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Demografia | O Que é, Variáveis Demográficas e Resumo do Enem

Geografia - Manual do Enem
Angelo Carvalho Publicado por Angelo Carvalho
 -  Última atualização: 23/8/2023

Índice

Introdução

Demografia é uma ciência que tem por finalidade o estudo de populações humanas e sua evolução temporal em relação à seu tamanho, sua distribuição espacial, sua composição e suas características gerais.

O termo demografia vem do grego dêmos = população e gráphein = estudo, e foi utilizado pela primeira vez em 1855, pelo belga Achille Guillard, em sua obra intitulada “Elementos de Estatística Humana ou Demografia Comparada”.

A demografia é um recurso extremamente importante para os países, pois uma vez que suas populações são estudadas, é possível definir políticas públicas eficazes para todas as esferas de influência governamental - como saúde, segurança, educação, cultura, economia, etc -.

Variáveis demográficas

A demografia analisa as mudanças que ocorrem na população ao longo do tempo, principalmente em relação ao crescimento populacional. A maior ou menor ocorrência de nascimentos, óbitos e migrações são as causas básicas pro crescimento desse fator.

Dessa forma, há grande interesse em estudar dois tipos de variáveis demográficas. O primeiro grupo de fatores descreve algumas características da população. Esses aspectos se referem à um determinado espaço geográfico e a um instante específico do tempo, por isso, realizam uma análise estática da população:

  • Tamanho da população: é o total de pessoas que compõem a população estudada;
  • Distribuição da população: é o número de pessoas na população por unidade geográfica (países, unidades da federação, regiões metropolitanas ou municípios) ou por situação de domicílio (rural ou urbana);
  • Estrutura (ou composição) da população: é o número de pessoas na população por sexo (masculino ou feminino) e/ou por grupo de idade (em geral são formados grupos de 5 em 5 anos).

O segundo grupo de variáveis (natalidade, mortalidade e migração) refere-se também a um determinado espaço geográfico e a um determinado período de tempo. Entretanto, essas variáveis servem para explicar a dinâmica demográfica de uma população.

Dinâmica Demográfica

A dinâmica demográfica tem como objetivo descrever a variação quantitativa da população, o ritmo dessa variação e suas causas e consequências.

Quando considera-se apenas os nascimentos e as mortes, tem-se o crescimento vegetativo, ou seja, o crescimento da população por ela mesma. Se for considerado também o saldo migratório (diferença entre imigração e emigração), trata-se do crescimento demográfico, ou total.

Na maior parte das espécies vegetais e animais, o crescimento populacional (vegetativo) é determinado pelas leis naturais de convivência com o meio. Geralmente, quando uma população de indivíduos surge, por ser pequena, ela possui grandes reservas de alimentos e inicialmente não se enquadra completamente na cadeia alimentar, não constituindo assim, uma fonte de alimentos natural de outra espécie.

Nessas condições existe uma tendência a um acelerado crescimento inicial. A taxa de natalidade é sempre alta, já que impulsos instintivos de perpetuação da espécie levam os animais a se reproduzirem o quanto puderem.

Ao mesmo tempo, as taxas de mortalidade ainda são baixas, já que ocorre uma falta de predadores e disponibilidade de alimentos.

Com o passar do tempo, o crescimento da população tende a se estabilizar. Limitações de alimentos impostas pelo meio ambiente, competição por alimentos com outras espécies e exposição aos predadores são fatores determinantes para essa estabilização.

Nesse caso, o crescimento populacional é limitado pela alta taxa de mortalidade, mesmo que a de natalidade ainda permanece alta.

No caso da população humana, o processo funciona de forma diferente. A capacidade de dominar outras espécies e transformar o meio ambiente proporcionou à população humana um crescimento populacional muito mais intenso e, de certa forma, menos determinado pela condições naturais.

O domínio do fogo, o desenvolvimento da agricultura, a Revolução Industrial e o desenvolvimento da medicina foram ações humanas que colaboraram para o crescimento populacional.

Estes e outros avanços contribuíram para uma diminuição da taxa de mortalidade humana, resultando em um crescimento vegetativo intenso, especialmente nos últimos três séculos.

Essa é uma das diferenças entre a dinâmica demográfica humana e dos outros seres vivos: o crescimento humano não é controlado pelas altas taxas de mortalidade. Além disso, os seres humanos não geram filhos com base em instintos de sobrevivência, mas sim, de acordo com comportamentos socialmente definidos.

Atualmente, há uma tendência de queda nas taxas de natalidade, explicada por mudanças sociais, culturais e econômicas. Isso significa que a estabilização da população mundial, que deve ocorrer até meados deste século, será ditada pelo controle de natalidade e não por altas taxas de mortalidade. Essa tendência é demonstrada por meio da teoria da transição demográfica.

Taxa de crescimento da população mundial até 2010 e previsões dessa taxa até 2050.Taxa de crescimento da população mundial até 2010 e previsões dessa taxa até 2050.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UEL/2011

Da Copa de 1970 à Copa de 2010, a população brasileira passou de 93.139.037 para uma população estimada em 193.114.840 habitantes (IBGE – Popclock em 23 jun. 2010). Com base nos conhecimentos sobre a dinâmica do crescimento vegetativo da população no Brasil, ao longo desses 40 anos, assinale a alternativa correta.

A A taxa de crescimento anual da população brasileira foi maior na primeira década do século XXI que nos anos 1970, apesar da estabilização da taxa bruta de mortalidade.
B A contínua redução da taxa de fecundidade explica a queda na taxa de crescimento anual da população, apesar de o número total de habitantes ter mais que dobrado.
C Nas duas últimas décadas, apesar do aumento das taxas brutas de natalidade, as taxas anuais de crescimento vegetativo da população brasileira se estabilizaram devido ao comportamento do saldo migratório.
D O crescimento absoluto de aproximadamente 100 milhões de habitantes foi proporcionado pela elevação das taxas de fecundidade no Brasil ao longo do período.
E O fato de a população absoluta ter mais que dobrado no período se deve ao saldo migratório positivo ocasionado pela absorção de centenas de milhares de imigrantes italianos e japoneses.
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