A Primeira República é o período da História do Brasil compreendido entre os anos de 1889 a 1930.
Esse foi o primeiro momento após a Proclamação da República, e compreendeu importantes transformações políticas, econômicas, culturais e sociais no país; como a promulgação da Constituição de 1891 e o investimento na formação de uma identidade nacional consolidada.
A Primeira República também é comumente chamada de República Velha. Esse termo, entretanto, foi criado pelos intelectuais da Era Vargas, na tentativa de atribuir características ultrapassadas a esse período da História do Brasil.
Dentre os anos da Primeira República, pode-se fazer a distinção entre dois períodos:
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A Primeira República no Brasil surgiu em 1889, quando o país se tornou uma república após o fim do Império. O contexto para o surgimento da Primeira República incluiu vários fatores políticos, sociais e econômicos, incluindo:
Crescimento da democracia: No final do século XIX, havia uma crescente demanda por democracia e liberdade política no Brasil. Os liberais e outros grupos políticos exigiam a abolição da monarquia e a instituição de uma república.
Instabilidade política: Durante o final do Império, havia uma grande instabilidade política no país, com vários grupos políticos disputando o poder e o país enfrentando constantes ameaças de golpes militares.
Desenvolvimento econômico: A economia brasileira estava em desenvolvimento e havia uma crescente classe média que exigia mais liberdade política e democracia.
Influência estrangeira: A ideia da república estava sendo difundida em toda a América Latina e em outras partes do mundo, e a pressão internacional para a instituição de uma república no Brasil estava aumentando.
Descontentamento social: Havia descontentamento social em relação às políticas do Império, incluindo a concentração de poder nas mãos de poucos e a falta de liberdades políticas.
Esses fatores políticos, sociais e econômicos contribuíram para o surgimento da Primeira República no Brasil, que foi proclamada após a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.
No entanto, a Primeira República enfrentou vários desafios, incluindo instabilidade política, corrupção, violência e descontentamento social, o que levou a uma série de crises políticas e econômicas durante sua existência.
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Proclamação da República: A monarquia é abolida e o Brasil se torna uma república.
Eleição presidencial: Realiza-se a primeira eleição presidencial da Primeira República, vencida por Deodoro da Fonseca.
Revolta do Contestado: Uma revolta rural é liderada por agricultores e seringueiros no sul do Brasil, protestando contra a exploração de terras e a concentração de poder nas mãos de poucos.
Revolta da Vacina: Uma série de protestos e motins é realizada em protesto contra a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola.
Revolução de 1910: Uma série de rebeliões militares é liderada por eleitos e soldados insatisfeitos com a corrupção e a violência na política brasileira.
Eleição presidencial: A eleição presidencial é vencida por Hermes da Fonseca.
Eleição presidencial: A eleição presidencial é vencida por Epitácio Pessoa.
Revolta de 1919: Uma série de motins e protestos é realizada por trabalhadores e estudantes insatisfeitos com as condições de vida no país.
Revolução de 1930: Uma revolução liderada por Getúlio Vargas derruba a Presidência da República e estabelece um governo autoritário que ficaria conhecido como a Era Vargas.
A Primeira República no Brasil foi marcada por uma série de figuras importantes que desempenharam papéis cruciais na política e no desenvolvimento do país naquele período.
Alguns dos principais personagens da Primeira República incluem:
Deodoro da Fonseca: Primeiro presidente da República, ele foi um importante líder militar que liderou a proclamação da República e a queda da monarquia no Brasil.
Hermes da Fonseca: Terceiro presidente da República, ele foi eleito com o apoio de uma aliança de elites políticas e econômicas.
Epitácio Pessoa: Quarto presidente da República, ele liderou o país durante um período de instabilidade política e social, incluindo a Revolta de 1919.
Getúlio Vargas: Líder da Revolução de 1930, ele estabeleceu um governo autoritário e ficou conhecido como o "Pai dos Pobres" por suas políticas sociais e trabalhistas.
Rui Barbosa: Advogado, jornalista e político, ele foi um defensor dos direitos políticos e sociais dos brasileiros e participou ativamente da política da Primeira República.
Floriano Peixoto: Segundo presidente da República, ele é lembrado por sua administração autoritária e pela repressão aos movimentos políticos e sociais da época.
A sociedade da Primeira República no Brasil era marcada por uma série de desigualdades sociais, econômicas e políticas.
Embora a República tenha significado uma mudança importante para a democracia e a liberdade política no país, a sociedade da época ainda era marcada por muitas restrições e discriminações.
Alguns dos aspectos da sociedade da Primeira República incluem:
Desigualdade social: A sociedade da Primeira República era altamente stratificada, com uma grande diferença entre ricos e pobres. A classe média era pequena, e a maioria da população vivia em condições de pobreza.
Discriminação racial: Embora o Brasil tenha sido formado por uma mistura de diversas etnias, a sociedade da Primeira República ainda era marcada por uma forte discriminação racial, especialmente contra os afro-brasileiros e os índios.
Discriminação de gênero: A sociedade da Primeira República era altamente machista e discriminava as mulheres, negando-lhes direitos políticos e sociais, incluindo o direito ao voto.
Urbanização: A Primeira República marcou o início da urbanização acelerada do Brasil, com a crescente migração da população rural para as cidades.
Industrialização: A Primeira República também foi um período de intensa industrialização no Brasil, com o surgimento de novas indústrias e o crescimento da economia.
O coronelismo foi uma das características políticas mais marcantes da Primeira República no Brasil.
Tratava-se de uma forma de poder político local, exercida por coronéis, que eram figuras influentes na região onde viviam, geralmente proprietários de terras ou comandantes militares.
Os coronéis controlavam as eleições locais e usavam seu poder econômico e político para influenciar os resultados.
Eles mantinham a lealdade de seus seguidores através de vantagens materiais, como empregos, terras ou proteção, e eram vistos como líderes comunitários.
O coronelismo foi um obstáculo para o desenvolvimento de uma verdadeira democracia no Brasil, pois os coronéis muitas vezes controlavam os processos eleitorais e impediam a participação de outros grupos sociais.
Além disso, eles mantinham relações pouco claras com os políticos nacionais, o que prejudicava a transparência e a integridade do processo político.
O coronelismo continuou a influenciar a política brasileira por muitos anos, mesmo após o fim da Primeira República, e só foi finalmente superado com a redemocratização do país nas décadas de 1980 e 1990.
A Primeira República no Brasil foi um período que durou de 1889 a 1930, quando o país passou de uma monarquia para uma república federal presidencialista. Alguns dos principais eventos e características deste período incluem:
Proclamação da República: Em 15 de novembro de 1889, um grupo de militares e políticos proclamou a República no Brasil, depondo o Imperador Pedro II.
Constituição Federal: Em 1891, foi aprovada a primeira Constituição Federal do Brasil, que estabeleceu uma república federal presidencialista com um poder executivo forte.
Desenvolvimento econômico: A Primeira República foi um período de intensa industrialização no Brasil, com o surgimento de novas indústrias e o crescimento da economia.
Desigualdade social: Embora a República tenha significado uma mudança importante para a democracia e a liberdade política no país, a sociedade da época ainda era marcada por muitas restrições e discriminações, especialmente contra os afro-brasileiros e os índios.
Coronelismo: O coronelismo foi uma das características políticas mais marcantes da Primeira República, sendo um obstáculo para o desenvolvimento de uma verdadeira democracia no país.
Instabilidade política: A Primeira República foi marcada por uma série de revoltas militares e crises políticas, o que prejudicou a estabilidade e a continuidade do processo democrático.
Em resumo, a Primeira República no Brasil foi um período de transição importante para a democracia e a liberdade política no país, mas também foi marcado por muitas desigualdades e instabilidades políticas.
Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.
(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976 (adaptado))
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania.
Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social: