Como funciona a nova política de cotas da Unicamp?
De acordo com a decisão, a Unicamp reservará uma ou duas vagas por curso de graduação para candidatos que se identifiquem como trans, travestis ou não binários.
A seleção ocorrerá por meio do Enem, seguindo os mesmos critérios das cotas para estudantes de baixa renda, mas com um foco específico na população trans.
Nos cursos com até 30 vagas, pelo menos uma vaga será destinada a essa população. Já nos cursos com 30 ou mais vagas, serão reservadas duas.
Além disso, a inscrição para essas vagas incluirá a autodeclaração dos candidatos, que deverão também submeter um relato de vida, que será avaliado por uma comissão de verificação.
A Unicamp já se prepara para a implementação dessa nova política e, após cinco anos, realizará uma avaliação dos resultados.
O que motivou a criação dessa nova política na Unicamp?
A decisão da Unicamp reflete uma tendência crescente em instituições de ensino superior brasileiras, que buscam ampliar a representatividade e o acesso de grupos marginalizados.
A população trans, travestis e não binárias enfrenta grandes desafios em termos de acesso à educação, em grande parte devido ao preconceito e à falta de políticas de inclusão adequadas.
Vale destacar que os dados mais recentes da Comvest indicam que, no vestibular de 2025, 279 candidatos se inscreveram utilizando nome social, e 40 desses foram convocados.
Além disso, no caso da Unicamp, a iniciativa também reflete a continuidade de um trabalho iniciado no ano passado, quando foram estabelecidas cotas para pessoas com deficiência (PCDs).