De acordo com o determinismo, tudo no universo está limitado e condicionado a leis imutáveis, por isso toda e qualquer ação humana é predeterminada pela natureza.
As ações humanas são também previsíveis, já que são determinadas por acontecimentos anteriores. No determinismo, a liberdade de escolha e o livre arbítrio são meras ilusões sustentadas e defendidas por algumas correntes filosóficas.
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Determinismo é um conceito filosófico que define que todos os fatos que acontecem no presente são determinados por causas anteriores, ou seja, tudo aquilo que acontece ao homem ou no mundo é determinado por acontecimentos passados e que podem ser de caráter natural ou sobrenatural.
No decorrer da Idade Moderna o determinismo foi o conceito usado para explicar o Universo. A partir dos fatos do presente, seria possível que os pensadores da época fizessem previsões sobre fatos e acontecimentos futuros.
A previsão era considerada real e correta, pois, para os deterministas, toda a realidade seria fixa e interligada. Nenhum homem poderia alterar o que já estaria previsto para acontecer.
O determinismo é uma teoria filosófica que afirma que todos os eventos, incluindo as ações humanas, são causados por eventos anteriores e, portanto, são inevitáveis e previsíveis. Algumas das características do determinismo são:
Com o desenvolvimento das ideias deterministas, alguns tipos da corrente filosófica foram criados levando em consideração as formas como a causalidade e as determinações são entendidas. Os principais tipos de determinismo são:
Também chamado de determinismo mecanicista. Nesse modelo supõe-se que causas e efeitos estão totalmente interligados. A determinação encontra-se no passado e gera uma cadeia causal capaz de explicar completamente os acontecimentos do universo, desde o princípio.
As causalidades são determinadas por algum motivo externo e futuro.
Os efeitos podem interagir com outros efeitos, assim o efeito de uma causa anterior pode ser a causa de um novo efeito e com isso gerar diversos níveis de realidade distintos.
O determinismo aparece aqui no presente, no momento de encontro entre os efeitos e surgimento de novas causas. O processo entre causa e efeito no determinismo é portanto, cíclico.
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O conceito do determinismo tem sido objeto de estudo e reflexão por muitos filósofos e pensadores ao longo da história. Alguns dos mais influentes e significativos foram:
O determinismo é uma teoria filosófica que tem sido defendida por muitos filósofos ao longo da história, especialmente na antiguidade grega. Alguns dos filósofos mais famosos que defendiam o determinismo incluem:
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O determinismo social é uma teoria que afirma que as características e comportamentos dos indivíduos são determinados principalmente pelo ambiente social em que vivem, e não por fatores inatos ou biológicos.
Segundo essa teoria, as condições sociais, econômicas e culturais em que uma pessoa cresce e se desenvolve influenciam fortemente a sua personalidade, habilidades, atitudes e comportamentos.
O determinismo social é muitas vezes associado à ideia de que as pessoas são moldadas pelo seu ambiente, e que as desigualdades sociais são causadas por fatores externos, como a classe social, raça, gênero, orientação sexual, etc.
Por exemplo, o determinismo social pode argumentar que uma pessoa nascida em uma família rica tem mais chances de se tornar bem-sucedida na vida do que uma pessoa nascida em uma família pobre, devido às oportunidades e recursos disponíveis.
A relação entre liberdade e determinismo é um tema muito discutido na filosofia e nas ciências sociais. O determinismo defende que todos os eventos e ações humanas são determinados por causas anteriores, como as leis naturais, a genética, o ambiente social, etc.
Já a liberdade pressupõe que os seres humanos são livres para escolher suas ações e tomar decisões, sem serem completamente determinados por fatores externos.
Aparentemente, esses conceitos parecem opostos e excludentes, mas muitos filósofos e teóricos argumentam que eles podem coexistir de alguma forma. Algumas teorias propõem que a liberdade é possível mesmo dentro do determinismo, pois os seres humanos têm a capacidade de fazer escolhas dentro das limitações e causas que os rodeiam.
Por outro lado, algumas teorias afirmam que a liberdade é uma ilusão, e que todas as ações humanas são determinadas por causas anteriores, mesmo que não sejamos conscientes delas. Isso pode levar a um certo pessimismo, pois se tudo é determinado, não haveria realmente escolhas ou responsabilidade pessoal.
Alguns filósofos tentam conciliar o determinismo com a liberdade, argumentando que existem diferentes níveis de determinismo, e que as pessoas podem ser determinadas por fatores externos em algumas áreas de suas vidas, mas ainda ter liberdade em outras. Por exemplo, podemos ser determinados por nossas emoções e impulsos em algumas situações, mas ainda ter a capacidade de escolher racionalmente em outras.
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Para entender melhor o determinismo, é possível utilizar o livro 'O Cortiço' de Aluísio de Azevedo como exemplo. O livro é um romance publicado em 1890 e trata-se de um dos principais representantes do Naturalismo no Brasil.
'O Cortiço' retrata a vida em uma habitação coletiva no Rio de Janeiro, expondo as condições de vida dos moradores e como o ambiente influencia suas ações e destino. Este romance é um exemplo clássico de determinismo na literatura, pois ilustra como o meio pode determinar o comportamento e o destino dos personagens.
O Naturalismo, movimento literário ao qual "O Cortiço" pertence, enfatiza o determinismo ambiental e social, sugerindo que o comportamento humano é influenciado por fatores externos, como o meio ambiente, a hereditariedade e as condições socioeconômicas. Azevedo usa a história de diversos personagens para mostrar como a vida no cortiço molda suas personalidades, decisões e destinos.
Um exemplo notável no livro é a transformação de Jerônimo, um imigrante português que inicialmente é trabalhador e de bons costumes, mas que, sob a influência do ambiente degradado do cortiço e da relação com Rita Baiana, uma das moradoras, acaba abandonando sua esposa e filha, adotando um estilo de vida dissoluto. Este personagem exemplifica a ideia de que o ambiente pode corromper a moral e alterar o comportamento de uma pessoa, um conceito central do determinismo.
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Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá- la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia. [Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado)].
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é: