Durante a vida, Schopenhauer dedicou-se aos pensamentos sobre a existência e problemas do homem, que foram destaques no início da carreira. As obras do polonês foram bastante criticadas, pois foi o primeiro filósofo ocidental a incluir pensamentos budistas e hinduístas em sua filosofia, o que despertou a desconfiança dos leitores e duras críticas por pensadores da época.
No decorrer de sua obra, o filósofo apresenta o mundo como uma representação individual com uma série de representações distintas e específicas criadas por cada indivíduo. Em outras palavras, o mundo é repleto de representações criadas de maneira individual.
Com isso, a essência das coisas só é encontrada através do que o autor chama de insight intuitivo, que pode ser definido como uma iluminação que mostra a cada indivíduo de maneira específica a essência de cada coisa e acontecimento existente.
Em boa parte da obra de Schopenhauer, nota-se a influência do idealismo transcendental kantiano. A partir dessa linha de pensamento, o polonês apresenta discussões sobre a vontade do ser humano de continuar vivendo, já que a morte é o único acontecimento do qual o homem não pode escapar.
Schopenhauer conclui que o corpo humano é o único objeto que o homem conhece verdadeiramente. Como somos o próprio corpo, o reconhecemos de dentro, estamos inseridos nele, portanto nossa visão sobre nosso próprio corpo é interna. Assim, o eu, o indivíduo interior caracteriza a vontade de viver, mesmo sabendo da morte. Nosso instinto de sobrevivência é cego e pouco racional, pois o indivíduo busca sempre sua sobrevivência.
A vontade de não viver pode se manifestar em alguns seres humanos e é somente conseguida com a nolontade, nome dado para a vontade de não viver.
Schopenhauer fala também sobre o nirvana, estado total e sublime da felicidade, conseguido através da fuga da realidade, jejum, silêncio, castidade e renúncia de tudo aquilo que é real. A vida é uma oscilação entre momentos de tédio e sofrimento e felicidade passageira, por isso as abdicações são necessárias para a chegada ao nirvana.
Basicamente as questões ligadas à vida, como a vontade de viver, a vontade de não viver e a felicidade em seu estado mais sublime, o sofrimento, o tédio são os pontos chave da filosofia e dos pensamentos de Schopenhauer.