15 erros mais comuns de português: parte 2
Saiba quais são os outros 15 erros de português mais comuns e aprenda também como fugir desses
Ano passado, a Revista Quero fez um lista com os 15 erros de português mais comuns e vocês adoraram, não é mesmo?
Pensando nisso, fizemos a parte dois: uma nova lista com mais 15 erros de português que são super comuns! Quais desses você já sabia e quais você não tinha a mínima ideia de que era um erro? Conte para gente nos comentários! 😉
1 – VÊM E TÊM
Você já deve ter percebido que em alguns casos os verbos “vir” ou “ter”são utilizado como “vem/vêm” ou “tem/têm”, certo? As duas formas de escrevê-los estão corretas, entretanto, cada uma é escrita em casos específicos.
VEM e TEM: utilizado na terceira pessoa do singular (ele/ela)
Exemplo: Ele vem para o trabalho todos os dias às oito horas.
VÊM E TÊM: utilizado na terceira pessoa do plural (eles/elas)
Exemplo: Eles têm que aprender a se comportar.
2 – “MIM” AJUDA
Esses é um dos erros mais comuns e que muita gente confunde, porém, decorar esta regra é muito fácil: mim não conjuga verbo! Ou seja, antes de verbo é preciso usar o “EU”.
Exemplo: Quando eu limpar a casa, você pode vir me visitar.
O mim um pronome oblíquo tônico e é usado apenas após uma preposição.
Exemplo: Você pode trazer aquela blusa para mim, por favor?
3 – MENAS E MENOS
Muito confundem quando usar “menas” ou “menos”, porém a regra é clara: MENAS não existe! MENOS é uma palavra invariável, ou seja, ela não possui uma flexão de gênero (feminina ou masculina).
Exemplo: Estou dormindo menos horas do que o indicado pelo meu médico.
4 – PRA E PARA
As duas palavras estão certas e significam direção, finalidade, capacidade, oposição, propriedade, entre tantas outras. Contudo, é preciso saber em qual situação utilizá-las.
PARA: Deve ser utilizada quando for preciso uma linguagem mais formal ou escrita.
Exemplo: Irei para o Rio de Janeiro neste final de semana.
PRA: Já o “pra” deve ser utilizado em circunstâncias mais informais ou em linguagem falada (quando você estiver conversando com outra pessoa).
Exemplo: Olá, Julia. O Carlos comprou cerveja pra gente, não precisa se preocupar com isso.
5 – ATRAVÉS DE E POR MEIO DE
ATRAVÉS: O através é utilizado apenas quando você quer dizer que algo atravessou outra coisa.
Por exemplo: Ele entregou a flor através das grades do portão.
POR MEIO DE: É utilizado quando você diz que algo foi utilizado na execução de uma ação.
Por exemplo: Eu mandei o seu presente por meio do correio.
6 – CONCERTEZA
Concerteza não existe! Para usar esse locução adverbial, lembre-se de que são duas palavras separadas: “com certeza”.
Exemplo: Não vou mais ficar sofrendo com isso. Com certeza a Lara recebeu o convite e apenas esqueceu de me avisar.
7 – INVÉS DE OU EM VEZ DE
INVÉS DE: Deve ser utilizado quando a ideia da mensagem for de “ao contrário de”.
Exemplo: Ao invés de lamentar pelo ocorrido, você deveria ligar para ela e pedir desculpas.
EM VEZ DE: Essa expressão deve ser usada apenas quando for passar a ideia de “no lugar de”.
Exemplo: Ela preferiu comemorar o seu aniversário no bar em vez do boliche.
8 – ONDE E EM QUE
ONDE: Deve ser usado apenas em casos que há referência a um lugar
Exemplo: Vamos nos encontrar perto de onde a Laura mora. Pode ser?
EM QUE: Utilizado apenas quando for se referir a situações, coisas ou pessoas
Exemplo: Você assistiu aquele filme em que o personagem principal morre?
9 – POR HORA E POR ORA
POR HORA: É usado para indicar o que acontece a cada hora e o tempo.
Exemplo: Aquele dermatologista atende apenas uma pessoa por hora.
POR ORA: É um sinônimo de “por agora”, “neste momento” ou “por enquanto”. Expressões que indicam algo que está acontecendo agora.
Exemplo: Por ora, vamos esperar o resultado do exame.
10 – ESTE E ESSE
ESTE: É utilizado quando você quer falar de algo que está perto ou, no discurso, quando for fazer referência a algo que ainda não foi citado do texto.
Exemplo: Muito bonita esta bota que eu comprei, não acha?
ESSE: Esse pronome é utilizado quando está longe da pessoa que fala, mas pode estar perto da pessoa com quem se fala. Assim como o “este”, o “esse” é utilizado para se referir a algo que já foi citado no texto.
EXEMPLO: Esse carro é seu?
11 – NADA A VER E NADA HAVER
NADA A VER: Entre as duas formas, essa é a forma mais correta de se escrever. A expressão indica que algo não está relacionado ou correspondendo a algo.
Exemplo: Você não tem nada a ver com essa briga.
NADA HAVER: Ela é mais utilizada em situações que em que não se tem nada a receber ou reaver, focando em quantias monetárias.
Exemplo: Paguei tudo que devia ao meu pai. Não tenho mais nada haver com ele.
12 – PORISSO
PORISSO: Essa expressão não existe. A forma correta de escrevê-la é “por isso”. Lembrando que essa locução indica uma consequência ou uma conclusão.
Exemplo: Estou com a agenda apertadíssima. Por isso, devemos nos ater nos assuntos que estão elencados na pauta da reunião.
13 – FAZ UMA SEMANA E FAZEM UMA SEMANA
FAZ UMA SEMANA: Essa é a única forma correta de indicar um período de tempo no passado.
Exemplo: Faz mais de uma semana que eu não ligo para a minha mãe.
FAZEM UMA SEMANA: Essa forma de conjugar o verbo para expressar um período de tempo que passou está errada. Nesses casos, o verbo deve sempre ser conjugado na terceira pessoa do singular: faz
14 – DE MAIS E DEMAIS
DE MAIS: Locução adverbial que indica algo ligado principalmente a quantidade. Essa locução é antônimo de “de menos”.
Exemplo: Comprei comida de mais para nós dois. Acho que irá sobrar.
DEMAIS: É um advérbio de intensidade. Além disso, transmite a sensação de exagero.
Exemplo: Esse garoto é chato demais. Não sei como ele ainda conseguiu passar para a vaga de estágio.
15 – NA MEDIDA QUE E À MEDIDA QUE
NA MEDIDA QUE: Essa expressão é utilizada para indicar uma justificação ou uma causa.
Exemplo: O fornecimento de água foi interrompido na medida em que os pagamentos não foram efetuados.
À MEDIDA QUE: Indica uma progressão que acontece simultaneamente.
Exemplo: À medida que o tempo passava, ele ficava mais cansado.