Animais de estimação para crianças: vantagens e desvantagens
Seu filho está pedindo um bichinho? Veja a importância e quais as vantagens desvantagens dos animais de estimação para crianças.
Ter um animalzinho de estimação, sem dúvidas, é uma das perguntas mais recorrentes de algumas crianças.
Para que os pais possam tomar uma decisão informada, diversos fatores devem ser cuidadosamente considerados, auxiliando-os na escolha mais apropriada para sua situação específica.
Por exemplo: a criança sofre de alergias? A residência possui um quintal? Existem recursos disponíveis para consultas veterinárias regulares? Aqui, apresentamos as vantagens e desvantagens da adoção de um animal de estimação para auxiliar nesse processo decisório.
Continue a leitura e saiba mais detalhes sobre as vantagens e desvantagens de animais de estimação para crianças.
O que deve ser considerado para ter um animal de estimação?
Fator Saúde:
Se alguém na família, incluindo a criança, apresenta alergias a animais de estimação, a ideia de adotar um deve ser descartada desde o início. Mesmo em lares sem histórico de alergias, é crucial entender que animais domésticos podem ser portadores de doenças.
Tanto gatos quanto cães são comuns desencadeadores de hipersensibilidade, podendo manifestar-se em condições como asma ou rinite. Pássaros também podem provocar reações alérgicas, uma vez que as penas, assim como os pelos de outros animais, podem ser reservatórios de ácaros. Além disso, animais de estimação podem transmitir bactérias, parasitas e vírus, causando infecções.
Fator Segurança:
Durante as brincadeiras, alguns animais podem machucar as crianças, e mesmo os cães mais dóceis podem tornar-se agressivos em determinadas situações. Portanto, é crucial que os pais estejam cientes de que arranhões ou mordidas podem ocorrer e devem ficar atentos nas brincadeiras.
Fator Espaço:
A dimensão e ventilação da casa são fatores a considerar. Por isso, a presença de um quintal, jardim ou varanda também influencia na escolha do animal de estimação adequado. Afinal, é preciso de espaço para o bichinho circular e também para brincar com as crianças.
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Fator Tempo:
Ao ponderar a adoção de um cão, é essencial considerar quem será responsável por levá-lo para passear regularmente e o que acontecerá quando ele ficar sozinho em casa. Planejamento para períodos de férias ou fins de semana, quando a família está ausente, também é crucial para garantir o cuidado adequado do animal.
Fator Monetário:
A alimentação do animal de estimação, visitas veterinárias de rotina e emergências são despesas que devem ser incorporadas ao orçamento familiar mensal.
Fator “Empatia”:
É importante escolher um animal de estimação que se alinhe com a personalidade e disponibilidade dos membros da família. Cada tipo de animal tem suas próprias necessidades e demandas, e a escolha deve ser feita levando em consideração a harmonia com o estilo de vida de cada membro da família.
Os Benefícios da Convivência com Animais de Estimação
Estudos científicos têm se dedicado a explorar os impactos positivos da presença de animais de estimação na vida das crianças, concluindo que esses companheiros contribuem significativamente para um equilíbrio emocional aprimorado, um senso de responsabilidade fortalecido e o estabelecimento de rotinas saudáveis. Uma pesquisa conduzida por um psicólogo americano, envolvendo 388 crianças, revelou que 85% delas consideravam seus animais de estimação como “amigos” e 40% buscavam consolo em suas mascotes quando se sentiam tristes.
Em uma perspectiva mais ampla, diversos levantamentos destacam que a presença de animais de estimação está associada a benefícios para a saúde cardiovascular, além de promover o aumento dos níveis de serotonina e dopamina, neurotransmissores que desencadeiam sensações de bem-estar e relaxamento.
Vantagens de crianças terem um animal de estimação:
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Desenvolvimento Emocional: Contribuem para um maior equilíbrio emocional, proporcionando companhia e apoio afetivo às crianças.
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Senso de Responsabilidade: Estimulam o senso de responsabilidade, pois as crianças aprendem a cuidar de outra vida, garantindo alimentação, higiene e bem-estar.
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Implementação de Rotinas: Facilitam a implementação de rotinas diárias, pois os animais necessitam de cuidados regulares, estabelecendo uma estrutura na vida das crianças.
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Aumento das Interações Sociais: Favorecem o aumento das interações sociais, especialmente se o animal for levado para passeios ou encontros com outros donos de animais.
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Estímulo à Atividade Física: Promovem a prática de atividade física, especialmente no caso de cães, que necessitam de passeios regulares.
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Desenvolvimento da Empatia: Auxiliam no desenvolvimento da empatia, uma vez que as crianças aprendem a compreender as necessidades e sentimentos do animal.
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Companheirismo: Oferecem companheirismo constante, reduzindo a sensação de solidão e proporcionando um amigo leal.
Desvantagens de crianças terem um animal de estimação:
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Alergias e Problemas de Saúde: Podem desencadear alergias em crianças sensíveis e, em alguns casos, representar riscos à saúde, como problemas respiratórios.
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Mordidas e Arranhões: Existe o risco de mordidas ou arranhões, principalmente se as crianças não compreenderem completamente o comportamento do animal.
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Cuidados e Despesas: Demandam cuidados constantes e implicam em despesas financeiras, como alimentação, consultas veterinárias e possíveis tratamentos médicos.
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Comprometimento de Tempo: Exigem tempo dedicado, o que pode ser desafiador para famílias com rotinas muito ocupadas.
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Limpeza e Higiene: Trazem consigo a necessidade de manter a casa limpa e higienizada, especialmente no caso de animais que soltam pelos.
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Possíveis Mudanças de Comportamento: Alguns animais podem ter comportamentos imprevisíveis, o que pode ser desconfortável ou até mesmo assustador para as crianças.
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Durabilidade do Compromisso: O compromisso de cuidar de um animal é duradouro, e muitas vezes ultrapassa a infância da criança, o que pode ser um fator a ser considerado.
Antes de decidir adotar um animal de estimação, é crucial avaliar cuidadosamente esses aspectos e garantir que a escolha seja adequada para o estilo de vida da família e a capacidade de cuidar do bem-estar do animal.