
Mais que palavras bonitas: o que são valores de uma empresa?
Giovana Murça | 14/09/25Saiba o que são valores de uma empresa, por que importam para a cultura organizacional e veja exemplos reais
A cultura de uma empresa não muda com discursos. Ela muda com aprendizado. Neste artigo, você vai entender como a educação corporativa pode ser o principal motor de transformação da gestão e da cultura organizacional.
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Mais do que uma tendência, o conhecimento se tornou um diferencial competitivo e um incentivo essencial para a execução de estratégias. Ao longo do texto, você vai explorar como organizações evoluíram através de programas educacionais bem estruturados, e como você pode aplicar esses princípios na prática, independentemente do tamanho ou setor da sua empresa.
Em 2014, a Microsoft estava longe de ser o exemplo de inovação e cultura que conhecemos hoje. A empresa era marcada por uma estrutura hierárquica rígida, disputas internas e um ambiente com falta de colaboração. Seus melhores talentos estavam deixando a companhia e a imagem pública começava a desgastar.
Foi nesse cenário que Satya Nadella assumiu como CEO. Ao invés de aplicar uma reestruturação tradicional, baseada em corte de custos ou reorganização de departamentos, Nadella optou por um caminho menos óbvio, mas radicalmente eficaz: reconstruir a cultura da empresa por meio da educação.
Em vez de manter a cultura do “know-it-all”, Nadella implementou a filosofia do “learn-it-all”, incentivando a curiosidade, a empatia e a coragem de errar. A empresa passou a fazer grandes investimentos em treinamentos massivos, programas de mentoria cruzada e formação de líderes com foco em colaboração e inteligência emocional.
Com o tempo, a mudança de mentalidade não só impactou a forma como os times se comunicavam, como também elevou drasticamente a performance da empresa.
Desde a transformação, o valor de mercado da Microsoft aumentou mais de 700%. Mais do que números, a empresa reconectou-se com a inovação e com o seu propósito.
Quando Satya Nadella assumiu o comando da Microsoft em 2014, a empresa já era gigante, mas internamente, o clima era outro. Havia uma cultura rígida, marcada pela competição entre áreas e pouca colaboração. A inovação estava estagnada, e muitos talentos buscavam outros caminhos.
Nadella enxergou que não bastava mudar a estratégia de negócios. Era preciso transformar o jeito como as pessoas pensavam, aprendiam e se relacionavam dentro da empresa. E foi assim que nasceu a filosofia do “learn-it-all”, em oposição ao antigo “know-it-all”.
O foco passou a ser o aprendizado contínuo, com segurança para experimentar e errar. Foram implantados treinamentos sobre empatia, colaboração e habilidades digitais. Programas de mentoria cruzada conectaram líderes seniores a jovens talentos.
Essa mudança de cultura gerou frutos rápidos e profundos. A inovação voltou, os times se tornaram mais coesos e o desempenho financeiro disparou. Em poucos anos, a Microsoft se reposicionou no mercado, não apenas como uma potência tecnológica, mas como uma empresa que aprendeu a aprender.
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Se tem algo que diferencia empresas é a capacidade de tirar a estratégia do papel. E é aí que entra a educação corporativa, como um elo invisível entre o que está planejado e o que realmente acontece no dia a dia.
Quando uma organização investe no aprendizado contínuo, ela cria um ambiente onde todos sabem não só o que fazer, mas por que fazer e como fazer melhor. Isso muda tudo. A comunicação flui com mais clareza, os objetivos deixam de ser apenas números no mural e viram causas compartilhadas.
Pessoas bem treinadas executam com confiança. Líderes que ensinam e aprendem junto com seus times criam uma cultura onde o erro vira insumo para inovação, não motivo de punição. O aprendizado constante ajuda a adaptar mais rápido, corrigir rotas com inteligência e manter o foco no que importa.
Empresas que enxergam a educação como parte da estratégia não apenas entregam resultados. Elas constroem uma cultura que sabe aprender para crescer, e isso se traduz diretamente em performance.
A educação corporativa vai muito além de cursos, quando bem estruturada, ela atua como um sistema de desenvolvimento contínuo da liderança, um verdadeiro motor de evolução para a gestão em todos os níveis.
1. Treinamentos personalizados, não genéricos
Os treinamentos mais eficazes são aqueles que partem das dores reais da organização. Não adianta oferecer um curso genérico sobre “liderança” se o desafio está na comunicação entre áreas, ou na falta de clareza para tomar decisões em ambientes ambíguos.
Exemplos de treinamentos de alto impacto:
2. Mentorias internas: a chave invisível da transformação
Mentoria é uma das ferramentas mais poderosas (e subutilizadas) da gestão moderna. Diferente do treinamento formal, ela se baseia na troca de experiências reais entre líderes seniores e talentos emergentes.
O impacto das mentorias é profundo:
3. Aprendizado aplicado no dia a dia
O segredo está em integrar o aprendizado ao fluxo de trabalho. Líderes aprendem melhor quando aplicam o conhecimento no contexto de seus desafios atuais. Por isso, treinamentos baseados em projetos reais e mentorias com foco em entregas são altamente eficazes.
Uma das iniciativas que exemplifica bem como a educação corporativa pode alavancar a gestão é o programa ModernPMO Learn.
Com três etapas complementares, diagnóstico (opcional), capacitação (obrigatória) e acompanhamento (opciona), o programa se destaca por oferecer uma jornada de aprendizado alinhada às necessidades reais das organizações. Mais do que repassar conteúdo, ele promove um processo de transformação cultural e operacional.
O ModernPMO Learn oferece um portfólio robusto dividido em cinco áreas de capacitação fundamentais para organizações modernas:
Essa variedade permite que a empresa atue de forma integrada no desenvolvimento de seus talentos, conectando competências técnicas e comportamentais à execução da estratégia organizacional.
Ao capacitar líderes e equipes de forma direcionada, o ModernPMO Learn fortalece a cultura de aprendizado contínuo, promove a execução mais eficaz de projetos e acelera a transformação da gestão em diferentes níveis da organização.
A educação básica no Brasil começa a dar passos importantes rumo ao futuro. Um dos mais significativos é a inclusão do componente Projeto de Vida, uma das inovações introduzidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no Novo Ensino Médio brasileiro. Ele passou a ser um dos componentes obrigatórios do currículo escolar. A proposta vai além de ensinar matérias tradicionais, ela convida os jovens a refletirem sobre quem são, onde querem chegar e que competências precisam desenvolver para trilhar esse caminho.
Curiosamente, esse tipo de reflexão ainda é raro dentro de muitas empresas. Enquanto o sistema educacional começa a preparar adolescentes para os desafios do século XXI, grande parte das organizações ainda opera com programas de desenvolvimento desalinhados das necessidades reais do presente, e muito menos do futuro.
Esse movimento na educação formal reforça uma urgência no universo corporativo: revisar os currículos internos de capacitação, não só com foco técnico, mas com um olhar mais humano, estratégico e transformador. O mundo está mais complexo, e profissionais precisam desenvolver muito mais do que habilidades operacionais. Eles precisam saber colaborar, resolver problemas reais, inovar, lidar com o erro e ter clareza do próprio papel nos projetos, e na organização.
Educar para a autonomia, para o pensamento crítico e para a ação com propósito não é só tarefa da escola. É também responsabilidade das empresas que querem continuar relevantes.
Agora que você já viu o impacto, aqui vai o passo a passo prático para transformar a sua organização a partir da educação:
1. Diagnóstico de maturidade do aprendizado
Antes de qualquer ação, entenda onde sua empresa está. Faça entrevistas com líderes, mapeie as dores reais e os comportamentos desejados.
2. Construa trilhas por competências estratégicas
Ao invés de oferecer treinamentos genéricos, crie trilhas sob medida: liderança empática, gestão ágil, tomada de decisão baseada em dados, cultura de feedback, etc.
3. Forme líderes como educadores
Capacite líderes para atuarem como mentores e multiplicadores internos. Nada forma mais a cultura do que isso.
4. Crie rituais de aprendizado
Workshops quinzenais, rodas de conversa, clube do livro, pílulas semanais. O segredo é consistência, não intensidade.
5. Meça e otimize
Use indicadores de aprendizado (nível de aplicação prática, mudanças de comportamento, impacto em OKRs). Aprender a medir é parte do jogo.
Transformar a gestão por meio da educação não é sobre criar fórmulas prontas. É sobre cultivar uma cultura onde aprender faz parte da rotina, onde líderes se tornam mentores e equipes evoluem com clareza, propósito e colaboração.
Ao longo deste artigo, vimos que empresas que se comprometem com o aprendizado organizacional não apenas crescem, elas permanecem relevantes em um mundo que muda o tempo todo. A educação corporativa bem estruturada é um pilar da estratégia.
Se você quer construir uma gestão mais ágil, humana e inteligente, comece pelas pessoas. Comece pela forma como sua organização aprende.
E se quiser contar com um programa que já nasce com essa visão, te convido a conhecer o ModernPMO Learn, uma experiência completa de desenvolvimento para equipes, líderes e empresas que querem ir além.
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