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Filosofia Medieval

Filosofia - Manual do Enem
Davi Silva Publicado por Davi Silva
 -  Última atualização: 29/7/2024

Introdução

Compreendida entre os séculos VII d.C a XIV d.C, a Filosofia Medieval foi altamente influenciada pelo teocentrismo da Idade Média.

A Igreja Católica teve grande influência e determinava que todo pensamento que buscava conhecimento e as verdades deste mundo deveria buscar na Palavra de Deus, a bíblia cristã.

É neste escopo que surgem Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

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Índice

Filosofia de São Tomás de Aquino

Apesar de ser categorizado como Filósofo Escolástico, São Tomás nunca se identificou desta forma. Ele repudiava os filósofos por serem “seres que buscavam uma verdade que não vem de Deus”.

São Tomás de Aquino teve destaque nas áreas da Teologia, Origem do Universo e do Homem, Metafísica, Epistemologia e Ética.

Apesar disso, São Tomás possuía grande respeito por Aristóteles, referenciando a ele por “o Filósofo”, e dissertando sobre sua obra.

São Tomás, em seus comentários da obra de Aristóteles, comparava suas próprias ideias com as do filósofo, se utilizando de sua lógica para organizar e construir sua própria filosofia, buscando sempre exaltar o cristianismo através de suas obras.

Também estudou a Metafísica de Aristóteles, dividindo-a em “Essência do Ser Geral” e a “Essência do Ser Pleno”, sendo este último Deus.

Ele definiu a própria Metafísica como sendo um trio de pensamentos, Metafísica enquanto ciência do ente, ciência divina e filosofia. Estas três levavam o homem a Deus através do pensamento lógico e da razão.

São Tomás defendia sempre a conciliação da fé com a razão, tentando mostrar que uma não exclui outra, mas sim aperfeiçoava e completava.

Assim, teve grande parte na Teologia dos próximos séculos onde defendia a junção da Filosofia com a Teologia. Apesar dessa tentativa, São Tomás acabou entrando em algumas discordâncias com a Igreja Católica.

Enquanto São Tomás defendia que o Universo era infinito, sem início nem fim, e por tal ele sempre existiu, apenas os humanos vieram a existir em determinado ponto, a Igreja defendia que o Universo foi criado juntamente com os humanos, seguindo cada um uma interpretação da bíblia cristã.

Filosofia de Santo Agostinho

Santo Agostinho foi um Bispo da Igreja Católica que estudou principalmente temas voltados à Teologia, sendo ínfimos seus estudos fora desta área.

Entre seus estudos se destacam: Antropologia Cristã, Astrologia, Eclesiologia, Escatologia, “Guerra Justa” e o Conhecimento Natural afiliado a Interpretação Bíblica.

Agostinho foi o primeiro a dissertar sobre a Antropologia Cristã, defendendo que somos feitos de uma junção entre nossos corpos físicos e nossa alma, sendo a alma detentora da inteligência e da razão, e por este motivo, mais importante que o corpo.

Apesar desta hierarquização estabelecida, ele ainda dá importância ao corpo, exemplificando em uma metáfora que “Nosso corpo é nossa esposa”, e que devemos cuidado e respeito a ele.

A Guerra Justa que Agostinho disserta mostra como deve ser o comportamento de um cristão frente à guerra, ou qualquer tipo de injustiça segundo seu texto.

Segundo ele o cristão não pode agir de maneira a fazer o mal apenas pelo querer, mas estas atitudes estão autorizadas quando se mostra necessário, como a guerra, ou autodefesa pessoal ou de um ente querido. Nestes casos ele alega que Deus permite ações agressivas por parte do cristão.

Seus estudos da interpretação bíblica também regem grande parte de seus estudos. Santo Agostinho buscava interpretar e esclarecer metáforas e textos obscuros da bíblia, que muitas vezes eram ensinados errados.

Exemplificando, Santo Agostinho ensinava que não se deveria acreditar que nosso mundo foi criado em 6 dias como dito no livro de Gênesis, mas que este é somente um artifício lógico, uma metáfora, para mostrar a passagem do tempo e a ordem das criações de Deus.

Ele defendia uma interpretação baseada na razão e no conhecimento natural das coisas.

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