Thiago Braga, autor do Sistema de Ensino pH, traz dicas do que ver para arrasar na redação do Enem.
As recomendações envolvem séries como Black Mirror e 3%. Já os filmes são produções nacionais: Que horas ela volta e Bacurau.
A seguir, mais informações!
Você já deve ter ouvido por aí que assistir a filmes e séries pode ser uma ótima estratégia para construir uma boa bagagem e repertório no Enem, certo?
Pensando nisso, a Revista Quero conversou com o Thiago Braga, autor do Sistema de Ensino pH, para pegar algumas dicas do que ver para arrasar na redação do Enem.
Pronto para conferir?
4 filmes e séries para aumentar seu repertório no Enem
Bom, se você quer aproveitar um fim de semana ou está buscando um tempo de descanso dos estudos, pode dar uma arejada com as recomendações a seguir, certo?
Abaixo, você confere um pequeno resumo para você entender do que se tratam as séries e os filmes indicados pelo especialista e as abordagens que poderiam ser feitas na redação do Enem por conta dos temas tratados!
Black Mirror
É praticamente um manual de repertório para temas contemporâneos. Cada episódio funciona como uma fábula distópica sobre os impactos da tecnologia na sociedade, abordando vigilância digital, manipulação de dados, relações virtuais e dependência tecnológica.
Para o Enem, Thiago reforça episódios como “Nosedive” (sobre redes sociais e validação) e “Hated in the Nation” (sobre linchamento virtual), porque eles trazem exemplos concretos para as redações sobre privacidade, ética digital e saúde mental na era digital (temas cada vez mais presentes nas propostas de redação).
3% (Netflix – Brasil)
É uma série brasileira que apresenta uma distopia onde apenas 3% da população consegue migrar para um lugar melhor, passando por um processo seletivo brutal.
Ela dialoga diretamente com questões de desigualdade social, meritocracia, acesso à educação e mobilidade social, temas centrais no debate brasileiro e recorrentes no Enem.
“O estudante pode usar a série para problematizar a falsa ideia de igualdade de oportunidades e discutir como estruturas sociais perpetuam privilégios, enriquecendo argumentações sobre justiça social e direitos fundamentais”, lembra Thiago.
O filme é essencial para entender as dinâmicas de classe no Brasil e conta a história de Val, uma empregada doméstica que vive na casa dos patrões.
Acaba expondo com sutileza as hierarquias sociais, o trabalho doméstico, a educação como instrumento de mobilidade social e os limites invisíveisque separam classes no país.
“Para o Enem, o filme oferece repertório valioso para temas sobre desigualdade, direitos trabalhistas, educação e as contradições da sociedade brasileira, permitindo ao estudante demonstrar compreensão crítica das estruturas sociais”, destaca Braga.
Bacurau (2019, Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles)
Vencedor do Prêmio do Júri em Cannes, o filme discute temas como resistência comunitária, apagamento de identidades locais, violência, neocolonialismo e a luta por território e dignidade.
Ele funciona como metáfora para diversos problemas brasileiros: descaso com regiões periféricas, violência contra comunidades tradicionais e a força da organização coletiva.
“É um repertório sofisticado para temas sobre direitos humanos, valorização da cultura local, desigualdades regionais e cidadania participativa“, alerta o especialista.
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