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Getúlio Vargas

História do Brasil - Manual do Enem
Maria Clara Cavalcanti Publicado por Maria Clara Cavalcanti
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Getúlio Vargas foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 e 1945, em um período da história que ficou marcado como a Era Vargas. Depois, reassumiu o poder entre 1951 e 1954, tornando-se o presidente que permaneceu mais tempo no comando da nação. O político gaúcho foi figura central na Revolução de 1930, promoveu intensas mudanças no país e se suicidou em 1954.

Vargas nasceu em 1882, na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul. Aos 18 anos ingressou na carreira militar, chegando ao posto de segundo sargento. Após sair do exército, Getúlio Vargas concluiu a graduação em direito em 1907, momento em que já se envolvia com a vida política.

Em sua trajetória na política foi deputado estadual, deputado federal, ministro da fazenda e governador do Rio Grande do Sul. Foi na Revolução de 1930 que chegou ao poder como Presidente da República. 

O político foi responsável pela modernização e pelo investimento nas indústrias no Brasil, rompendo com a predominância agrária, ruralista e cafeicultora da República Oligárquica. Vargas é também conhecido pelas políticas trabalhistas que o fizeram ficar conhecido como “pai dos pobres”. Além disso, foi em seu governo que a cultura e identidade nacional passaram por transformações e consolidações.

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Getúlio Vargas e a Revolução de 1930

Nas eleições de 1930, o então presidente Washington Luís, ao invés de indicar o candidato mineiro Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, resolveu apoiar um paulista, Júlio Prestes, causando tensões entre os participantes da política do café-com-leite.

Antônio Carlos acabou por lançar uma alternativa conciliatória, a indicação do gaúcho Getúlio Vargas como candidato à presidência. Washington Luís, entretanto, não aderiu a proposta e teve 17 estados a seu favor, com a exceção da Paraíba, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Descontentes, esses estados formaram a Aliança Liberal, em oposição a Júlio Prestes. 

No dia 1° de Março de 1930, Júlio Prestes ganhou a eleição presidencial e a oposição acusou fraude eleitoral. A partir daí, conspirações ganharam força, principalmente com a influência do movimento tenentista.

Entretanto, a Revolução de 1930 teve como estopim o assassinato do então presidente da Paraíba e candidato a vice-presidente de Getúlio Vargas, João Pessoa. O presidente morto da Paraíba foi transformado em mártir da revolução, em um ato oportunista da Aliança Liberal.

No dia 3 de Outubro de 1930, iniciaram-se as ações da Revolução. Tropas do exército e da marinha de diversas regiões do país se direcionaram para o Rio de Janeiro, onde foi formada uma junta militar que depôs Washington Luís, impediu a posse de Júlio Prestes e transferiu o poder para Getúlio Vargas.

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Getúlio Vargas, Presidente da República do Brasil

Vários conflitos internos marcaram os primeiros anos de Vargas no poder. Em 1932, a população paulista promove a Revolução Constitucionalista, que pedia o fim do governo provisório e a convocação de uma Assembleia Constituinte. Em três meses a Revolução foi abafada, mas a Assembleia foi convocada no ano seguinte. Nela, Getúlio Vargas foi eleito por mais quatro anos.

Retrato Oficial de Getúlio Vargas (1930).

Retrato Oficial de Getúlio Vargas (1930).

Em 1935, Getúlio Vargas enfrentou a oposição dos comunistas, liderados por Luís Carlos Prestes. Posteriormente, inspirados no fascismo italiano, foi a vez dos integralistas tentarem depor Getúlio Vargas.

Em 1937, o governo Vargas divulgou um suposto plano comunista para a tomada do poder. O Plano Cohen serviu como argumento para a implantação da ditadura varguista, marcando o princípio do Estado Novo.

Além disso, Getúlio Vargas foi o presidente que concedeu os principais direitos trabalhistas. As políticas trabalhistas de Vargas, associadas a um intenso investimento na construção da figura do político como “pai dos pobres”, garantiu uma legião de apoiadores populares para seu governo.

Getúlio Vargas foi responsável pelo envio de 25 mil soldados brasileiros para a Segunda Guerra Mundial. Além disso, foi em seu governo que foi criada a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, a mineradora Vale do Rio Doce, a Petrobrás e a hidrelétrica do Rio São Francisco.

Após o fim da guerra, intelectuais, militares, estudantes e grupos políticos começaram a pressionar para que Getúlio Vargas deixasse o poder e novas eleições fossem feitas.

Surgiu nesse contexto o movimento Queremista, de cunho popular, que defendia a transição democrática com Getúlio Vargas no poder. A possibilidade entretanto, não se sustentou.  Em 1945, ministros militares tomaram o poder e convocaram as eleições.  

Em 1950, Getúlio foi reeleito Presidente da República com a grande maioria dos votos.

Nesse período, a oposição a Getúlio Vargas - destacando-se a União Democrática Nacional (UDN) - se fortaleceu, principalmente após ao atentado contra o jornalista Carlos Lacerda. Lacerda ficou apenas ferido, mas o major da aeronáutica Rubens Vaz acabou morto.

Sendo assim, os ânimos se inflamaram e a oposição passou a pressionar cada vez mais Getúlio Vargas. Na manhã de 24 de agosto de 1954, Vargas se suicidou com um tiro. A morte do presidente gerou uma intensa mobilização popular e grupos políticos e jornais opositores foram atacados. Getúlio Vargas deixou uma carta-testemunha na ocasião de seu suicídio.

Getúlio Vargas em discurso no Rádio (1954).

Getúlio Vargas em discurso no Rádio (1954). 
Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2005

Zuenir Ventura, em seu livro Minhas memórias dos outros (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da Era Vargas e ao suicídio do presidente em 1954, comenta: “Quase como castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão próprio).”

Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses” no comentário e uma conseqüência política que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, respectivamente, em:

A a conspiração envolvendo o jornalista Carlos Lacerda é um dos elementos do desfecho trágico e o recuo da ação de políticos conservadores devido ao impacto da reação popular.
B a tentativa de assassinato sofrida pelo jornalista Carlos Lacerda por apoiar os assessores do presidente que discordavam de suas idéias e o avanço dos conservadores foi intensificado pela ação dos militares.
C o presidente sentiu-se impotente para atender a seus inimigos, como Carlos Lacerda, que o pressionavam contra a ditadura e os aliados do presidente teriam que aguardar mais uma década para concretizar a democracia progressista.
D o jornalista Carlos Lacerda foi responsável direto pela morte do presidente e este fato veio impedir definitivamente a ação de grupos conservadores.
E o presidente cometeu o suicídio para garantir uma definitiva e dramática vitória contra seus acusadores e oferecendo a própria vida Vargas facilitou as estratégias de regimes autoritários no país.
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