
Afinal, o que é jornada do cliente? Entenda o conceito
Giovana Murça | 28/12/25Saiba o que é jornada do cliente, suas etapas e como seu mapeamento impulsiona estratégias de negócio
Saiba o que é jornada do cliente, suas etapas e como seu mapeamento impulsiona estratégias de negócio
Em resumo:
Antes de comprar qualquer coisa — de um café a um curso de pós-graduação — existe um caminho. Às vezes, esse percurso é rápido: basta ver, gostar e decidir. Em outras situações, leva dias ou até meses, passando por dúvidas, pesquisas e comparações. Esse trajeto que o consumidor percorre tem nome: jornada do cliente.
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Essa jornada começa muito antes do “sim” e vai além da entrega do produto ou serviço. Ela envolve todos os pontos de contato entre a marca e o consumidor — redes sociais, site, atendimento, e-mails, propagandas e tudo o que influencia a decisão de compra e a experiência depois dela.
Entender como funciona essa jornada ajuda empresas a enxergarem melhor o que o cliente realmente precisa em cada etapa. E, mais do que isso, permite criar experiências mais relevantes, humanas e eficientes.

Neste artigo, entenda de vez o que é jornada do cliente, como ela se divide, por que faz diferença para os negócios e o que muda quando ela é levada a sério.
A jornada do cliente é o conjunto de experiências vividas por uma pessoa ao longo do relacionamento com uma marca — do primeiro contato até o pós-venda. Esse caminho é influenciado por fatores que impactam diretamente a decisão de compra e a percepção da marca.
O primeiro deles é a persona, que representa um perfil semifictício do cliente ideal, baseado em dados reais de comportamento, motivações e objetivos. A partir da persona, é possível visualizar quais pontos de contato, ou touchpoints, fazem parte dessa jornada. São eles que conectam o cliente à empresa: redes sociais, site, e-mails, equipe de vendas, SAC, aplicativos, entre outros.
Essas interações acontecem por canais diversos, físicos ou digitais, e podem variar conforme o segmento ou modelo de negócio. Além disso, cada ponto da jornada está relacionado a dores, dúvidas e necessidades específicas que surgem ao longo do processo.
A combinação entre esses elementos é o que dá forma à jornada. Entender como eles se organizam permite analisar o comportamento do consumidor de forma mais precisa e construir experiências mais alinhadas com o que ele realmente espera.
Apesar de andarem lado a lado em muitas estratégias, jornada do cliente e funil de vendas são conceitos diferentes e que não podem ser confundidos.
O funil de vendas é uma ferramenta que organiza o processo de conversão de leads em clientes. Seu foco está nos objetivos internos do negócio: atrair, nutrir, qualificar e fechar vendas.
Já a jornada do cliente é pensada do ponto de vista de quem compra, considerando a experiência do consumidor do início ao fim. Seu objetivo é entender o comportamento, as dúvidas, os sentimentos e as decisões do consumidor ao longo do caminho.
Em um e-commerce, por exemplo, o funil pode incluir ações como envio de e-mails com ofertas, retargeting e facilitação do checkout. Já a jornada considera como o consumidor se sente ao navegar no site, se confia nas avaliações de outros usuários, se encontra o que procura com facilidade e como é tratado após a compra.
Em seu livro “Customer Success”, Lincoln Murphy — idealizador do conceito de sucesso do cliente — destaca que alinhar os objetivos da empresa com os resultados que os clientes desejam alcançar é fundamental para que o crescimento aconteça de forma previsível e sustentável.
Saiba mais: O que é o funil pirata, modelo que otimiza a jornada do cliente
+ Funil ampulheta: o modelo que expande a jornada do cliente
A jornada do cliente pode ser dividida em cinco etapas principais, que ajudam a entender em que momento o consumidor está e quais ações fazem mais sentido em cada fase.
Assim como no funil de vendas, esse modelo orienta estratégias mais personalizadas e eficazes — com a diferença de que o foco aqui está na experiência do cliente, não no processo interno da empresa.
É importante saber que, mesmo com etapas distintas, a jornada não é linear. Ela é cíclica, multicanal e dinâmica, e pode mudar conforme o comportamento do consumidor, o canal de contato ou até o tipo de produto ou serviço oferecido.
A seguir, veja quais são essas cinco etapas da jornada do cliente.
É quando a pessoa percebe que tem uma necessidade, um problema ou um desejo a ser resolvido — mesmo que ainda de forma vaga. Nesta etapa, ela entra em contato com marcas de forma indireta, por meio de conteúdos em redes sociais, buscadores, vídeos ou blogs.
Agora, com o problema mais definido, começa a busca por possíveis soluções. O consumidor passa a comparar produtos, serviços ou empresas que podem ajudá-lo. É o momento em que a marca precisa mostrar que tem autoridade no assunto e se destacar entre as opções.
Com algumas opções em mente, chega a hora de escolher. Aqui, o consumidor avalia o que faz mais sentido em termos de custo-benefício, atendimento, reputação e facilidades. Pequenos detalhes — como um bom atendimento, uma proposta personalizada ou um processo de compra claro — podem ser decisivos para fechar o negócio.

Depois da compra, a jornada continua. O pós-venda é o momento de reforçar o valor da escolha feita. Nessa fase, o cliente espera suporte eficiente, atendimento cuidadoso e canais abertos para esclarecer dúvidas ou resolver imprevistos.
Quando a experiência é positiva, o cliente tende a voltar — e melhor ainda: indicar a marca para outras pessoas. Essa etapa é marcada pelo relacionamento contínuo, com ações que reforçam o valor da marca no dia a dia do consumidor. Aqui, o cliente passa de comprador para defensor da marca, influenciando novas decisões de outras pessoas.
Mais do que organizar etapas, mapear a jornada do cliente é uma forma de visualizar com clareza como as pessoas vivenciam cada etapa do relacionamento com a marca. Isso permite identificar o que funciona bem, o que precisa ser ajustado e como entregar uma experiência mais coerente com as expectativas do consumidor.
Um dos principais benefícios desse processo é o aumento da conversão, já que a comunicação se torna mais alinhada ao momento de cada cliente. Ele também contribui para a redução do churn, ou da taxa de cancelamento, causados por experiências frustrantes ou falta de acompanhamento.

Outro ganho é a possibilidade de personalizar a experiência, com ações mais relevantes em cada ponto de contato. Internamente, o mapeamento também promove o alinhamento entre marketing, vendas e atendimento, garantindo que todos os times atuem com base nas mesmas informações e objetivos.
Veja: O que é CS e a importância da gestão de clientes
+ Customer experience (CX): o diferencial de focar no cliente
Mapear a jornada do cliente exige organização, escuta ativa e análise de dados. Abaixo, estão os passos essenciais para construir um modelo funcional e estratégico:
Ao criar o mapa, é fundamental se atentar a alguns erros comuns cometidos nesse processo, como ignorar dados reais dos clientes, criar mapas genéricos e desatualizados, focar apenas nos canais da empresa e não envolver diferentes áreas no processo.
No livro “Customer Rules”, Lee Cockerell, ex-vice-presidente executivo da Walt Disney World, afirma que colocar o cliente no centro das decisões não deve ser visto apenas como responsabilidade do atendimento, mas como uma mudança cultural que envolve toda a empresa.
Isso significa que, mais do que adotar boas práticas em pontos específicos, é preciso construir uma operação orientada pela experiência do cliente — em todas as áreas, canais e etapas da jornada.
Nesse contexto, mapear a jornada do cliente é apenas o começo. O passo seguinte — e mais estratégico — é engajar todas as áreas da organização nessa visão.
Marketing, vendas, produto e suporte precisam atuar de forma integrada, compartilhando informações e colaborando para que a experiência do cliente seja fluida e coerente do início ao fim.
Cockerell também defende a importância do empoderamento do cliente (empowerment): criar experiências em que ele tenha voz ativa, liberdade de escolha e autonomia para tomar decisões com base em informações claras. Empresas que adotam essa abordagem constroem relações mais sólidas, humanas e duradouras.
Confira também: O que é CSAT e como melhorar a satisfação do cliente
+ O que é Working Backwards, método da Amazon focado no cliente
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