Antes de definirmos o que vem a ser uma função inversa, precisamos de alguns conceitos iniciais que envolvem a teoria de funções.
Consideremos, inicialmente, dois conjuntos \(A\) e \(B\) não-vazios e estabeleçamos uma aplicação que relaciona os elementos de \(A\) com os elementos de \(B\).
Na figura abaixo, temos duas relações entre os conjuntos \(A\) e \(B\) que chamamos de \(f\) e \(g\):
Note que na relação \(f\) todos os elementos do conjunto \(A\) estão relacionados a um único elemento do conjunto \(B\); porém, o mesmo não se pode dizer sobre a relação \(g\): o elemento 1 se relaciona com dois elementos do conjunto \(B\) e, além disso, o elemento 3 não se relaciona com nenhum elemento do conjunto \(B\).
Definimos assim uma função: tomando \(f\) uma relação entre dois conjuntos não-vazios \(A\) e \(B\), diremos que \(f\) é uma função se todo elemento de \(A\) estiver relacionado a um único elemento de \(B\).
Das relações ilustradas anteriormente, apenas a aplicação \(f\) é uma função. Denotamos como \(f\colon A\to B\).
Em uma função que relaciona elementos de \(A\) com elementos de \(B\), dizemos que o conjunto \(A\) é o domínio da função e o conjunto \(B\), o seu contradomínio.
Além disso, definimos o conjunto-imagem como sendo aquele formado pelos elementos de \(B\) que, de fato, se relacionaram com elementos de \(A\). Note que, na função \(f\) acima, o conjunto-imagem não é igual ao contradomínio.
E, por fim, se \(x\) for um elemento de \(A\) e \(y\), um elemento de \(B\), de modo que \(x\) e \(y\) se relacionam através da função \(f\), então escrevemos \(y=f(x)\).
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