O polonês Arthur Schopenhauer nasceu em 1788 e faleceu na Alemanha em 1860. De uma família de negociantes, Schopenhauer foi estimulado desde cedo a seguir o mesmo caminho profissional. Por conta disso, sua formação inicial tinha o foco no mundo dos negócios e vendas.
Não satisfeito com a vida profissional projetada para ele, Schopenhauer matricula-se em Filosofia na Universidade de Berlim, onde permanece até a obtenção do doutorado. Nos primeiros anos ligados à filosofia, Schopenhauer dedica seus pensamentos para a questão da existência humana e os problemas do homem.
Os escritos de Schopenhauer garantem a ele a alcunha de “cavaleiro solitário”. Schopenhauer despertou antipatia no mundo acadêmico pelas críticas feitas a Hegel, a quem chamava de obtuso, charlatão e banal. As obras do polonês ganharam destaque apenas após sua morte.
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Durante a vida, Schopenhauer dedicou-se aos pensamentos sobre a existência e problemas do homem, que foram destaques no início da carreira. As obras do polonês foram bastante criticadas, pois foi o primeiro filósofo ocidental a incluir pensamentos budistas e hinduístas em sua filosofia, o que despertou a desconfiança dos leitores e duras críticas por pensadores da época.
No decorrer de sua obra, o filósofo apresenta o mundo como uma representação individual com uma série de representações distintas e específicas criadas por cada indivíduo. Em outras palavras, o mundo é repleto de representações criadas de maneira individual.
Com isso, a essência das coisas só é encontrada através do que o autor chama de insight intuitivo, que pode ser definido como uma iluminação que mostra a cada indivíduo de maneira específica a essência de cada coisa e acontecimento existente.
Em boa parte da obra de Schopenhauer, nota-se a influência do idealismo transcendental kantiano. A partir dessa linha de pensamento, o polonês apresenta discussões sobre a vontade do ser humano de continuar vivendo, já que a morte é o único acontecimento do qual o homem não pode escapar.
Schopenhauer conclui que o corpo humano é o único objeto que o homem conhece verdadeiramente. Como somos o próprio corpo, o reconhecemos de dentro, estamos inseridos nele, portanto nossa visão sobre nosso próprio corpo é interna. Assim, o eu, o indivíduo interior caracteriza a vontade de viver, mesmo sabendo da morte. Nosso instinto de sobrevivência é cego e pouco racional, pois o indivíduo busca sempre sua sobrevivência.
A vontade de não viver pode se manifestar em alguns seres humanos e é somente conseguida com a nolontade, nome dado para a vontade de não viver.
Schopenhauer fala também sobre o nirvana, estado total e sublime da felicidade, conseguido através da fuga da realidade, jejum, silêncio, castidade e renúncia de tudo aquilo que é real. A vida é uma oscilação entre momentos de tédio e sofrimento e felicidade passageira, por isso as abdicações são necessárias para a chegada ao nirvana.
Basicamente as questões ligadas à vida, como a vontade de viver, a vontade de não viver e a felicidade em seu estado mais sublime, o sofrimento, o tédio são os pontos chave da filosofia e dos pensamentos de Schopenhauer.
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O livro “O mundo Como Vontade e Representação” é considerado a obra prima schopenhaueriana. Na obra lançada pela primeira vez 1818 e posteriormente revisada e ampliada em 1844, Schopenhauer toma como ponto de partida as obras de Kant.
O mundo kantiano é concebido de forma dualista e com a realidade mostrada em dois aspectos: o suscetível de ser experimentado e percebido pelo homem e aquele que não pode nem ser experimentado e não é suscetível.
Schopenhauer concorda com a existência de um mundo dualista, no entanto, a realidade também é constituída por acontecimentos, por fenômenos. Para que exista diferença, Schopenhauer afirma que é preciso existir tempo e espaço, que pos sua vez, são categorias ligadas à concepção humana de mundo.
Schopenhauer aponta que os fenômenos são manifestações do que chama de coisa-em-si. A coisa-em si é uma representação vista e percebida através da vontade de cada ser humano e é segundo a visão schopenhaueriana, experienciável.
Nesse ponto, a ideia de mundo sensível aproxima-se do budismo e hinduísmo, que considera o mundo sensível, chamado de maya, o responsável por mascarar uma realidade transcendente.
Apesar de bastante criticado pelos autores de seu tempo, as obras de Schopenhauer serviram de base para os escritos de importantes filósofos e contaram também com a influência de vários pensadores anteriores ao polonês.
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Schopenhauer era conhecido por suas observações perspicazes e muitas vezes pessimistas sobre a natureza humana e a existência. Aqui estão algumas citações famosas dele:
"O homem pode fazer o que quer, mas não pode querer o que quer."
"A solidão é a sorte de todos os espíritos excelentes."
"Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo."
“É a perda que nos ensina sobre o valor das coisas.”
“É difícil encontrar a felicidade dentro de si mesmo, mas é impossível encontrá-la em qualquer outro lugar.”
“Para a maioria dos homens, a vida não é outra coisa senão um combate perpétuo pela própria existência, que ao final será derrotada.”
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De acordo com a filosofia de Schopenhauer, a vontade se manifesta no ser humano a partir: