Saber interpretar textos é um grande diferencial para o candidato que está se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), visto que questões envolvendo essa competência aparecem em todas as áreas do conhecimento.
Além disso, a interpretação de texto pode ser encarada como uma estratégia de prova, que ajuda a resolver as perguntas de um jeito melhor e mais rápido. Confira abaixo dicas valiosas para conseguir bons resultados nesse quesito e arrasar no Enem.
Leia com atenção
Uma leitura cuidadosa é o ponto de partida para uma boa interpretação. Para não precisar ler e reler o texto várias vezes, logo no primeiro contato é importante grifar as palavras-chave, de modo a tornar mais claro o conteúdo trabalhado pelo autor, e também checar a ideia central do texto.
Identifique o gênero textual
O vestibulando deve saber o gênero textual com o qual está trabalhando. Alguns exemplos comuns são matéria de jornal, poema, trecho de romance, publicidade, e-mail e manual de instrução.
Outro elemento para identificar, segundo o professor e autor do material de redação do Sistema de Ensino pH, Thiago Braga, é o modo de organização discursiva do texto: descritivo, narrativo, argumentativo, injuntivo ou expositivo. “A partir disso, é preciso entender a intenção do texto e o seu público-alvo”, falou.
Foque no enunciado
Tão importante quanto saber interpretar o texto é compreender bem o enunciado. Isso, porque, muitas perguntas do Enem podem induzir o estudante ao erro apresentando mais de uma alternativa que pareça correta. Para facilitar, uma estratégia é circular os termos-chave que indiquem o que a questão está pedindo. Focar no enunciado serve, inclusive, para fazer uma leitura mais intencionada e focada no que se deseja encontrar.
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Conheça os níveis de interpretação
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De acordo com o professor de português do Curso Anglo, Eduardo Calbucci, de maneira simplificada, existem dois níveis de interpretação. O primeiro consiste em uma análise interna do texto. “Nela, o candidato deve reconhecer as informações explícitas na superfície textual, identificando as correlações entre as partes do texto”, explicou.
Já o segundo nível envolve o contexto externo: “é necessário estabelecer relações entre o texto e dados do nosso conhecimento de mundo”.
Esses dois níveis se complementam, porém algumas questões de prova não exigem que se chegue ao segundo patamar de interpretação. É o caso das mais simples, na qual as alternativas corretas são uma paráfrase de trechos do texto, ou seja, uma explicação ou uma nova apresentação do conteúdo, sem fugir das ideias do autor. Em contrapartida, as questões mais difíceis são aquelas em que o estudante precisa relacionar a leitura com informações de seu repertório cultural.
Fuja da leitura de “fora para dentro”
Conforme Eduardo, em uma questão de interpretação de texto, é sempre importante assimilar o que está se avaliando e evitar fazer uma leitura de “fora para dentro”, em que o candidato, em vez de identificar a tese do texto, projeta no conteúdo informações que não estão presentes nele.
“Isso é muito comum quando os textos tratam de temas polêmicos, e há uma tendência de o aluno interpretar com o que ele pensa do assunto, e não com os dados apresentados”, afirmou.
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Procure relacionar os textos
Se a questão cobrar a leitura de dois ou mais textos, a dica é buscar e marcar os itens em comum entre eles. Nesse caso, normalmente, a pergunta demanda o entendimento da relação existente entre as ideias de ambos.
Invista na sua bagagem cultural
Para quem quer atingir uma boa nota, há outro tópico essencial a ser lembrado: a leitura de um texto não é uma ação independente. Não só na redação, mas em muitas questões do Enem são exigidos conhecimentos prévios sobre diversos assuntos.
“Por isso a bagagem cultural adquirida por meio da vivência e da leitura são fundamentais para uma maior amplitude de compreensão. O exercício constante de leitura e de interpretação é um auxílio fantástico para o desenvolvimento dessa habilidade” recomendou Thiago.
Um recurso que pode ajudar nesse ponto é tentar se manter informado e atualizado por meio de jornais e revistas.
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