O termo subdesenvolvimento foi elaborado por um grupo de estudiosos, economistas e cientistas políticos e sociais após a Segunda Guerra Mundial, para referir-se a países e regiões do mundo com economia fraca, altas taxas de desemprego, instabilidade econômica, condições sociais e estruturais ruins, altos índices de pobreza, miséria, más condições de saúde e saneamento básico, acentuada concentração de renda e dependência econômica de outros países - geralmente dos países classificados como desenvolvidos -, além do baixo desenvolvimento tecnológico e estrutural.
O cientista social e geógrafo Josué de Castro afirmou que o subdesenvolvimento existe e é explicado também a partir da análise da longa exploração colonial, que possibilitou a existência de condições econômicas e sociais muito diferentes das da metrópole.
No sistema colonial, a intenção metropolitana era de garantir a exploração econômica e acentuar a diferença na estruturação social da colônia, deixando bem evidente a condição de inferioridade dos colonos em relação aos indivíduos vindos da metrópole.
O critério utilizado para classificar um país nas categorias de subdesenvolvido, desenvolvido ou em desenvolvimento, em grande parte, é o critério econômico, que analisa principalmente o grau de dependência econômica que um país tem em relação aos outros.
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No entanto, a economia não é o único critério para determinar a classificação de um país. Por isso, os países são classificados em desenvolvidos, subdesenvolvidos ou em desenvolvimento de acordo com o seu IDH, o índice de desenvolvimento humano.
O IDH mede o nível de desenvolvimento dos países a partir dos indicadores de educação, que consideram as taxas de alfabetização, a longevidade da população e o produto interno bruto, o PIB. As taxas de IDH variam de zero a 1. Nessa faixa numérica, os países são distribuídos da seguinte maneira:
Os países subdesenvolvidos, de maneira geral, apresentam significativos problemas sociais e econômicos. No entanto, outras características também existem nos países classificados como subdesenvolvidos. São elas:
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Não há consenso quanto à classificação do Brasil como país subdesenvolvido. Isso porque embora apresente um grau relativamente elevado de dependência tecnológica, altos índices de desigualdade regional, elevados índices de analfabetismo em algumas regiões e distribuição de renda per capita também desigual, dependendo das regiões analisadas não se encontra na classificação mais baixa do IDH.
As diferenças do Brasil se dão em termos regionais. A análise dos dados regionais apresentam um país completamente desigual e com diferentes níveis de desenvolvimento humano. No entanto, no contexto mundial, o Brasil apresenta-se como um país relativamente bem industrializado e não ligado exclusivamente à produção de agrícolas.
Os números do IDH divulgados pela ONU em 2018 categorizam o Brasil como um país de alto desenvolvimento humano, ocupando a 79ª posição com 0,759 pontos. Portanto, de acordo com os índices da ONU, o país está na categoria de países em desenvolvimento, embora existam acentuadas diferenças regionais. Desde 2015, o país ocupa a mesma posição no índice da ONU, o que, de certa forma, mostra que não há equilíbrio e igualdade em todas as regiões do país.
A respeito do “subdesenvolvimento” é correto afirmar que: