A descoberta da penicilina ocorreu em 1928, durante uma situação inusitada. Ao retornar de férias, Fleming notou que uma de suas placas de cultura de bactérias Staphylococcus aureus havia sido contaminada por um fungo. Curiosamente, ao redor do fungo, as colônias bacterianas estavam mortas ou inibidas.
Esse fungo era do gênero Penicillium, e sua ação antibacteriana chamou a atenção do cientista. Fleming percebeu que o fungo liberava uma substância que impedia o crescimento das bactérias, dando início ao que mais tarde seria chamado de descoberta dos antibióticos.
O episódio marcou um divisor de águas na medicina. Pela primeira vez, uma substância natural demonstrava capacidade real de combater infecções bacterianas, problema que, até então, causava altas taxas de mortalidade por doenças como pneumonia, meningite e infecções em feridas.
Importância da penicilina para a medicina moderna
A penicilina iniciou uma verdadeira revolução na saúde. Foi o primeiro antibiótico eficaz e seguro para o tratamento de infecções bacterianas graves, mudando o rumo da medicina moderna. Antes dela, doenças hoje tratáveis eram muitas vezes fatais.
Durante a Segunda Guerra Mundial, seu uso foi ampliado em larga escala para tratar soldados feridos, contribuindo para a redução significativa de mortes por infecções. Essa aplicação emergencial incentivou o surgimento da indústria farmacêutica voltada à produção de antibióticos, que se expandiu nas décadas seguintes.
A partir da penicilina, novos antibióticos foram descobertos, como a estreptomicina e a tetraciclina, inaugurando uma nova era na medicina baseada no controle de bactérias por meio de substâncias produzidas ou sintetizadas em laboratório.