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HIV e AIDS

Biologia - Manual do Enem
Jéssica Maciel Publicado por Jéssica Maciel
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

HIV (Human Immunodeficiency Virus) é a denominação dada ao vírus causador da AIDS. O HIV pode ser contraído de três principais formas: via sexual; pelo contato com o sangue infectado; e, em caso de gravidez, de maneira vertical, quando uma mulher é portadora do vírus e o transmite para o feto.


 AIDS e HIV não são a mesma coisa. Enquanto o HIV é  vírus causador da AIDS, esta, por sua vez, significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome). Trata-se de uma doença crônica que pode levar à morte.


 A AIDS ocorre quando um indivíduo infectado pelo HIV tem seu sistema imunológico afetado pelo vírus, tornando mais difícil a proteção do organismo contra invasores e infecções.

Transmissão

As formas de transmissão do vírus HIV são bastante diversas, porém, todas elas têm em comum o contato com fluidos corporais, principalmente o sangue, sêmen e fluidos vaginais. Dentre as principais formas de transmissão, estão as relações sexuais desprotegidas e a transmissão da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.
 
 No caso da transmissão vertical, se o tratamento do HIV da mãe acompanhar o pré-natal e todo o período de gestação for devidamente acompanhado por médicos, é possível que a transmissão para o bebê seja evitada.
 
 O compartilhamento de seringas contaminadas, associado ao uso de drogas injetáveis, também é uma forma de transmissão bastante preocupante, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.
 
 Por fim, dois meios de transmissão possíveis, porém pouco prováveis, devido aos inúmeros cuidados tomados tanto na triagem do sangue quanto no manuseio hospitalar de qualquer item que possa conter fluidos contaminados ou que ainda não foram testados para HIV, são a transfusão de sangue e o contato com os fluidos em acidentes de trabalho principalmente de profissionais que trabalham dentro de hospitais.

Sintomas

O principal efeito do vírus HIV no corpo é enfraquecer o sistema imune. Comumente, cerca de 3 semanas após a contaminação, o indivíduo começa a apresentar sintomas como febre, mal estar, fraqueza, tosse seca e dor de garganta.

O acúmulo desses sintomas pode ser facilmente confundido com sintomas causados por uma gripe ou resfriado comum. Por isso, qualquer indivíduo que passou por situação de risco, como contato íntimo sem o uso de preservativo, deve realizar o teste de HIV após, aproximadamente, 40 dias.
 

Os sintomas da AIDS só serão manifestados caso o indivíduo não passe por nenhum tratamento contra o vírus. O surgimento da doença costuma ocorrer cerca de 10 anos após a contaminação ou em situações de fragilidade do sistema imunológico, e seus principais sintomas são: febres intensas e persistentes, tosse seca, dores de garganta, dores de cabeça, perda rápida de peso, cansaço, fadiga e inchaço dos gânglios linfáticos durante vários meses.
 
 
Nessa fase do quadro, diversas outras doenças podem surgir, como hepatite viral, toxoplasmose, pneumonia e tuberculose, que se aproveitam da fragilidade do sistema imunológico e se instalam no organismo do indivíduo.

Tratamento

Embora a AIDS seja uma doença ainda sem cura, um tratamento feito da maneira correta pode fortalecer o sistema imunológico e enfraquecer o vírus, de modo que a qualidade de vida do seu portador seja consideravelmente recuperada.
 
 O momento ideal para o início do tratamento contra o HIV é antes da AIDS se manifestar. O coquetel de diversos princípios ativos, acompanhado de exames para o controle da carga viral e da progressão da doença, ambos fornecidos gratuitamente pelo governo brasileiro, compõem, atualmente, o tratamento mais eficaz para o controle da evolução dessa doença.
 
 A principal ação desse coquetel de medicamentos é evitar a formação de novos vírus. Assim, eles atuam em diversos momentos do ciclo multiplicativo do HIV e conseguem minimizar o aumento da quantidade de vírus no organismo.

Ainda não existe um medicamento capaz de destruir todos os vírus instalados no organismo do indivíduo. Além disso, alguns vírus se mantém inativos no organismo e podem voltar a se multiplicar caso ocorra a interrupção do tratamento. Existe, ainda, a necessidade de que outros remédios sejam introduzidos no tratamento para prevenir que doenças oportunistas se instalem e piorem a situação do paciente.

Ilustração do vírus HIV.Ilustração do vírus HIV.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2010

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é a manifestação clínica da infecção pelo vírus HIV, que leva, em média, oito anos para se manifestar. No Brasil, desde a identificação do primeiro caso de AIDS em 1980 até junho de 2007, já foram identificados cerca de 174 mil casos da doença. O país acumulou, aproximadamente, 192 mil óbitos devido à AIDS até junho de 2006, sendo as taxas de mortalidade crescentes até meados da década de 1990 e estabilizando-se em cerca de 11 mil óbitos anuais desde 1998. [...] A partir do ano 2000, essa taxa se estabilizou em cerca de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes, sendo esta estabilização mais evidente em São Paulo e no Distrito Federal. A redução nas taxas de mortalidade devido à AIDS a partir da década de 1990 é decorrente:

A do aumento do uso de preservativos nas relações sexuais, que torna o vírus HIV menos letal.
B da melhoria das condições alimentares dos soropositivos, a qual fortalece o sistema imunológico deles.
C do desenvolvimento de drogas que permitem diferentes formas de ação contra o vírus HIV.
D das melhorias sanitárias implementadas nos últimos 30 anos, principalmente nas grandes capitais.
E das campanhas que estimulam a vacinação contra o vírus e a busca pelos serviços de saúde.
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