Salvador Dalí

“A única diferença entre eu e um louco é que eu não sou louco!”, falou certa vez o pintor Salvador Dalí. No entanto, quem já entrou em contato com sua obra com temas e formatos desconexos e fantásticos, pode duvidar dessa declaração.

Salvador Dalí e sua jaguatirica de estimação, Babu.

Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas. As imagens produzidas, lembrando sonhos exotéricos, ficaram muito famosas. 

O estilo caótico, no entanto, não excluiu o cuidado estético e técnico das obras de Dalí e do movimento surrealista.

Salvador Dalí nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres, na Catalunha, filho do tabelião Salvador Dalí Cusi e de Felipa Domènech.

Ainda criança, Dalí já demonstrava interesse pelas artes plásticas. Desse modo, passou a frequentar a Escola de Desenho Municipal. Em 1916, durante uma viagem de férias em Cadaquès, na Espanha, descobriu a pintura impressionista.

Em 1921, entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, em Madri. Dalí foi expulso da instituição em 1926, por declarar a seus mentores que ninguém ali na Escola era suficientemente competente para avaliá-lo.

Nesta fase da vida, passou a conviver com vários artistas, cineastas, e escritores famosos, tais como: Luis Bruñel, Rafael Alberti e Frederico Garcia Lorca.

Em 1924, Bruñel lançaria seu Manifesto do Surrealismo, movimento ao qual Salvador se tornaria membro oficial em 1929, ao mudar-se para Paris.

Um ano antes de se filiar a tal movimento de vanguarda, Dalí teria ido para Paris conhecer Pablo Picasso, artista que o influenciaria na produção de suas obras. Os trabalhos do psicanalista Sigmund Freud também influenciaram muito Dalí, em especial na década de 30, quando produziu importantes obras como “A persistência da Memória”, que mostra relógios derretendo.

Dali casou-se, em 1934, com Elena Ivanovna Diakonova, mais conhecida como Gala, uma imigrante russa. Ela tornou-se sua grande musa, inspirando o artista em diversas produções, como “Galateia das Esferas”.

Um pouco depois disso, em 1939, Dalí foi expulso do movimento surrealista por divergências políticas com os demais artistas, que eram marxistas e justificaram a expulsão de Dalí alegando que o artista era muito comercial.

Em 1942, Dali e Gala foram morar nos Estados Unidos, onde permaneceram até 1948, quando retornam para a Catalunha, onde o artista viveu até o final de sua vida. 

Quando Gaia morreu, em 1982, Dali entrou numa fase de grande tristeza e depressão. Parou de produzir e até mesmo de fazer as refeições diárias. Em 1984, tentou o suicídio ao colocar fogo em seu quarto. No entanto, viveu mais cinco anos. Morreu na cidade de Figueres, em 23 de janeiro de 1989, de pneumonia e parada cardíaca.

O movimento surrealista ganhou um manifesto em 1924, escrito por Luis Bruñel.

A sociedade saía da Primeira Guerra Mundial, o que alimentou artistas a romperem a realidade e trabalhar o imaginário, o irreal e o fantástico.

Neste período Freud, cria e explora o conceito de inconsciente, o qual permite que o surrealismo explore um mundo de sonhos, irracional e sem lógica.

O surrealismo é outra maneira de buscar conhecimento sobre o ser humano. Salvador Dalí produz grandes obras para esse movimento.