Como respeitar os direitos humanos na proposta de intervenção da redação do Enem
Apesar de não zerar mais a redação, infringir os direitos humanos pode tirar pontos. Descubra como lidar com isso na proposta de intervenção!
Ao escrever a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o candidato deve se atentar às cinco competências exigidas na Cartilha do Participante, divulgada recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
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Em sua redação, o candidato deve defender uma tese a respeito do problema apresentado se utilizando de argumentos concretos e, ao final, deve concluir sugerindo uma proposta de intervenção.
A quinta competência é a que avalia a conclusão do texto. De acordo com a cartilha do Participante, o candidato deve “elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”.
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Respeito aos direitos humanos
O respeito aos direitos humanos está na matriz de referência da redação do Enem. Apesar de não ser mais um item desclassificatório na prova, o candidato pode perder pontos.
Veja alguns trechos de redações de 2018 que zeraram na Competência 5 por infrigirem os direitos humanos:
“Para reduzir essa manipulação em determinados locais, deveria ser cortado qualquer sinal de transmissão de internet, assim reduziria a influência de certos dados no comportamento desses usuários.”
“…temos que aprimorar uma lei, pois quem publicar notícias fake será preso ou taxado com multas rescisórias, e também será excluído da sociedade.”
“Uma solução para o problema é privar a internet para pessoas leigas e analfabetas que se deixam levar por qualquer vídeo e foto vista.”
“No Brasil as leis são ‘frágeis’, deveriam ser mais rigorosas, punir pessoas que fazem mal para outras pessoas. Quando digo punir, quero dizer deixá-lo preso sem direitos!”
Os corretores consideram os princípios estabelecidos nas Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, que são: dignidade humana; igualdade de direitos; reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades; laicidade do Estado; democracia na educação; transversalidade, vivência e globalidade; e sustentabilidade socioambiental.
Na prática, são caracterizadas como desrespeito aos direitos humanos propostas que defendam medidas violentas de qualquer tipo e motivadas por questões de raça, etnia, gênero, religião, condição física ou origem geográfica ou econômica, de acordo com a Cartilha do Participante.
As medidas que sugiram “justiça com as próprias mãos”, ou seja, sem intervenção das leis, autoridades e instituições do Estado também são consideradas desrespeito. Dessa forma, propostas que mencionem prisão perpétua ou pena de morte não são consideradas desrespeito, pois têm como agente o próprio governo.
Proposta de intervenção ideal
Para receber uma boa nota, a proposta de intervenção deve, além de respeitar os direitos humanos, ser concreta, explícita e detalhada. Os avaliadores esperam que o candidato demonstre preparo no exercício da cidadania.
A proposta de intervenção deve estar alinhada com a tese e os argumentos apresentados durante a redação. Thiago Braga, professor de redação do Colégio e Curso pH, aconselha evitar ideias agressivas e que não estejam relacionadas ao problema apresentado no tema ou que não sejam condizentes com a realidade social vivida pelo estudante.
As ideias de resolução para o problema apresentado devem ser específicas. Na Cartilha do Participante, o Inep esclarece que constatar a falta de uma ação ou de um projeto ainda não é suficiente para configurar uma proposta de intervenção.
O professor Thiago alerta que as propostas não podem ser utópicas ou impossíveis de serem realizadas. “Também devem ser evitadas propostas genéricas ou ações que já existem, que são comuns”, complementa.
Para que a proposta seja mais concreta é necessário citar: “o agente da ação, a ação em si, o modo ou meio em que a ação será executada, dando detalhes da ação ou do modo/meio e, por fim, apresentar a finalidade, o que a ação vai gerar de efeito em relação ao problema”, explica Thiago.
Para respeitar os direitos humanos, o professor indica que os candidatos leiam os pontos principais a Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Os artigos iniciais falam sobre liberdade e direitos fundamentais, e nenhum desses pontos pode ser agredido ou atacadona redação”, enfatiza.
Veja também: Declaração Universal dos Direitos Humanos: como ela cai no Enem
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