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Grande Sertão: Veredas – Resumo

Literatura - Manual do Enem
Alanis Zambrini Publicado por Alanis Zambrini
 -  Última atualização: 27/9/2022

Introdução

“Grande Sertão: Veredas” é um romance escrito por Guimarães Rosa. Foi publicado em 1956, tornando-se uma das obras mais importantes da literatura brasileira.

O livro pertence ao Modernismo (possui elementos da primeira e segunda geração dessa escola literária) e sua linguagem é extremamente rica, com muitos regionalismosneologismos e características da oralidade (ou seja, da linguagem coloquial).

O romance nos proporciona uma visão ampla sobre o espaço em que se passa a obra: os sertões de Goiás, da Bahia e de Minas Gerais. Além disso, o tempo da narrativa é psicológico, então não segue uma cronologia exata.

Índice

Resumo

“Grande Sertão: Veredas” é narrado por Riobaldo, que é o narrador e protagonista da obra. Riobaldo é um jagunço muito inteligente e muito letrado, que decide fazer uma autorreflexão sobre sua vida e relatá-la para o Compadre Quelemém.

Nesses relatos, o personagem faz muitas reflexões sobre algumas questões filosóficas, como a existência ou não de Deus e do Diabo e a definição do que é o bem e do que é o mal. Além disso, Riobaldo retrata toda a paisagem do sertão pelo qual passa, contando sobre os acontecimentos de sua vida.

Por meio da história, ficamos sabendo que Riobaldo, depois que sua mãe morre, vai morar com seu padrinho em uma fazenda. Nesta fazenda, conhece o bando de jagunços liderado por Joca Ramiro, também conhecendo Reinaldo, jagunço desse bando, que mais tarde revela ser Diadorim, por quem Riobaldo tem tanto um amor fraternal quanto um amor passional.

“Grande Sertão: Veredas” possui dois conflitos principais, ambos narrados por Riobaldo em meio a suas digressões filosóficas.

O primeiro deles é contra Zé Bebelo, que é julgado por um tribunal composto por alguns líderes chefiados por Joca Ramiro. Depois de muita discordância entre aqueles que estavam julgando o jagunço, Joca Ramiro sentencia-o à liberdade, com a condição de que ele vá para Goiás e não retorne sem que ele saiba antes.

Já o segundo conflito surge depois de um período de paz no sertão, quando anunciam que Joca Ramiro foi morto. Nisso, Zé Bebelo volta de seu exílio e lidera um bando de jagunços para vingar a morte daquele que havia sido misericordioso em lhe dar liberdade.

Assim, há uma luta entre um bando de jagunços (do qual Riobaldo e Diadorim faziam parte) e um outro bando, formado por Hermógenes e Ricardão (que traíram seu antigo bando) e por aqueles que assassinaram Joca.

A luta anuncia o fim de “Grande Sertão: Veredas”: o conflito acaba quando Hermógenes morre durante a batalha no Paredão.

Além desses conflitos, é importante sabermos que a obra abre espaço para múltiplas interpretações diferentes, na medida em que traz questões importantes e discute a travessia da vida, cheia de dificuldades e causos: pode ser um enorme labirinto com muitos caminhos possíveis.

Assim, a obra é muito discutida e analisada até hoje, pois Riobaldo revela muito mais coisas do que apenas aquilo que aconteceu em sua vida. Utiliza-se de personagens que podem ser interpretados como personificações de diferentes conceitos, valores ou sentimentos.

Personagens da obra

  • Riobaldo: é o protagonista e narrador de “Grande Sertão: Veredas”. É um jagunço letrado e inteligente. Conta a sua história à procura de respostas para diferentes questionamentos filosóficos, como a existência do Diabo.
  • Diadorim: companheiro de lutas de Riobaldo, representa as ambiguidades presentes na obra e o amor platônico, pois Riobaldo amava-o mais do que só como amigo.
  • Otacília: uma das mulheres amadas por Riobaldo, personificando a pureza e o sentimento amoroso.
  • Nhorinhá: a outra mulher amada por Riobaldo. É uma prostituta e acaba representando o amor carnal.
  • Compadre Quelemém: é o homem para quem Riobaldo conta sua história. É a personificação do próprio Riobaldo velho e experiente.
  • Hermógenes: líder do bando de jagunços inimigo.
  • Joca Ramiro: líder dos jagunços. Personifica o sertão e a união entre os jagunços.
  • Zé Bebelo: personifica a astúcia e a sobrevivência. Torna-se, depois de um tempo, o líder dos jagunços.
  • Medeiro Vaz: personifica o respeito e a integração do grupo, além da fidelidade.
Exercício de fixação
Passo 1 de 3
IELUSC

Texto para a próxima questão:

“O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucúia. Toleima. [...] Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar, dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade”.

(Guimarães Rosa)

O texto é um fragmento de “Grande Sertão: veredas” (1956), único romance de Guimarães Rosa. Sobre esta grandiosa obra, assinale a alternativa CORRETA.

A Trata-se de uma história em que o autor fala da vida dos cangaceiros, “os errantes sem eira nem beira”, que sofriam com o calor das matas amazônicas.
B É uma história apresentada como um imenso monólogo em que Riobaldo, ex-jagunço do norte de Minas e agora pacato fazendeiro, conta os casos que viveu a um compadre.
C Conta a saga de Severino, um retirante que atravessa o sertão de Pernambuco em busca de uma vida mais digna.
D Narra a história de amor entre Gabriela e Nacib, tendo os traços exóticos da região de Ilhéus como cenário.
E Valendo-se do realismo fantástico em sua segunda parte, traz, como personagens centrais, mortos que ressuscitam para denunciar a corrupção dos vivos.
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