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O Coliseu

História Geral - Manual do Enem
Daniel Zem Bernardes Publicado por Daniel Zem Bernardes
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Famoso tanto por seus gladiadores e atrações regadas por violência quanto pela sua bela arquitetura, o Coliseu está entre as maiores obras da humanidade, sendo considerada uma das 7 maravilhas do mundo.

Ele está localizado na capital da Itália, Roma. Foi construído a mais de 1900 anos atrás, durante o Império Romano, sendo um dos seus maiores símbolos políticos. Hoje em dia é o maior símbolo turístico da cidade, recebendo cerca de 7 milhões de turistas anualmente. 

Mas, sendo umas das maiores obras já feitas na História, ficam os questionamentos de quem o construiu e qual foi a sua  importância no Império Romano.

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O contexto histórico e a construção do Coliseu

A construção do Coliseu de Roma se deu durante o período do Alto Império Romano (27 ac - 235 d.c), durante a dinastia dos imperadores Flavianos (69 - 96). Por esta razão, o Coliseu também é chamado de Anfiteatro Flaviano.

Sua construção se iniciou em meados dos anos 70, pela mão de obra de escravos - em sua maioria prisioneiros de guerra - e sob o comando do imperador Vespasiano.

O coliseu foi construído onde se situava a Casa Dourada do imperador romano Nero (54 - 68), que foi construída depois de um grande incêndio que aconteceu na cidade.

Dentro deste palácio, existia um grande lago artificial, que foi drenado pelo imperador Vespasiano, e de lá se iniciou a construção do grande anfiteatro. O Coliseu foi inaugurado em 80 pelo imperador Tito (79 - 81), que em comemoração realizou 100 dias de jogos no Coliseu.

A princípio, eram apenas 2 andares de arquibancadas no Coliseu. Porém, o imperador Domiciano (81 - 96) constrói o terceiro e último andar do anfiteatro e, também, o hipogeu - uma estrutura subterrânea que ajudava na preparação dos eventos, guardando materiais e até animais.

Essas foram as últimas obras que ampliaram a estrutura do Coliseu. Assim, os outros imperadores apenas lidavam com as reformas que eram necessárias por conta de fenômenos naturais (quedas de raios e terremotos), incêndios, roubos e vandalismos. Vale pontuar que, durante a Idade Média, casas foram construídas dentro do Coliseu, em razão de contínuas invasões em Roma.

A estrutura

O Coliseu foi construído com o uso de pedras (tufa e travertina), tijolos (feitos de argila e água), madeira e com o um cimento desenvolvido pelos romanos. Tinha uma altura de 48 metros e uma área equivalente a 2 hectares (aproximadamente 2 campos de futebol).

Tinha um formato circular, com uma arena no centro e três andares de grandes arquibancadas que a envolviam. Acima das arquibancadas, havia uma espécie de toldo retrátil, que funcionava a partir de cordas puxadas por cerca de 100 homens para proteger os espectadores do sol.

Embaixo da arena havia o hipogeu, que era uma estrutura subterrânea que funcionava como armazém e bastidores dos eventos festivos. O coliseu tinha a capacidade para cerca de 80.000 espectadores.

Interior do Coliseu

Jogos e atrações

O Coliseu tinha como objetivo o entretenimento dos cidadãos romanos. Logo, ele era palco dos jogos romanos, que eram atrações geralmente muito violentas.

Os jogos eram financiados pelo imperador e pela nobreza. No seu começo, tinham um caráter religioso, mas isso logo se perdeu com o aumento da popularidade.


Os que participavam nos jogos eram os chamados gladiadores. Estes eram escravos ou criminosos de guerra, que na época não possuíam direitos algum. Eram treinados em escolas especiais e, depois, jogados na arena para travar combates entre si ou entre animais (como leões, tigres, panteras e elefantes). Se o escravo ou criminoso sobrevivesse por 3 anos, ele ganhava a sua liberdade.

As atrações eram:

  • Batalha entre gladiadores, sem direito a desistência. Os condenados eram forçados a lutar entre si, até restar apenas um.
  • Batalha entre os gladiadores e animais, em simulações de caçadas de animais. Era chamado de Venationes e Silvae (nessa, havia a simulação de cenário natural). As carnes dos animais mortos eram depois servidas ao público em um grande banquete.
  • Execuções por animais, onde o condenado era amarrado e executado por animais. Era chamado de Ad Bestias.
  • Reencenação de batalhas marítimas (Naumachiae).
  • Exposição de animais no coliseu.

O Coliseu e a política

Como dito acima, os jogos festivos do Coliseu eram financiados pelo próprio imperador e pela nobreza. Essa atitude tinha como objetivo do agrado da população, diminuindo a tensão social no reino a partir da distração com grandes atrações e banquetes.

O objetivo era desviar a atenção dos eventos cotidianos e dos assuntos políticos, para que não houvesse rebeliões e levantes populares contra os seus governantes.

Essa política ficou conhecida como a política do pão e circo, e foi bastante importante no Império Romano.

Curiosidades

  • Diferente do que muitos pensavam, o vomitorium não era um local para regurgitar o banquete e continuar comendo. Se trava das entradas e saídas do Coliseu. Porém, o nome realmente faz referência à ação nojenta, já que foi dado este nome por conta do fluxo de entrada ou saída do anfiteatro, como se estivesse “expelindo pessoas”.
  • A entrada para o Coliseu era gratuita, mas a divisão dos seus assentos era feito de acordo com a sua classe social. Os nobres e ricos se sentavam nos melhores assentos, enquanto eram dados aos escravos e mulheres os piores lugares.
  • É estimado que foram mortos 1 milhão de animais durante os eventos - e meio milhão de pessoas.
Exercício de fixação
Passo 1 de 3
IFSP/2012

O Coliseu, construído entre os anos 70 e 82 d.C., tornou-se um dos grandes símbolos da Roma Antiga. Podia abrigar 45 mil espectadores. Ocorriam ali combates de gladiadores, execuções de criminosos por animais selvagens e encenação de batalhas históricas e mitológicas.

(Flavio Campos, A Escrita da História. São Paulo, Escala Educacional, 2009. Adaptado)

Para essa construção, foi preponderante o trabalho:

A de um enorme contingente de escravos, na sua maioria, prisioneiros de guerras.
B livre e assalariado dos plebeus romanos.
C dos patrícios romanos empobrecidos pelas conquistas.
D dos milhares de vassalos dos suseranos romanos.
E escravo da plebe romana empobrecida após o êxito das invasões bárbaras.
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