Censo demográfico ou recenseamento da população é uma pesquisa realizada com todos os habitantes de um determinado território, a fim de obter informações acerca das condições de vida dessas pessoas. A pesquisa, além da contagem da população, busca conhecer as principais características de seus habitantes e dos domicílios em que residem.
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No Brasil, o Censo é realizado há pelo menos 150 anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, é o órgão governamental responsável pela pesquisa, que é realizada de dez em dez anos. Tem caráter obrigatório e confidencial, ou seja, todos têm que responder e informações individuais não podem ser divulgadas.
No caso brasileiro, o censo demográfico tem por objetivo visitar todos os 5.570 municípios do território nacional.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), “um recenseamento (censo demográfico) de população pode ser definido como o conjunto das operações que consistem em recolher, agrupar e publicar dados demográficos, econômicos e sociais relativos a um momento determinado ou em certos períodos, a todos os habitantes de um país ou território.”.
O censo demográfico é uma pesquisa que analisa a densidade e o perfil populacional, caracterizando uma fonte de informações sobre as condições de vida da população tanto nas áreas urbanas quanto rurais. Seus resultados ficam disponíveis para análise de autoridades e da própria sociedade.
Abrangendo o aspecto socioeconômico de uma nação e suas condições de vida em geral, o Censo deve ser a base com a qual é feito o planejamento público e privado pelos 10 anos seguintes — até que, logicamente, uma nova pesquisa sirva como parâmetro.
A escolha das perguntas que serão utilizadas nos questionários do censo é realizada pelo IBGE, que antes da coleta de dados, promove consultas públicas e debates amplos com a sociedade e órgãos técnico governamentais para que o alcance das
O Censo Experimental é realizado antes de uma operação censitária propriamente dita. É realizado um ensaio geral, com a finalidade de testar todas as definições e procedimentos antes da realização do censo em si. Este teste permite identificar falhas no processo e promover melhorias na estrutura e realização da coleta de dados. São realizadas entrevistas com moradores de um determinado município, para investigar, assim como o recenseamento, os seus modos de vida.
Na pesquisa, são utilizados dois tipos de questionários:
Até o Censo 2000 os questionários eram de papel, preenchidos à caneta pelos recenseadores, o que dificultava muito o tratamento dos dados. No Censo 2010, o questionário em papel foi substituído integralmente pelo modelo eletrônico feito nos PDA (Personal Digital Assistant) que contavam com GPS assim possibilitando uma maior precisão, em razão da facilidade de acompanhamento dos mapas previamente construídos para a contagem.
Em suma, no Censo Demográfico é feito um questionário que abrange características dos moradores e seus domicílios. É importante dizer que o Censo Demográfico é feito em escala nacional, portanto a tarefa não é nada fácil, principalmente porque o país tem dimensões continentais.
Na pesquisa, os aspectos são analisados de modo geral. Um censo demográfico pretende fazer um levantamento de informações como a estrutura etária da população, o nível de educação, saúde, renda e emprego, as condições de habitação, o acesso a serviços públicos de saneamento, água potável, energia elétrica, telefonia e internet, a quantidade de pessoas com deficiência visual, auditiva e locomotora. Além disso, ainda é verificada a presença de iluminação pública, calçamento, esgoto a céu aberto e depósito de lixo próximo às ruas de análise.
A primeira contagem da população brasileira foi realizada em 1872, ainda durante o Império, mas foi a partir de 1890, já sob a República, que os censos se tornaram decenais. O Brasil mantém um excelente retrospecto dos censos regulares e inovadores; foi, por exemplo, o primeiro País a incluir o tema fecundidade e o único da América Latina a colher informações sobre renda.
A partir de 1960 os recenseamentos passaram a adotar a técnica de amostragem na coleta das informações e os resultados divulgados classificados em 2 grupos: Resultados do Universo, que abrange os dados comuns aos dois tipos de questionários, e Resultados da Amostra.
Para a operação do Censo 1990, o IBGE precisava contratar mais de 180 mil pessoas em caráter temporário. Quando a contratação desse contingente foi autorizada, em julho de 1990, não havia mais tempo hábil para se realizar o processo seletivo público dos recursos humanos destinados ao censo, cuja coleta de dados estava programada para se iniciar no mês de setembro. Por tal motivo, o IBGE decidiu realizar o Censo Demográfico de 1990 em 1991.
A partir do Censo de 1991, utilizou-se pela primeira vez disquetes e sistemas informatizados de consulta aos microdados e dados agregados como forma de disseminação das informações censitárias.
Atualmente, o censo é realizado com uso de alta tecnologia, utilizando computadores, aplicativos e conexão com a internet.
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A grande operação censitária tem por objetivo fornecer um retrato detalhado de vários aspectos da população brasileira como educação, saúde, moradia, trabalho e condições de vida. Avalia as mudanças ocorridas em 10 anos e permite comparar dados e entender a evolução de indicadores sociais, por exemplo.
Os dados do censo são instrumentos essenciais para:
Com as informações obtidas pelo censo demográfico é possível obter informações sobre a população total por sexo, por idade, a distribuição da população no território.
O Censo também é fonte de dados que fornecem referências para o planejamento e execução de políticas e investimentos que levem em conta a taxa de natalidade, fecundidade e mortalidade, o tipo e as condições das habitações, o nível de instrução e até indicadores sobre trabalho e rendimento da população.
O Censo Demográfico tem por objetivo contar os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros, produzindo informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo. E também constituem a única fonte de referência sobre a situação de vida da população nos municípios e em seus recortes internos, como distritos, bairros e localidades, rurais ou urbanas, cujas realidades dependem de seus resultados para serem conhecidas e terem seus dados atualizados.
No Brasil, o Censo é realizado há pelo menos 150 anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, é o órgão governamental responsável pela pesquisa, que é realizada de dez em dez anos. Tem caráter obrigatório e confidencial, ou seja, todos têm que responder e informações individuais não podem ser divulgadas.
O último censo do IBGE foi realizado em 2010, atualmente em 2022, está em andamento um novo censo, que ocorre com atraso devido a Pandemia do Coronavírus.
Em 2019, funcionários do IBGE em conjunto com pesquisadores e membros da sociedade civil protestaram em manifestações espalhadas pelo país pela manutenção do orçamento previsto para realização do Censo 2020 diante da ameaça do governo em reduzir em 26% o valor inicialmente previsto. De acordo com eles, a redução do orçamento do Censo era um ataque a sua realização.
Em abril de 2021, o governo federal anunciou que o censo não será realizado no ano por falta da previsão de recursos no Orçamento sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
O adiamento da realização da pesquisa causará impacto negativo na análise de indicadores em comparações internacionais, além de prejudicar a atualização de indicadores nacionais por mais um ano.
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O movimento migratório no Brasil é significativo, principalmente em função do volume de pessoas que saem de uma região com destino a outras regiões. Um desses movimentos ficou famoso nos anos 80, quando muitos nordestinos deixaram a região Nordeste em direção ao Sudeste do Brasil. Segundo os dados do IBGE de 2000, este processo continuou crescente no período seguinte, os anos 90, com um acréscimo de 7,6% nas migrações deste mesmo fluxo. A Pesquisa de Padrão de Vida, feita pelo IBGE, em 1996, aponta que, entre os nordestinos que chegam ao Sudeste, 48,6% exercem trabalhos manuais não qualificados, 18,5% são trabalhadores manuais qualificados, enquanto 13,5%, embora não sejam trabalhadores manuais, se encontram em áreas que não exigem formação profissional. O mesmo estudo indica também que esses migrantes possuem, em média, condição de vida e nível educacional acima dos de seus conterrâneos e abaixo dos de cidadãos estáveis do Sudeste.
Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 30 jul. 2009 (adaptado).
Com base nas informações contidas no texto, depreende-se que