O horário de verão é uma convenção adotada em diversos países ao redor do globo. Em alguns países, é chamado de “horário de poupança de luz do dia” (“daylight saving time”, em tradução livre).
A prática consiste em adiantar o relógio em uma hora durante um determinado período do ano. Depois de aproximadamente cinco ou seis meses, atrasa-se o relógio para voltar ao horário “normal”.
Em geral, o intuito dessa mudança é aumentar o tempo de luz solar de um dia durante os meses de verão. É algo que faz sentido para países cuja posição no globo não garante tanta luz solar, por conta da distribuição desigual durante um dia ou por causa das diferentes estações do ano.
Países próximos à Linha do Equador, localizados em zonas de baixa latitude, não adotam o horário de verão, pois já recebem uma grande quantidade de luz solar ao longo do ano (aproximadamente doze horas).
O início do horário de verão depende de cada país que o adota. No Brasil, inicia-se no terceiro domingo de outubro e tem fim no terceiro domingo de fevereiro.
Em inglês, as expressões “spring forward” e “fall back” indicam os ajustes que devem ser feitos no relógio durante o horário de verão, de acordo com a estação. Em tradução livre: na primavera, o relógio vai para frente, e no outono, vai para trás.
O horário de verão foi idealizado por Benjamin Franklin (figura americana importante durante o Iluminismo, que inventou a eletricidade), cuja idéia foi publicada em um artigo pela primeira vez em 1874. Porém, foi executada apenas no começo do século XX através de William Willett, um empreiteiro inglês.
Willett foi responsável por financiar e incentivar a adoção do horário de verão pelo governo britânico. A idéia foi rejeitada diversas vezes pelo tal governo - tanto que o primeiro país que adotou o horário de verão foi a Alemanha, em 1916. A Grã-Bretanha adotou legalmente o horário de verão no mesmo ano alguns meses depois. No entanto, Willett faleceu em 1915, sem ter visto sua idéia, tão defendida durante sua vida, ser concretizada.
Mapa múndi com a representação das regiões que adotam (representados em laranja e azul) ou já adotaram em algum período a convenção, mas atualmente não adotam (representados em cinza escuro). Em cinza claro estão as regiões que nunca adotaram o horário de verão em sua história.
A discussão sobre as vantagens e desvantagens em relação ao horário de verão é longa, datando desde sua idealização até os dias de hoje.
Já no início do século XX, uma das vantagens era a economia de energia. Por exemplo, na Alemanha, a convenção foi adotada no intuito de economizar carvão usado para gerar energia elétrica na busca de reduzir os gastos nesse setor, visto que o país estava em guerra nesta época.
Uma outra vantagem se mostra no humor e na disposição da população das regiões que adotam o horário de verão. Com mais tempo de luz do dia - consequentemente, mais luz solar -, alguns estudos mostram que as pessoas, em geral, ficam mais ativas e com mais ânimo, inclusive aumentando a produtividade no trabalho ou nos estudos.
Porém, os custos operacionais para a mudança nos relógios podem sair um tanto caros. Programar os relógios para o adiantamento ou atraso afeta diversas coisas no nosso cotidiano em larga escala, como o sistema de tráfego aéreo, o sistema bancário - por exemplo, a realização de transferências bancárias.
Nas tentativas de adoção arquitetadas por Willett no século XX, um dos maiores contrapontos vinham dos agricultores, que argumentavam que a adoção da convenção afetava as épocas de colheita.
No país, o horário de verão foi implementado em todo território em 1931. Desde este evento, não havia regularidade na adoção, significando que em alguns anos não havia alteração nos relógios, ou os relógios não eram adiantados e atrasados em todos os estados brasileiros.
Em 2008, foi estabelecido o decreto no. 6558, que fixou as diretrizes do horário de verão no Brasil. Apenas os estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul que o adotam.
Ainda assim, todo ano o governo discute a necessidade do horário de verão no país. Os argumentos são de que os custos para implementá-lo são maiores do que a poupança de energia, ou também que a segurança pública fica mais enfraquecida para pessoas que saem para trabalhar ou estudar muito cedo.
O horário de verão é um recurso adotado em vários países para evitar sobrecarga do sistema de produção e distribuição de energia elétrica nos períodos de pico. No Brasil o horário de verão é adotado nos meses de outubro a fevereiro, quando os relógios são adiantados em uma hora. Em relação ao horário de verão, é incorreto afirmar: