Como criar repertório para redação do Enem?
Saiba como obter repertório sociocultural na redação do Enem, entenda qual a importância de utilizar repertório na redação e assim aumentar a sua nota
Atualizado em 03/10/2023
Certamente, você já deve ter ouvido que para escrever uma boa redação é preciso ter repertório sociocultural, não é mesmo? O emprego desse repertório é, inclusive, uma das competências avaliativas da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem):
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Competência 2:
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
Além disso, com crescente foco na interdisciplinaridade e na análise crítica de temas contemporâneos nos textos, a construção de um repertório rico em informações, exemplos e argumentos se tornou essencial para escrever uma redação de qualidade e conseguir uma boa nota na redação.
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Como escrever uma tese para redação do Enem?
O repertório sociocultural nada mais é do que seus conhecimentos, referências e visão de mundo obtidos por meio de diversos campos do conhecimento e experiências de vida. Esses conhecimentos não precisam ser, necessariamente, aprofundados. Muitos deles são absorvidos naturalmente na vida cotidiana.
Por que usar o repertório sociocultural na redação?
Por ser uma das competências cobradas no Enem, os corretores já esperam o uso de referências externas para dar embasamento à argumentação. Sendo assim, “a primeira vantagem de usar o repertório é conseguir uma nota maior”, aponta Luma Dittrich, professora do canal do Youtube Luma e ponto, mais conhecida como “Fada da Redação”.
“Além disso, ter repertório facilita na argumentação, porque o participante pode apoiar sua argumentação em fontes de autoridade, em vez de ter de pensar toda a argumentação sozinho”, completa Luma.
O repertório sociocultural não é – e nem deve ser – usado apenas por usar. Ele deve ser inserido de forma coerente para enriquecer o texto. As citações, dados, contextualizações e alusões históricas fundamentam, justificam e fortalecem seus argumentos.
No Enem, os corretores também avaliam a diversidade do conhecimento inserido no texto, pois eles evidenciam que o candidato está atualizado com o que acontece à sua volta. Independentemente do tema, é possível utilizar informações das áreas social, cultural, histórica, artística, científica, filosófica etc.
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Como usar o repertório sociocultural?
As referências externas não podem aparecer de forma aleatória e sem ligação com o restante do texto. As informações devem ser muito bem selecionadas e articuladas na redação.
Isso porque, na competência 3, o Enem também avalia a forma que o estudante seleciona, relaciona, organiza e interpreta as informações, fatos, opiniões e argumentos na hora de defender seu ponto de vista.
A professora Luma recomenda a utilização do repertório sociocultural nas três partes da redação dissertativa-argumentativa:
- Introdução: Na primeira frase da introdução, é a chamada estratégia de abertura;
- Desenvolvimento: No embasamento dos argumentos (são indicados apenas dois);
- Conclusão: Após a proposta de intervenção, também chamado de fechamento da redação.
Ao ler as redações nota mil do Enem, se pode perceber as inúmeras referências externas que os autores fazem, seja em citações, alusões históricas ou contextualizações.
Confira alguns exemplos de uso de repertório em redações nota mil do Enem de 2018, que teve como tema “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.
Introdução
Redação de Carolina Mendes Pereira
Argumentação
Redação de Pedro Assaad Salloum Moreira da Rocha
Conclusão
Redação de Mattheus Martins Wengenroth Cardoso
Além disso, a Cartilha de Redação do Enem não recomenda que o candidato se prenda às ideias dos textos motivacionais da proposta de redação. É necessário se posicionar de maneira crítica sobre o tema; fugir do óbvio e do senso comum.
Os argumentos que problematizam e polemizam o tema de redação podem chamar a atenção dos corretores positivamente, demonstrando boa capacidade de argumentação.
No caso de citações de filósofos e dados, por exemplo, é imprescindível dar os créditos ao autor daquelas ideias ou à organização que realizou a pesquisa. Sem as devidas referências, a redação pode ser acusada de plágio e perder muitos pontos.
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Como criar repertório sociocultural?
O repertório sociocultural pode ser adquirido de diversas formas. A mais básica e essencial é a leitura de livros e materiais didáticos dos mais variados temas e disciplinas. Quem desenvolve o hábito da leitura, além de ganhar bagagem cultural, se torna um escritor melhor.
Para ficar conectado com as atualidades do Brasil e do mundo, é imprescindível que o estudante acompanhe os noticiários. Outras fontes de diversas informações são os filmes, documentários, séries, músicas e, até mesmo, as redes sociais. Para ampliar ainda mais os horizontes, é possível frequentar museus, eventos culturais, exposições e rodas de discussão.
É muito importante consumir todas essas informações de maneira ativa. Ou seja: de forma atenta e crítica; não aceitar qualquer opinião sem questionar. Além de sempre buscar uma variedade de opiniões, evitando ficar preso em apenas uma visão de mundo.
A dica da professora Luma é buscar repertório em conteúdos que abordem as mazelas da humanidade e os problemas sociais, para que sejam produtivos em vários temas.
“A forma mais prática e efetiva é descobrindo filósofos que estudaram as características da sociedade (como Zygmunt Bauman, Hannah Arendt, Aristóteles), fatos históricos que deixaram legado (como o Período Colonial), leis que regulamentam como deve ser a vida no Brasil (como a Constituição Federal de 1988), obras literárias ou autores que caracterizaram a sociedade (como Machado de Assis)”, indica.
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