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Verão

Geografia - Manual do Enem
Giulia Giacomini Kiefer Publicado por Giulia Giacomini Kiefer
 -  Última atualização: 29/7/2022

Índice

Introdução

verão é uma das quatro estações do ano. A estação se inicia com o solstício de verão, que acontece em 21 de dezembro no Hemisfério Sul e no dia 21 de junho no Hemisfério Norte.

Suas características principais, em comparação a as outras estações do ano, são:

  • temperaturas mais elevadas;
  • maior tempo de luz solar;
  • maiores níveis pluviométricos (chuvas).

Legenda: Praia de Lorne Beach, Austrália, durante o verão. O clima agradável propiciado pela estação leva pessoas de todo o mundo a buscar lazer fora de casa. Praias e parques são os destinos um tanto concorridos nessa época!

Nesta estação, são mais comuns as chamadas chuvas de verão ou chuvas torrenciais. São conhecidas por serem rápidas e fortes, no sentido de que atinge altos níveis pluviométricos em um curto período de tempo.

A chegada da chuva - ou seja, quando o céu escurece com as nuvens de chuva - é relativamente rápida: dentro de alguns minutos antes de começá-la.

Às vezes, o calor após a chuva é tão intenso que as ruas molhadas secam rapidamente.

Porque o verão é assim?

alta incidência de radiação solar durante o verão, causada pelo movimento de translação, faz com que as temperaturas médias nessas estação sejam mais altas.

Com o clima estando mais quente, aumenta-se o nível de evaporação dos corpos d’água - como rios, lagos e mares -, ocasionando o aumento de ocorrências e de volume de chuvas. 

Vale lembrar que o eixo de inclinação da Terra também é responsável por esses fatores. Mais especificamente, o eixo define qual hemisfério receberá mais luz solar no período.

Horário de verão

Consiste na mudança do horário de um país com o objetivo geral de aumentar o número de horas por dia com luz solar disponível. No início, adianta-se o relógio em uma hora, para no final do período atrasá-lo em uma hora e, assim, voltar o “horário normal”.

No Brasil, o horário de verão foi adotado, inicialmente, como uma medida de poupança de energia. A cada ano, próximo da mudança do horário, o governo avalia e discute se é necessária a adoção da mesma. 

Em países localizados em regiões de latitudes extremas, em que algumas regiões ficam sem absolutamente nenhum período de luz solar durante o inverno, o horário de verão vai de meados de março até outubro, a fim de aproveitar o máximo a luz do dia.

O “sol da meia-noite”

Como vimos anteriormente, com as chuvas torrenciais, o verão traz consigo fenômenos climáticos distintos. Um deles é o chamado “sol da meia-noite”.

Este fenômeno é observado durante os meses de verão em regiões de alta latitude, como o Círculo polar Ártico e Círculo Polar Antártico, localizados nos Hemisférios Norte e Sul, respectivamente.

Estas regiões recebem tanta luz solar durante o verão (devido aos fatores já mencionados aqui no texto) que ficam por diversos dias com ela presente durante o dia inteiro. Neste período, é possível observar o Sol em horários incomuns, como tarde da noite ou até mesmo em toda a madrugada. Ou seja, durante alguns dias, é possível ver o Sol por vinte e quatro horas nessas regiões! 


Legenda: pessoas aproveitando o “sol da meia-noite” na Finlândia, país localizado próximo ao Círculo Polar Ártico - uma das poucas regiões do globo na qual é possível observar o fenômeno.

Referências 

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: Noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

“Mudança horária Noruega - Oslo; zona horária: Europe/Oslo”. Disponível em: <http://www.horadomundo.com/cambiohorario/dst.do?tz=Europe/Oslo>. 

TORRES, Fillipe Tamiozzo Pereira; DE OLIVEIRA MACHADO, Pedro José. Introdução à climatologia. Cengage Learning, 2011.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
IBAM/2015

Leia o seguinte texto:

ÁGUAS DE MARÇO

(Tom Jobim) 

É pau, é pedra, é o fim do caminho 

É um resto de toco, é um pouco sozinho

É um caco de vidro, é a vida, é o sol 

É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol 

É peroba do campo, é o nó da madeira 

Caingá, candeia, é o Matita Pereira 

É madeira de vento, tombo da ribanceira

E o mistério profundo, é o queira ou não queira 

É o vento ventando, é o fim da ladeira 

É a viga, é o vão, festa da cumeeira 

É a chuva chovendo, é conversa ribeira 

Das águas de março, é o fim da canseira 

É o pé, é o chão, é a marcha estradeira 

Passarinho na mão, pedra de atiradeira 

É uma ave no céu, é uma ave no chão 

É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão 

É o fundo do poço, é o fim do caminho 

No rosto o desgosto, é um pouco sozinho 

É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto 

É um pingo pingando, é uma conta, é um conto 

É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando 

É a luz da manhã, é o tijolo chegando 

É a lenha, é o dia, é o fim da picada 

É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada 

É o projeto da casa, é o corpo na cama 

É o carro enguiçado, é a lama, é a lama 

É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã 

É um resto de mato, na luz da manhã 

São as águas de março fechando o verão 

É a promessa de vida no teu coração 

É uma cobra, é um pau, é João, é José 

É um espinho na mão, é um corte no pé 

São as águas de março fechando o verão

É a promessa de vida no teu coração 

É pau, é pedra, é o fim do caminho 

É um resto de toco, é um pouco sozinho

É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã 

É um belo horizonte, é uma febre terçã 

São as águas de março fechando o verão 

É a promessa de vida no teu coração 

pau, pedra, fim, caminho 

resto, toco, pouco, sozinho 

caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol 

São as águas de março fechando o verão 

É a promessa de vida no teu coração 

(Texto retirado do site: http://www.vagalume.com.br/elis-regina/aguas- de-marco.htmi) 

Observe o título da música de Tom Jobim e toda a descrição feita durante a letra. A expressão “águas de março" é uma forma metafórica de se referir, nessa canção: 

A às chuvas do final do verão
B aos rios que cortam os estados brasileiros
C a um rio específico da região sudeste
D às chuvas que ocorrem em estações do ano mais secas.
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