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Ensino Básico

Ser filho único pode afetar o desenvolvimento da criança?

por Yuri Marques em 26/05/23 420 visualizações


A dinâmica familiar em relação à quantidade de filhos varia de uma família para outra, e uma das configurações familiares mais comuns é ter um filho único. Embora existam muitos mitos envolvendo o tema, essa configuração familiar está cada vez mais presente nos lares brasileiros. 

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A casa cheia de décadas atrás, embora ainda seja realidade em alguns lugares, é cada vez mais rara. Em 2008, o tamanho médio das famílias no Brasil era de 3,62. Dez anos depois, essa taxa está em 3,07%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Esse índice, que segue em queda, deve-se em parte a outro dado importante: a taxa de fecundidade das mulheres, que já foi de 6,16 (1940), está, atualmente, em 1,76, de acordo com o censo de 2021. Pensando nisso, muitas famílias se questionam se a decisão de não ter outros filhos pode afetar no desenvolvimento dessa criança que crescerá sem irmãos.

De acordo com um estudo brasileiro, realizado com 360 adolescentes do ensino médio, trouxe conclusões interessantes a respeito do desenvolvimento socioemocional dos filhos únicos. Segundo a pesquisa, os aspectos socioemocionais das crianças filhas únicas não eram tão diferentes daquelas que tinham irmãos. 

Outros estudos anteriores já apontaram que o estereótipo do filho único não se sustenta na realidade: a respeito de problemas de personalidade, sociabilidade e satisfação pessoal, não há diferenças entre eles e as crianças com irmãos.

Em linhas gerais, neste artigo, vamos explorar essa questão e analisar como ser filho único pode, aparentemente, envolver questões que carecem o crescimento e o desenvolvimento da personalidade infantil. Continue a leitura.

O desenvolvimento da criança sem irmãos

1. Relações sociais e habilidades sociais:

Uma das preocupações frequentes é que as crianças que crescem como filhos únicos podem ter dificuldade em desenvolver habilidades sociais, devido à falta de irmãos para interagir em casa. 

No entanto, é importante ressaltar que tais habilidades são adquiridas em diversos contextos, como na escola, em atividades extracurriculares e com amigos. Desde que a criança tenha oportunidades de interação social fora do ambiente familiar, é possível desenvolver habilidades sociais saudáveis.

2. Autonomia e independência:

Ser filho único pode estimular a autonomia e a independência na criança. Com menos dependência de irmãos, ela pode aprender a resolver problemas por conta própria e tomar decisões independentes desde cedo. Essa autonomia pode ser benéfica em termos de autoconfiança e desenvolvimento pessoal.

3. Relação com os pais:

Em famílias com apenas um filho e sem outros irmãos, a relação entre responsáveis e filhos pode ser intensa e mais próxima. Os pais têm mais tempo e energia para se dedicar ao desenvolvimento da criança, oferecendo apoio emocional e estímulo educacional. Essa relação íntima pode proporcionar um ambiente seguro e afetivo para o crescimento saudável da criança.

4. Criatividade e imaginação:

A ausência de irmãos pode estimular a criatividade e a imaginação da criança. Ela pode se envolver em atividades solitárias, explorar seus interesses pessoais e desenvolver um mundo imaginário rico. Essa capacidade de brincar e se entreter sozinho pode ser uma vantagem em termos de estimulação cognitiva e desenvolvimento criativo.

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5. Responsabilidade e maturidade precoce:

Filhos únicos muitas vezes têm mais responsabilidades em casa, como ajudar nas tarefas domésticas ou cuidar de seus próprios pertences. Essas responsabilidades podem promover a maturidade precoce e o senso de responsabilidade na criança, preparando-a para desafios futuros.

E quando fala-se sobre um irmãozinho?

relação entre irmãos é um laboratório natural para a aprendizagem de crianças pequenas a respeito de seu mundo. É um lugar protegido e seguro para aprender a interagir com outras crianças que são parceiros interessantes e envolvidos em brincadeiras, aprender maneiras construtivas de resolver desacordos e aprender a regular emoções positivas e negativas de formas socialmente aceitáveis. 

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Os benefícios do estabelecimento de relações calorosas e positivas com irmãos podem durar a vida inteira, ao passo que relações iniciais mais difíceis podem associar-se a resultados de desenvolvimento insatisfatórios. A tarefa dos irmãos na infância é encontrar um equilíbrio entre os aspectos positivos e negativos de suas relações à medida que crescem juntos.

Segundo especialistas, os filhos que não têm irmãos, precisam ser estimulados a conviver com outras crianças, e isso pode acontecer quando eles têm acesso à educação infantil já nos primeiros anos de vida. Todas as crianças têm direito de socializar, brincar e explorar o mundo. Essa oportunidade é fundamental para a formação do indivíduo, para estimular a capacidade de saber dividir e desenvolver a empatia.

Ser filho único não é necessariamente uma desvantagem para o desenvolvimento infantil. Embora possam existir algumas diferenças em relação a crianças com irmãos, os filhos únicos têm a oportunidade de se desenvolver em diversos aspectos, como habilidades sociais, autonomia, criatividade e responsabilidade. O papel dos pais em oferecer um ambiente estimulante e proporcionar oportunidades de interação social é fundamental para um desenvolvimento saudável e equilibrado da criança. 

E então, gostou desse conteúdo? Compartilhe esse texto com outras pessoas que queiram saber mais sobre o desenvolvimento de crianças que crescem como filhos únicos e sem irmãos. Não esqueça de consultar o nosso blog para acessar outros conteúdos.

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Yuri Marques

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