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Inteligência Artificial e Sustentabilidade: os novos pilares da gestão de projetos do século XXI

Durante minha palestra na XV Conferência de Gestão, Projetos e Liderança, compartilhei como a combinação entre tecnologia e propósito está redefinindo o que significa sucesso em projetos.

Por décadas, medir o sucesso de um projeto parecia simples: cumprir prazos, respeitar orçamentos e entregar escopo. Mas percebo que o mundo mudou e, com ele, a forma como criamos valor.

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Hoje, projetos bem-sucedidos não são apenas aqueles que entregam, mas sim os que transformam.

É sobre isso que venho falando nos últimos anos: a revolução atual vai muito além da automação. Trata-se de unir inteligência artificial, sustentabilidade e propósito humano.

A era da IA na gestão de projetos

Embora muitos vejam como novidade, o uso de inteligência artificial (IA) em projetos já vem sendo estudado desde os anos 1980.

A grande virada aconteceu com a chegada da IA generativa, capaz de compreender linguagem, analisar padrões e apoiar decisões complexas.

O PMI identifica três níveis de maturidade no uso da IA:

  • Automação – quando a tecnologia executa tarefas simples e repetitivas.
  • Assistência – quando profissionais usam IA para gerar rascunhos e análises iniciais.
  • Augmentação – o estágio mais avançado, no qual a IA amplia as capacidades humanas e apoia decisões estratégicas.

Tenho visto que profissionais que já utilizam IA de forma consistente alcançam até 16 vezes mais produtividade e 8 vezes mais resultados avançados.

A IA não substitui o profissional de projetos, ela amplia o seu alcance. É uma parceria entre tecnologia e pensamento crítico.

O desafio humano: preparar-se para o novo cenário

Acredito que os líderes de projetos que mais prosperam no uso de IA combinam três competências essenciais: capacidade analítica, domínio técnico e pensamento estratégico.

Essa tríade forma o que chamo de “profissional aumentado”, alguém que não apenas usa tecnologia, mas sabe direcioná-la para gerar valor.

E essa transformação começa de forma individual: aprender, testar, errar e compartilhar.

Sustentabilidade e inovação: o novo paradigma

Além da tecnologia, a sustentabilidade ganhou um papel central na gestão moderna de projetos.  Acredito que todo projeto é um vetor de impacto social e ambiental e que sucesso também significa legado.

Inspirado em exemplos de empresas como Patagonia e Tesla, defendo uma nova lógica: crescer sem ultrapassar os limites do planeta.

Como disse Julian Simon, “Os recursos naturais são finitos, mas o recurso mais importante é infinito: a mente humana.”

Projetos sustentáveis são 8 vezes mais propensos a alcançar sucesso a longo prazo, pois equilibram lucro, propósito e impacto positivo.

Gestão orientada por propósito: o que significa fazer M.O.R.E.

Para mim, sustentabilidade não vem de pressão, mas de significado.

Criei o acrônimo M.O.R.E. para guiar gestores e organizações:

  • M – Manage perceptions: alinhar sustentabilidade ao que realmente importa.
  • O – Own success beyond metrics: valorizar resultados que vão além de tempo e custo.
  • R – Reassess parameters: revisar escolhas continuamente — pequenas mudanças geram grandes impactos.
  • E – Expand perspective: pensar nos efeitos de longo prazo sobre pessoas, planeta e prosperidade.

Mais do que eficiência, trata-se de relevância.

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O futuro é híbrido — humano e tecnológico

A combinação entre inteligência artificial e sustentabilidade marca o início de uma nova era na gestão de projetos.

Nos próximos anos, acredito que o papel do profissional será unir empatia e dados, propósito e produtividade, visão e execução.

O futuro da gestão de projetos é digital, humano e responsável. E ele já começou.

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