
Cultura ágil: como a mentalidade ágil transforma organizações
Giovana Murça | 20/12/25Entenda como a cultura ágil vai além da mentalidade e impacta as empresas, trazendo inovação e resultados rápidos
Descubra os principais tipos de cultura organizacional, como influenciam os comportamentos e impactam os resultados das empresas
Em resumo:
Entender quais são os principais tipos de cultura organizacional é fundamental para qualquer empresa que deseja melhorar seu desempenho e ambiente de trabalho. A cultura da empresa pode ser a chave para um desempenho ainda mais sólido e alinhado aos objetivos do negócio.
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Cada tipo de cultura, seja ela focada na inovação, na colaboração ou na estruturação rígida, exerce uma influência significativa no comportamento dos colaboradores e nos resultados da organização.

Neste artigo, conheça os principais modelos de cultura organizacional, seus impactos diretos nas relações de trabalho, e como eles moldam a forma de atuar de uma empresa.
Cultura organizacional refere-se ao conjunto de valores, crenças, comportamentos e práticas que definem a maneira como os membros de uma empresa interagem entre si e com o ambiente externo.
De acordo com Edgar H. Schein, um dos maiores estudiosos do tema, a cultura organizacional é formada por três níveis: os artefatos (visíveis, como o ambiente físico e as práticas), os valores compartilhados (que guiam decisões e comportamentos) e, no nível mais profundo, as suposições subjacentes (as crenças e sentimentos implícitos que influenciam a percepção do mundo).
Schein destaca que a cultura não é algo estático; ela evolui com o tempo e é influenciada pelas interações entre os indivíduos e a liderança da organização. A cultura corporativa molda a forma como os colaboradores se comportam e se relacionam, sendo, portanto, um fator crucial para o sucesso organizacional.
Em seu livro “Cultura Organizacional e Liderança“, Schein argumenta que entender e alinhar a cultura da empresa aos seus objetivos estratégicos é um passo essencial para alcançar resultados sustentáveis e consistentes.

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Os pesquisadores Kim Cameron e Robert Quinn, especialistas em gestão e cultura organizacional, desenvolveram um modelo que classifica as culturas organizacionais com base em dois eixos principais: flexibilidade versus controle e foco interno versus foco externo. Conhecido como “Competing Values Framework”, esse modelo identifica quatro tipos de cultura organizacional.
Cada tipo de cultura tem características próprias que influenciam a forma como a organização se comporta, toma decisões e se adapta ao ambiente externo. Embora muitas empresas combinem diferentes tipos de cultura organizacional, geralmente há um estilo dominante que orienta suas práticas.
Esses quatro tipos de cultura se diferenciam, principalmente, pela forma como valorizam a flexibilidade versus o controle e o foco interno versus o externo. A seguir, entenda melhor as características de cada uma dessas culturas.
A cultura de clã é caracterizada por um ambiente colaborativo, no qual o foco está na promoção de trabalho em equipe, apoio mútuo e no bem-estar dos funcionários. Nesse tipo de cultura, as relações interpessoais são valorizadas, e há um forte senso de comunidade.
Empresas como Zappos e Patagonia são exemplos de organizações que adotam esse modelo, promovendo um ambiente em que as pessoas se sentem como parte de uma “família” e têm liberdade para se expressar e colaborar.
A cultura de adhocracia valoriza a inovação, criatividade e experimentação. Nesse modelo, as empresas incentivam a busca por novas ideias e soluções, promovendo um ambiente dinâmico e flexível, onde os colaboradores são estimulados a correr riscos e se adaptar rapidamente às mudanças.
Exemplos de empresas que adotam essa cultura são Google e Apple, que são reconhecidas por sua capacidade de inovar e liderar mercados com novos produtos e serviços.
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A cultura de mercado é orientada para resultados, com ênfase em atingir objetivos e metas de desempenho. Nesse tipo de cultura, as organizações são focadas em alcançar alta performance, crescimento e lucro.
A competitividade interna é incentivada, com colaboradores motivados a superar metas estabelecidas. Empresas como Amazon e Tesla exemplificam esse modelo, mantendo um ambiente de alta pressão para garantir resultados rápidos e consistentes.
A cultura de hierarquia é caracterizada por uma estrutura rígida, com forte ênfase em processos, regras e controle. Nesse tipo de cultura, as organizações operam de maneira estruturada, com hierarquias bem definidas e decisões tomadas de forma centralizada. O foco está na eficiência, estabilidade e previsibilidade.
Empresas como IBM e Coca-Cola exemplificam esse modelo, mantendo processos bem definidos para garantir o funcionamento suave e controlado da organização.
Além dos quatro principais tipos de cultura organizacional definidos no modelo de Cameron e Quinn, existem outros modelos relevantes no cenário corporativo.Abaixo, confira alguns desses tipos adicionais.
É orientada por valores, causas sociais e impacto positivo na sociedade. Organizações com esse perfil tomam decisões considerando não apenas resultados financeiros, mas também sustentabilidade, diversidade e responsabilidade social. Esse tipo de cultura é muito associado a estratégias de employer branding e à atração de talentos alinhados a valores.
Focada no desenvolvimento contínuo, capacitação e troca de conhecimento. Empresas com essa cultura incentivam feedback constante, experimentação e aprendizado com erros. Está diretamente ligada à inovação sustentável e à gestão do conhecimento, como apontam estudos sobre liderança e desenvolvimento organizacional.
Embora tenha relação com a adhocracia, aqui o foco está menos na estrutura e mais na mentalidade inovadora como valor central. A inovação é estimulada em diferentes áreas da empresa, não apenas em produtos, mas também em processos, modelos de negócio e gestão de pessoas.
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Baseada em centralização extrema das decisões e forte controle da liderança. É comum em empresas familiares tradicionais ou organizações muito hierarquizadas. Pode gerar rapidez na tomada de decisão, mas tende a afetar negativamente engajamento e autonomia.
Muito próxima à cultura de clã, mas com ênfase ainda maior no bem-estar, na escuta ativa e na experiência do colaborador. Esse tipo de cultura aparece com frequência em rankings como os do GPTW e em estudos sobre ambientes de trabalho saudáveis.
A cultura organizacional molda o comportamento dos colaboradores e, consequentemente, impacta os resultados da empresa. Ela influencia na forma como os colaboradores se relacionam, como realizam suas tarefas e como respondem a desafios.

Esses efeitos variam conforme o tipo de cultura adotado. Cada modelo cultural tem suas vantagens e desafios. O desafio das organizações está em alinhar a cultura da organização aos seus objetivos estratégicos e ao perfil dos colaboradores.
Quando a cultura de uma empresa promove colaboração e bem-estar, como na cultura de clã, isso tende a aumentar a satisfação e engajamento dos funcionários, o que contribui para uma maior retenção e um clima organizacional positivo.
No entanto, uma cultura mais voltada para resultados, como na cultura de mercado, pode impulsionar a produtividade, já que os colaboradores são desafiados a alcançar metas e superar expectativas. Por outro lado, a pressão por resultados pode gerar estresse e afetar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
A cultura de inovação, por sua vez, incentiva a criatividade e a busca por soluções novas. Isso pode gerar um ambiente altamente dinâmico e adaptável, favorecendo a inovação e o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Porém, a falta de processos bem definidos pode resultar em uma gestão mais caótica e ineficiente em alguns casos.
Já as culturas mais hierárquicas, que valorizam o controle e a estrutura, podem garantir eficiência e consistência operacional, mas podem sufocar a criatividade e a flexibilidade necessárias para a adaptação em um mercado em constante mudança.
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