Índice
Introdução
Se você já entrou em um laboratório de química na escola ou até mesmo em locais de pesquisa científica deve ter reparado nos inúmeros tipos de vidrarias que os pesquisadores utilizam no seu dia a dia. Estes materiais auxiliam no manuseio de produtos químicos, para misturar reagentes químicos, fazer diversos testes no laboratório, assim como realizar reações químicas de todo tipo. A seguir, serão apresentados os principais tipos de vidrarias que podemos encontrar nos laboratórios, as suas funções e o material que são feitas.
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O que são as Vidrarias de Laboratório
As vidrarias de laboratório são equipamentos feitos de vidro temperado ou cristal e alguns deles apresentam graduações, ou seja, medições na superfície do material. Assim, a pessoa que manusear estas vidrarias consegue realizar as medições necessárias com o auxílio destas graduações. Por isso, é importante que o material seja manuseado com cuidado para evitar dilatações ou interferências que possam prejudicar as medições e acabar gerando falsos resultados.
Para que servem as Vidrarias de Laboratório
As vidrarias de laboratório auxiliam o pesquisador nas realizações das suas tarefas diárias, como medição de reagentes que serão utilizados para fazer os testes, titulações, reações químicas, misturas de reagentes, dentre outros. Basicamente, a função das vidrarias é transferir, armazenar e realizar as medições de reagentes químicos.
Do que são feitas as Vidrarias
As vidrarias utilizadas em laboratórios, geralmente são feitas de sílica, diversos tipos de óxidos, como o óxido de sílica, óxido de cálcio, óxido de alumínio, óxido de magnésio, óxido de boro e carbonato de sódio. Esses materiais (a junção do óxido de boro e o silicato) apresentam uma propriedade importante de não permitir que o vidro sofra dilatação. Assim, as medidas podem ser realizadas com maior precisão. Além disso, as vidrarias podem ser submetidas a elevadas temperaturas sem sofrer qualquer tipo de alteração na sua composição química e física ou alteração no seu volume.
Principais Vidrarias
A seguir serão apresentados os principais tipos de vidrarias utilizadas pelos pesquisadores nos laboratórios, lembrando que eles podem apresentar diversos tamanhos, capacidades e formatos diferenciados, dependendo da finalidade de cada um.
Béquer ou Becker
O béquer ou becker, é um dos instrumentos mais comuns utilizados no dia a dia de um pesquisador. Ele apresenta diversos tamanhos, podendo medir poucos milímetros até alguns litros. A precisão das medidas realizadas com o auxílio de um béquer é bem menor se comparada com outros instrumentos de vidro. O béquer apresenta um bico que auxilia na hora de verter o líquido para passar para outro recipiente.
Erlenmeyer
O erlenmeyer é uma vidraria bastante semelhante ao béquer, porém o bico é mais longo, achatado e estreito. Esta vidraria tem a função de armazenar soluções, além de permitir que sejam aquecidos e reduzir a perda de reagente por ter um bico mais fino. O erlenmeyer é bastante utilizado nos testes de titulação, sendo o recipiente utilizado para resguardar a substância que será titulada.
Balão de fundo chato
O balão de fundo chato permite a homogeneização de soluções por meio de agitação magnética, sem que a solução evapore, evitando a perda de material por evaporação. Além disso, essa vidraria é muito utilizada para realizar reações que haja desprendimento de gases devido ao aquecimento das soluções ou líquidos. Esse tipo de balão pode ser colocado em uma superfície sem precisar de suporte para que não caia.
Pipeta graduada
A pipeta graduada é um instrumento de laboratório bastante utilizado para medir e transferir pequenas quantidades de líquidos ou soluções com maior precisão. Este tipo de instrumento possui graduações ao longo do tubo, permitindo medir variáveis quantidades e não se limitando em um único volume de líquido ou solução.
Pipeta volumétrica
Diferentemente da pipeta graduada, a pipeta volumétrica permite medir uma quantidade específica de líquido ou solução. Também mede com elevada precisão, sendo até mais precisa que a pipeta graduada, necessita do auxílio de um pipetador ou uma pera de sucção para sugar o líquido ou solução para dentro da pipeta.
Proveta
A proveta é uma vidraria muito utilizada para medir e transferir, com menor precisão, volumes de líquidos ou soluções. Sendo um equipamento longo e comprido, apresenta diversos tamanhos com as graduações marcadas na superfície do material.
Bureta
A bureta é um instrumento de medição que permite transferir líquidos ou soluções com controle do escoamento por meio da abertura da torneira que se encontra na extremidade da vidraria. É possível gotejar líquidos ou soluções e por isso é muito útil em testes de titulações, que necessita desse tipo de controle.
Tubos de ensaio
Os tubos de ensaio são recipientes longos e no formato cilíndrico, utilizados para realizar pequenas reações, coletar e aquecer amostras em pouca quantidade. Normalmente, os tubos ficam em suportes para não derramar o conteúdo dentro dele.
Vidro de relógio
Vidro de relógio são instrumentos utilizados para conter e pesar pequenas quantidades de substâncias, além de serem ótimos para deixar soluções secando em sua superfície, em ambiente climatizado, com temperatura controlada.
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Balão de fundo redondo
O balão de fundo redondo é bastante semelhante ao balão de fundo chato, porém neste caso, é necessário um suporte para mantê-lo ereto. Normalmente, essa vidraria é utilizada para realizar reações químicas, além de ser usada em suporte de destilação para armazenar o solvente que está sendo destilado, em sistema que necessita de evaporação à vácuo e sistema de refluxo. O balão de fundo redondo apresenta uma vantagem em relação às outras vidrarias por conseguir manter o aquecimento uniforme devido à superfície arredondada do material.
Balão de destilação
O balão de destilação é um balão com fundo arredondado, com um pescoço longo e fino e uma abertura lateral por onde passa o líquido que está sendo destilado. A mistura a ser destilada fica armazenada no balão de destilação, então sofre aquecimento (até atingir a temperatura de ebulição do líquido a ser purificado) e o solvente evapora e passa pelo longo caminho através desta abertura na lateral da vidraria, que está acoplada a um condensador. Assim, o vapor do líquido resfria e é acondicionado a um erlenmeyer colocado do outro lado do condensador, como mostrado na figura.
Balão volumétrico
O balão volumétrico é utilizado para preparar e armazenar soluções e diluições com concentração conhecida. Esta vidraria apresenta uma marcação no seu pescoço longo e fino, que define o volume exato a ser preparado. A limitação deste balão é que o volume da solução é fixo, apesar de bastante preciso.
Bastão de vidro
O bastão de vidro é um instrumento longo e fino, bastante utilizado em laboratório para misturar e homogeneizar soluções, já que este não reage quimicamente com outros reagentes químicos. Além disso, também auxilia na transferência de líquidos e soluções de um recipiente para outro, evitando que haja perda de material para fora do recipiente.
Condensador
O condensador é um instrumento de vidro utilizado para resfriar vapores ou líquidos que estão sob aquecimento. Ou seja, a finalidade é transformar gases em líquido novamente ou até mesmo separar substâncias com diferentes temperaturas de ebulição. O funcionamento do condensador consiste basicamente em uma mangueira acoplada à coluna, por onde passa água fria que entra pela conexão inferior e sai pela conexão superior. Quando o vapor alcança o interior do condensador que está resfriado, ele condensa e volta ao estado líquido devido a essa troca de calor.
Os condensadores mais utilizados em laboratório são o Liebig (tubo interno é reto), o Graham (possui uma serpentina em espiral) e o Allihn (tubo com bulbos internos).
Coluna de fracionamento
Muito utilizada na destilação fracionada, a coluna de fracionamento tem como principal objetivo permitir a separação de componentes com diferentes pontos de ebulição.
Dessecador
O dessecador é um recipiente de vidro, fechado, que isola o material do meio externo eliminando toda a umidade das substâncias, com a ajuda de um agente secante (chamado de dessecante), sendo o mais utilizado a sílica-gel, que absorve toda a umidade do sistema.
Funil de bromo ou funil de separação
O funil de separação tem como função separar misturas heterogêneas, por diferença de densidade. A mistura é colocada dentro do funil, espera-se alguns minutos até que haja decantação do líquido mais denso. Na extremidade do funil, há uma torneira que é aberta até que todo o líquido que ficou na parte inferior escorra para um béquer ou erlenmeyer.
Funil de vidro
O funil de vidro é um material que apresenta uma abertura mais larga seguida por uma haste longa, que tem por objetivo auxiliar na transferência do líquido ou solução de um recipiente para outro evitando que parte do líquido escorra para fora do recipiente. O funil também é utilizado no processo de filtração de um mistura contendo parte sólida e parte líquida, onde um papel filtro é colocado no seu interior.
Kitassato
O kitassato é bastante semelhante a um erlenmeyer, porém apresenta uma abertura na lateral onde normalmente é inserido uma mangueira que está acoplada a uma bomba à vácuo. É uma vidraria muito utilizada para realizar filtrações à vácuo. A mangueira auxilia na sucção do ar, tornando a filtração mais rápida.
Placa de Petri
A placa petri é uma vidraria muito utilizada para armazenar culturas de bactérias e identificação de microrganismos no meio biológico. Já no meio químico, é mais utilizado para secagem de materiais, como cristais ou sólidos que foram filtrados.
Limpeza das vidrarias
Para utilização das vidrarias em pesquisas científicas, a higienização destes materiais é muito importante para evitar contaminação de amostras e perda de testes. Cada tipo de vidraria necessita de uma escova específica para uma boa limpeza. Escovas com haste mais longa são ideais para vidrarias com pescoço longo e fino.
Para limpeza de compostos insolúveis em água, é recomendado a utilização de solventes orgânicos para a remoção das impurezas, e para compostos solúveis em água, basta lavar com água e sabão.
Devemos tomar bastante cuidado quanto ao processo de secagem dessas vidrarias. Aquelas que apresentam graduação, não podem ser colocadas em estufa para acelerar a secagem, sendo recomendado deixar secando-as naturalmente à temperatura ambiente. As demais vidrarias podem secar em estufa.
Conclusão
São muitos os tipos de vidrarias utilizadas pelos pesquisadores no seu cotidiano. É necessário manuseá-los com muito cuidado para que os resultados dos testes sejam confiáveis. A limpeza desses materiais também deve ser feita corretamente para preservar a vidraria, sem alterar as suas dimensões físicas.
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Exercício de fixação
Exercícios sobre Vidrarias de Laboratório para vestibular
UECE/2016
A Titulação é um procedimento laboratorial que permite determinar a concentração desconhecida de uma substância a partir de uma substância de concentração conhecida. Em uma titulação representada pela equação:
NaOH(aq) + HCl(aq) → NaCl(aq) + H2O(l)
O equipamento usado para adicionar cuidadosamente o volume adequado da solução de NaOH é denominado: