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Nietzsche

Filosofia - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em outubro de 1844, na Alemanha. Filho de uma família tradicional de protestantes locais, os escritos bíblicos influenciaram posteriormente as obra filosóficas de Nietzsche. Ao longo da vida, o autor produziu obras sobre filosofia, música, teatro e literatura. Portanto não dedicou-se exclusivamente a filosofia.

O autor foi considerado um pensador polêmico em sua época por seus pensamentos antidemocráticos e anti totalitários, além de criticar o pensamento propagado pela igreja e a crença em Deus. Nietzsche faleceu em Weimar, Alemanha em agosto de 1900.

Nietzsche e Hegel

Hegel foi um dos pensadores mais expressivos da Alemanha no século XIX, com sua teoria sobre o universo como engrenagem da qual os homens fazem parte, o desenvolvimento da dialética e filosofia hegeliana influenciaram grande parte dos pensadores ao longo dos séculos XIX e XX.

Nietzsche, no entanto, rompeu com a aproximação que Hegel estabelece entre a filosofia e a história. Para Nietzsche, o excesso de história seria perigoso, pois seria responsável por limitar a ação humana.

O rompimento com o pensamento hegeliano tão em pauta, gerou entre os pensadores da época certa desconfiança com relação a Nietzsche, que apresentava também pensamentos classificados como anti religiosos e antidemocráticos.

A filosofia de Nietzsche

Os pensamentos de Nietzsche situam-se entre as correntes filosóficas apolínea e dionisíaca, portanto, entre a ordem e a desordem, a lucidez e os devaneios. A visão oscilante, a influência da filosofia niilista e o afastamento de Hegel, caracterizam a obra de Nietzsche como subversiva à filosofia tradicional.

A filosofia nietzschiana é marcada pela crítica aos valores iluministas e racionalistas, a valores morais e religiosos em vigor na época de sua produção intelectual. O autor apresenta a relativização das noções de bem, verdade, mal, justiça, virtude e Deus. Tal relativização, segundo Nietzsche, acontece devido aos progressos científicos e técnicos.

As obras e pensamentos do autor têm também como característica os afetos, a potência dos sentimentos e ações humanas. Nietzsche dedica parte de seus estudos aos instintos, a vontade e à potência. O autor condena, portanto, os comportamentos fracos e muito religiosos e faz duras críticas à religiosidade e à fraqueza moral dos indivíduos.

A crítica aos valores morais vigentes em sua época permitiu que o autor relacionasse a razão e a racionalidade à decadência e ao ódio aos instintos. Para Nietzsche a racionalidade tão buscada e valorizada na filosofia grega, na verdade sufoca, oprime e molda os instintos humanos, assim o autor define que a vida é oprimida pela razão e o homem deixa de seguir seus instintos, paixões e emoções.

Em razão da opressão da vida pela racionalidade, o filósofo dedica-se ao entendimento da vida, individualidade e singularidades humanas a partir da emoção, afetos e desejos ligados aos instintos de vida e ações humanas.

Nietzsche define a filosofia como sendo uma atividade prática que deve ser usada para garantir a libertação individual de todo tipo de racionalidade opressora, deformação moral e princípios que ligam e prendem o indivíduo a religiões, grupos e ideologias.

Assim Falou Zaratustra

Na obra Assim falou Zaratustra, de 1883, a filosofia da libertação é personificada no personagem principal, Zaratustra. Na narrativa filosófica o personagem ensina o caminho que deve ser percorrido para que se alcance a liberdade a partir dos princípios filosóficos de Nietzsche. A dor e o sofrimento fazem parte da narrativa, mostrando ao leitor que assim como no livro, a dor e o sofrimento fazem parte da vida humana e devem ser enfrentados para que se atinja a liberdade.

Na obra o autor faz também críticas aos valores morais da época, à metafísica clássica a política e as formas de organização do Estado alemão, bem como o atraso da educação e cultura alemãs.

A obra é o ponto alto das críticas nietzschianas e a organização formal de todos os seus pensamentos e teorias filosóficas.

Friedrich Nietzsche.Friedrich Nietzsche.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFSJ/2012

Na perspectiva nietzscheana, o livre-arbítrio é um erro porque :

A ao declarar que os homens são livres, as forças coercitivas, como o poder da Igreja, agem com o claro intuito de castigá-los, julgá-los e declará-los culpados.
B os homens, indignos como são, jamais alcançarão a dimensão da ideia implícita no livre-arbítrio.
C o cristianismo, apesar de seus esforços candentes, não conseguiu tirar a culpa do ser humano.
D a fatalidade impressa no ser humano está na sua historicidade, no seu livre-arbítrio, e por isso mesmo o Homem está condenado à culpa.
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