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Fonemas | O Que é e Como Contar Quantos Tem em Uma Palavra

Português - Manual do Enem
João Ferreira Publicado por João Ferreira
 -  Última atualização: 29/8/2023

Índice

Introdução

Os fonemas estão presentes em nosso cotidiano muito tempo antes de compreendermos o que eles são e que possuem essa nomenclatura. Os fonemas são protagonistas daquele momento inesquecível para qualquer mãe ou pai, quando um bebê consegue articular sua primeira palavra.

A seguir, você irá entender a importância dos fonemas em nossa língua e se aprofundar no assunto. Compreender os fonemas ajuda a evitar erros na escrita durante a redação, pois evita confusões e troca de letras. Além disso, é um tema recorrente em vestibulares e concursos públicos

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O que é um fonema?

O fonema é a menor unidade sonora de uma língua. Ele demonstra a forma que devemos falar a junção de letras em uma determinada língua. O termo “fonologia” vem da junção dos termos gregos “fono” (som, voz) e “logia” (estudo). Portanto, quando falamos sobre fonemas, estamos falando sobre as unidades de sons que emitimos.

Em cada uma das palavras que você está lendo aqui no texto, seu cérebro faz uma conexão automática para o som que cada letra representa conforme a ligação entre elas. Por exemplo, agora mesmo, na palavra anterior você não achou estranho a escrita para “cérebro” e “som”.

As duas palavras são iniciadas com a fonética do “s”, mas só uma delas realmente começa com a representação gráfica do português para “S”. Isso acontece pois, no português, várias vezes um mesmo fonema pode ser representado por diferentes letras.

Você também automaticamente compreendeu as palavras “som” e “representa”, mesmo com o “s” escrito desempenhando dois papéis fonéticos diferentes, de “s” e “z”. Ou seja, na língua portuguesa, uma mesma letra também pode representar fonemas diferentes.

Os fonemas são iguais em todas as línguas?

Você já deve ter percebido que nem sempre uma palavra em inglês se fala da mesma forma que em português. Isto acontece pois os fonemas da língua inglesa para as letras e suas junções não são os mesmos que os nossos. Quer um exemplo?

A palavra “capital”. Em português do Brasil, a pronúncia fonética correta para este termo seria [ka.pi.tˈaw]. Em inglês, a pronúncia mais muda para [k′æ.pi.tәl] ou [ˈkæp.ə.t̬əl], o que em uma adaptação vulgar para a forma como lemos seria “qué-pi-tal” ou “qué-pi-ral”

Mas nem tudo é diferente. As línguas possuem várias semelhanças entre si. Segundo o Dicionário Michaelis, nas línguas inglesa e portuguesa, as consoantes b, d, f, l, m, n, p, t e v têm o mesmo som, por exemplo.

As diferenças entre as pronúncias das línguas é algo que a prática e a observação permitem aprender com o tempo.

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Qual a diferença entre letra e fonema?

As letras não podem ser confundidas com os fonemas. A letra é uma representação, um sinal gráfico da escrita. O fonema representa o som presente naquela palavra. É por isso que uma mesma palavra pode ter um número diferente (ou igual) de letras e fonemas.

Vamos a alguns exemplos.

A palavra MATO

É uma palavra de quatro letras: m/a/t/o.

Também é uma palavra com quatro fonemas: m/a/t/o.

Mas nem sempre funciona assim.

A palavra COLHER.

É uma palavra de seis letras: c/o/l/h/e/r.

Mas é uma palavra com cinco fonemas: k/o/lh/e/r.

Neste caso, a junção das letras “lh” forma um fonema único, pois o “h” separado não formaria um som que representaria como se fala esta palavra. Por isso, essa palavra tem menos fonemas do que letras. Vamos a mais dois exemplos?

A palavra QUERO.

É uma palavra de cinco letras: q/u/e/r/o.

Mas é uma palavra com quatro fonemas: k/e/r/o.

A palavra CARROÇA.

É uma palavra de sete letras: c/a/r/r/o/ç/a.

Mas é uma palavra com seis fonemas: k/a/ʁ/o/s/a.

Hora de ver o exemplo contrário.

A palavra COMPLEXO.

É uma palavra de oito letras: c/o/m/p/l/e/x/o.

Mas é uma palavra com nove fonemas: k/o/m/p/l/e/k/s/o.

Neste caso, a letra “x” representa a junção de dois fonemas, o ‘/k/’ e o ‘/s/’. Por isso, a palavra tem mais fonemas do que letras.

Vamos voltar agora aos casos de palavras que possuem menos fonemas do que letras.

Um outro exemplo de fonema que representa mais de uma letra acontece quando as letras “m” e “n” fazem parte de sílabas nasalizadas.

A palavra CANTAR.

É uma palavra de seis letras: c/a/n/t/a/r.

Mas que possui cinco fonemas: k/ã/t/a/r.

A palavra BOMBA.

É uma palavra de cinco letras: b/o/m/b/a.

Mas que possui quatro fonemas: b/õ/b/a.

Como vimos na palavra COLHER, o h não possuía um fonema exclusivo e foi representado pela sua junção, o “lh”, para formar um som. Existem algumas palavras em que ele tem apenas função gráfica, pois não forma nenhuma diferença fonética. Vamos aos exemplos.

A palavra HOJE.

É uma palavra de quatro letras: h/o/j/e.

Mas que possui três fonemas: o/Ʒ/e.

PS: “[Ʒ]” é a transcrição fonética da letra “j” no português.

A melhor forma de aprender sobre os fonemas é praticando diversos exercícios sobre o tema. Com o tempo, você vai decorar facilmente como os sons são representados graficamente, como nos exemplos acima.

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Como são classificados os fonemas?

Na língua portuguesa, os fonemas são classificados em vogais, consoantes e semivogais.

Se pudermos classificar as três em um nível de importância, poderíamos dizer que as vogais estão em primeiro lugar. Elas são a “pedra fundamental” para a formação de palavras. São os sons mais básicos que produzimos, o centro de qualquer sílaba, quando o ar expelido pelo pulmão passa pelas nossas cordas vocais e não encontra nenhum “obstáculo” para a saída do som.

As vogais da língua portuguesa são: a, e, i, o, u.

Em alguns casos, as letras “i” e “u” não são consideradas vogais e sim semivogais

Isso acontece pois elas perdem o papel de “protagonistas” da sílaba quando estão unidas, e ficam apoiadas em outras vogais para poder formar uma sílaba, como na palavra CAVEIRA ou ROUPA. 

Por fim, temos as consoantes. São as letras cujo som é emitido quando a passagem do encontra-se com obstáculos, como a língua, dentes e lábios. São consoantes as letras: b, c, d, f, g, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z. Devido a palavras importadas de outras línguas, também temos o “k” e “w” funcionando como consoantes semelhantes a “c” e “v”, respectivamente.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
(ENEM/2010 - 2ª Aplicação)

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira–mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado). 

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se:

A na fonologia.
B no uso do léxico.
C no grau de formalidade.
D na organização sintática.
E na estruturação morfológica.
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