma abordagem ágil no desenvolvimento de software, onde os requisitos podem ser ajustados e refinados ao longo do projeto, pode ser uma solução eficaz.

  • Entendimento dos requisitos não funcionais: Frequentemente, os requisitos não funcionais são subestimados ou mal compreendidos, o que pode afetar a qualidade e a performance do software.

    • Como superar: É importante dedicar tempo e recursos para definir claramente os requisitos não funcionais, envolvendo especialistas quando necessário e utilizando benchmarks e padrões da indústria.

  • Equilíbrio entre requisitos funcionais e Não Funcionais: Encontrar o equilíbrio correto entre estes dois tipos de requisitos pode ser um desafio, principalmente em termos de orçamento e recursos.

    • Como superar: Priorização é a chave. É necessário avaliar o impacto de cada requisito no sucesso geral do projeto e alocar recursos de acordo.

  • Restrições técnicas e orçamentárias: Limitações em termos de tecnologia disponível e orçamento podem restringir a realização de certos requisitos.

    • Como superar: Uma análise cuidadosa das restrições técnicas e financeiras desde o início do projeto pode ajudar a definir expectativas realistas e encontrar soluções criativas.

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    Como se manter atualizado no mundo da Engenharia de Software

    Os requisitos funcionais e não funcionais são a espinha dorsal de qualquer projeto de software, definindo não apenas o que o software fará, mas também como ele será operado e percebido pelos usuários. A relação simbiótica entre requisitos funcionais e não funcionais enfatiza a necessidade de uma abordagem equilibrada e integrada na engenharia de software.

    No futuro, a engenharia de requisitos continuará a evoluir, especialmente à medida que novas tecnologias emergem e as expectativas dos usuários se tornam cada vez mais sofisticadas. Desse modo, profissionais da área devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças, mantendo sempre o foco na entrega de soluções que não apenas atendam, mas superem as expectativas dos usuários.

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