O Estado Novo foi marcado por políticas corporativistas, desenvolvimentistas e nacionalistas. Somente o poder judiciário ligado ao presidente resistiu e partidos políticos e o parlamento foram fechados.
Foi durante o Estado Novo que Vargas consolidou as Leis Trabalhistas ao mesmo tempo em que proibiu a pluralidade de sindicatos, limitando a existência de apenas uma força sindical, atrelada ao governo varguista.
Getúlio Vargas foi o presidente que concedeu os principais direitos trabalhistas, como o salário mínimo, a carteira de trabalho, férias remuneradas, descanso semanal e a estabilidade após 10 anos de serviço.
As políticas trabalhistas de Vargas, associadas a um intenso investimento na construção da figura do político como “pai dos pobres”, garantiu uma legião de apoiadores populares para seu governo.
Nesse período, Vargas criou uma nova moeda e estabeleceu novas fronteiras territoriais internas entre os Estados do país.
Durante seu período de existência, o governo Vargas criou e ocupou inúmeras instâncias públicas a fim de fortalecer o regime. O símbolo desse fortalecimento era a Constituição do Brasil a partir de uma identidade nacional baseada na valorização do país, ou seja, da criação de um “espírito nacional” e de uma “história do povo”.
Getúlio Vargas assumiu o poder durante um momento de crise do Estado no Brasil. Afirmando que a consolidação do Estado foi um requisito para o crescimento econômico, o regime expandiu rapidamente os poderes do governo central e reprimiu os desafios apresentado por líderes locais e estaduais.
Além disso, foi nesse momento que foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda, que se consolidou como importante órgão que debatia os elementos constituidores da identidade nacional e grande investidor na figura de Vargas como um líder popular e capaz.
Para isso, investiram na construção da imagem da “República Velha” como um passado repleto de políticas a serem deixadas para trás, e no “Estado Novo” como símbolo do moderno e do progresso.
Em 1939, com a Segunda Guerra Mundial e o ataque alemão a navios brasileiros, Getúlio Vargas se aliou aos Estados Unidos e enviou 25 mil soldados brasileiros para o conflito. Em troca do apoio, os Estados Unidos ensinaram as técnicas de produção de aço aos brasileiros. Por isso, durante o governo Vargas, foi criada a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda.
Foi também com Vargas ao poder que foram construídas a mineradora Vale do Rio Doce e a hidrelétrica do Rio São Francisco.
Após o fim da guerra, intelectuais, militares, estudantes e grupos políticos começaram a pressionar para que Getúlio Vargas deixasse o poder e novas eleições fossem feitas. É nesse momento que surgiu o movimento Queremista, de cunho popular, que defendia a transição democrática com Getúlio Vargas no poder. A possibilidade entretanto, não se sustentou.
Em 1945, ministros militares tomaram o poder e convocaram as eleições, pondo fim a chamada Era Vargas.
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