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Alunos do UniCEUB conferem boas práticas de sustentabilidade

Saiba o que os alunos de pós-graduação do UniCEUB puderam aprender com uma atividade extraclasse que explorou a sustentabilidade.

Acompanhados da professora Mafalda Pantoja, da disciplina Construção Sustentável e Edificação Eficiente, alunos do curso de Projeto, Execução e Manutenção de Edificações, do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB, fizeram uma visita técnica às instalações da Chácara do Professor.

Ela foi realizada no dia 29 de setembro de 2018, como uma atividade extraclasse para que os alunos identificassem no local boas práticas de sustentabilidade.

Na ocasião, a professora Alda Ilza, que trabalha no local, relatou dados relevantes sobre o histórico, projeto, execução e materiais utilizados na construção do espaço, assim como informações socioambientais que envolvem a comunidade do entorno.

Sobre o local

A Chácara do Professor é um local multiuso e está situada no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, na Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central.Possui 63 hectares e é administrada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro).

São aproximadamente 3.600 m² de área de intervenção e 1.400 m² de área construída com técnicas ecologicamente mais adequadas.

Trata-se de um espaço dedicado à ecopedagogia, que recebe principalmente professores e alunos da rede pública para o desenvolvimento de atividades sociais e de educação ambiental, promovendo a troca de conhecimentos e experiências por meio do contato aberto com a natureza, inclusive por trilhas ecológicas.

Em 1983, a proposta era dar espaço a um Centro de Formação, e o pontapé inicial da construção foi dado em 2010, difundindo o princípio: faça a sua parte!

O espaço foi nomeado como Educador Chico Mendes, para homenagear o líder do movimento de resistência pacífica que tinha como foco defender a floresta e os direitos dos seringueiros.

Os projetos e a execução das áreas construídas foram realizados objetivando utilizar materiais alternativos, com a finalidade de causar menores impactos ambientais, principalmente se comparadas as construções convencionais.

A primeira ação realizada foi o direcionamento das águas pluviais no terreno, por meio de valas, uma vez que a topografia possuía declives acentuados.

O que eu achei muito interessante foi que todo o material escavado foi aproveitado, inclusive na elevação das paredes, já que após as análises feitas ficou constatado que era apropriado para construção.

Diferente das paredes convencionais de tijolos cerâmicos e argamassa, foram utilizadas várias técnicas como a de taipa de pilão, onde o barro era compactado em camadas e a pau a pique, que consiste no entrelaçamento de madeiras fixadas no terreno, com vigas, resultando em grandes painéis perfurados que em seguida são preenchidos com barro.

Houve também o aproveitamento de muitas garrafas de Polietileno Tereftalato – PET na execução das paredes, principalmente quando ficou nítido que o material escavado estava fincando mais escasso.

Além disso, paredes foram erguidas com sacos de rafia, preenchidos com super adobe e socadosAs paredes foram pintadas com a técnica de pintura com tinta de solo, que desperta a consciência ecológica dos visitantes, além de reduzir o consumo de produtos industrializados que no processo de fabricação demandam mais energia e recursos naturais.

Para os banheiros, foi adotada a técnica de sanitário compostável, procedimento mais sustentável que transforma os dejetos humanos em composto orgânico seguro, sem trazer problemas referente a forte odor e sem causar contaminação do solo e da água dos lençóis freáticos.

O que eu pude aprender com essa experiência de sustentabilidade

Ficou evidente que na elaboração dos projetos, o projetista se preocupou em levar em conta a responsabilidade ambiental e fazer a integração da população do entorno para aproveitar de forma consciente o espaço.

O aproveitamento dos recursos locais trouxe várias vantagens, além da economia, como é o caso do barro para a elevação das paredes.

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