A Escolástica virou a base fundamental das universidades medievais da época, como Oxford e a Universidade de Paris. Utilizavam sua rígida metodologia baseado na razão e lógica para ensinar.
Era fortemente baseada na dialética para a discussão de questões relacionadas principalmente com a fé, não querendo diminuí-la em relação à razão, mas sim buscar harmonizar a razão e a fé.
A filosofia grega clássica não havia discutido temas - como divindade e valores espirituais e morais - que a Igreja Católica, dominante na época, pregava e determinava como absolutos. Esta foi uma tentativa de enxergar estas questões do ponto de vista filosófico.
O ensino era dividido em dois grupos de estudos, dirigidos nas universidades medievais:
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Trivium: estudos relacionados com gramática, dialética e retórica. Ensinadas no primeiro momento de entrada na Universidade. Mais tarde a palavra “trivium” deu origem à trivial, algo básico.
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Quadrivium: Aritmética, Geometria, Música e Astronomia. Completando as sete matérias ensinadas no período básico da universidade, consideradas as ciências naturais e necessárias ao homem.
Completado este ciclo básico, o aluno era considerado preparado para os estudos mais avançados da Escolástica. Eram realizados grandes debates entre os estudantes, seguindo a rígida metodologia escolástica, sempre regidas pela razão e lógica.
Por ser baseada na pura lógica, a Escolástica era diretamente contra conhecimentos não baseados na ciência. Um exemplo é a astrologia, em que se diz poder prever o futuro pelas estrelas. Aos escolásticos era recomendado permanecer longe de tais ensinamentos.
Neste período, surgiu um grande choque cultural, advindo dos povos não cristãos habitantes da região, bárbaros e muçulmanos, que abraçaram a escolástica. A Igreja Católica, que não aceitava ter seus valores - tidos como absolutos - discutidos.
Com o desenvolvimento cada vez maior da Escolástica, surgiram dois grupos:
- os Tradicionais (Agostianos e Platônicos): não aceitavam uma filosofia desvinculada da Teologia;
- os Modernos Aristotelistas: fascinados com o conhecimento por si só, buscavam uma ciência independente da religião, o que deu luz à ciência moderna mais tarde.
A Escolástica perdeu força após começar a discutir temas apenas pela dialética, e não em busca do conhecimento.
Neste momento, a Renascença assume seu lugar cultural na sociedade. Entretanto, mesmo neste período de decadência, surgiram o jusnaturalismo e a ideia de direito universal.