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Esparta: quem foram os espartanos? Sociedade e economia

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 24/7/2023

Índice

Introdução

Por sua tradição militar e importância histórica, a cidade-estado de Esparta é considerada uma das mais relevantes para a compreensão da Antiguidade na Grécia.

Foi fundada no século IX a.C. por dórios, um dos povos indo-europeus que migraram para a península balcânica naquele período, após a expulsão dos aqueus daquela região.

Esparta estava localizada na península do Peloponeso, mais especificamente na planície da Lacônia, uma área de terras férteis, algo que não era comum na Grécia. Ao contrário do que ocorria na maioria das cidades-estados gregas, os espartanos baseavam sua economia na agricultura, e por isso expandiram pouco o comércio e a manufatura.

A ênfase na atividade agrícola e o baixo desenvolvimento do comércio contribuíram para que Esparta ficasse relativamente isolada das demais cidades-estados. Essa característica, associada à própria tradição guerreira dos dórios, contribuiu para a formação de uma sociedade altamente militarizada, com hierarquias sociais rígidas, e quase nenhuma afeição por imigrantes.

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Estrutura social e política

Os moradores de Esparta estavam divididos basicamente em três grupos sociais:

  • Esparciatas ou espartanos – principal grupo na hierarquia social, os espartanos eram descendentes dos dórios e formavam a aristocracia da cidade, ou seja, eram os grandes proprietários de terras. Exerciam as funções administrativas e militares na cidade-estado.
  • Periecos – Trabalhadores livres, mas sem direitos políticos. Em geral, exerciam funções ligadas ao comércio e pagavam impostos.
  • Hilotas – pessoas submetidas ao regime de servidão. Não possuíam direitos políticos e eram considerados propriedade do Estado. Os hilotas viviam em péssimas condições e, muitas vezes, eram vítimas de massacres por parte dos espartanos para evitar rebeliões.

A partir dessa divisão, a sociedade espartana se estruturava em um sistema oligárquico, ou seja, comandado por um grupo restrito de pessoas, vinculado à posse das terras e ao poder militar.

O principal órgão político, administrativo e judiciário de Esparta era o “Conselho de Anciãos”, também chamado de Gerúsia, composto por 28 gerontes com mais de 60 anos de idade e que já haviam cumprido suas obrigações militares, associados a um colegiado de cinco magistrados (éforos), e dois reis (diarquia), que exerciam funções militares, judiciárias e religiosas.

Militarização

Em virtude de sua estrutura social, Esparta era uma cidade-estado extremamente militarizada, algo que fazia parte da educação comandada pelo Estado.

Escultura de guerreiro espartano.Escultura de guerreiro espartano

Os recém-nascidos que apresentavam alguma deficiência física eram sacrificados, pois os espartanos acreditavam que eles não poderiam cumprir com suas funções militares.

Por volta dos oito anos de idade, os meninos deixavam suas famílias e passavam a receber treinamento militar do Estado, em uma jornada que envolvia pesados treinamentos físicos e de táticas de guerra, e que durava cerca de dez anos. Dessa forma, dos 18 aos 60 anos, quando eram dispensados do serviço militar para ocupar outras funções administrativas, todos os espartanos faziam parte do exército.

Aos 20 anos de idade adquiriam os direitos de cidadão, e deveriam se casar até os 30. Por sua vez, embora não tivessem funções militares, as mulheres de Esparta também eram educadas desde a infância para serem esposas de guerreiros.

Guerra do Peloponeso e decadência

Esparta viveu seu auge entre os séculos VI e V a.C., e, com o fim das Guerras Médicas (499 e 449 a.C.) entre gregos e persas, viu acirrar sua rivalidade com Atenas, cidade-estado que ocupava uma posição hegemônica na Grécia.

Enquanto Atenas liderava um grupo de cidades-estados chamado “Liga de Delos”, Esparta criou, como contraponto, a Liga do Peloponeso. O acirramento dos conflitos entre as póleis gregas resultou na Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.), opondo principalmente Atenas e Esparta.

Após longos anos de conflito, os espartanos conseguiram a vitória e impuseram sua hegemonia sobre a Grécia, dissolvendo a Liga de Delos. Essa hegemonia chegou a ser contestada novamente por Atenas, que voltou a se impor como dominante por um breve período, mas posteriormente foi derrotada pela cidade-estado Tebas.

A imensa fragilidade das cidades-estados gregas, provocada por anos de conflitos, facilitou a invasão da Grécia por Filipe II, rei da Macedônia, no século IV a.C., que acabou eliminando a autonomia das cidades-estados. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFRGS

Em relação à sociedade espartana, assinale a opção que NÃO corresponde à camada social dos hilotas.

A Constituíam a massa de população vencida, subjugada e pertencente ao Estado.
B Enquanto força-de-trabalho, eram expropriados pelos espartanos.
C Cultivavam a terra com os seus instrumentos de trabalho, pagando uma renda fixa em espécie.
D Como prevenção de revoltas e frente ao perigoso aumento demográfico que apresentavam, sofriam regularmente os “kriptios”, formas de repressão e extermínio realizados por jovens espartanos.
E Desenvolviam atividades mercantis que lhes possibilitavam acumular pequenas fortunas com as quais compravam títulos de cidadania.
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