Jogos violentos e as consequências para as crianças
Os jogos violentos podem trazer consequências que afetam o comportamento das crianças. Veja quais são essas consequências e como você pode ajudar.
Você já parou para pensar nas consequências dos jogos violentos para os seus filhos? Compreender o risco que eles apresentam para crianças e adolescentes tem sido o objetivo de muitos estudos na atualidade.
Entre eles destaca-se a pesquisa publicada pelo Jornal da Associação Médica Americana (JAMA), em maio deste ano. O estudo avaliou o comportamento de 220 crianças expostas à influência dos jogos virtuais com dados interessantes na amostra.
Acompanhe este artigo e entenda um pouco mais sobre o uso excessivo dos jogos e os jogos violentos e as consequências para as crianças. Veja, ainda, as alternativas para ajudar seu filho, caso você perceba alguma alteração comportamental em relação ao assunto aqui abordado. Boa leitura!
Consumo consciente dos games
Sem consumo consciente, jogos eletrônicos são capazes de reduzir sensibilidade à violência… entre algumas crianças que já passaram por situações críticas, estão as que já pensaram em suicídio, por exemplo.
Alguns especialistas também acreditam que o efeito da violência nos videogames em crianças é agravado pela natureza interativa dos jogos. Em muitos deles, os jovens são recompensadas de acordo com o grau de agressividade com que interagem.
Veja também: + Como lidar quando meu filho não aceita ser contrariado?
Em junho de 2018, a OMS declarou o vício em jogos como um transtorno de saúde mental, com a inclusão de clínicas especializadas voltadas para esse tratamento, o que deixa a realidade ainda mais preocupante, assim como o álcool e outras drogas.
Doenças relacionadas aos games
A maioria dos efeitos ruins dos videogames são atribuídos à violência que eles contêm. As crianças que jogam videogames mais violentos têm maior probabilidade de ter pensamentos, sentimentos e comportamentos, que podem levar à depressão. Estudos sugerem que a exposição crônica a videogames violentos não está associada apenas à menor empatia, mas também à insensibilidade emocional.
Os jogos eletrônicos e o uso excessivo dos mesmos podem estar associados a algumas doenças e condições de saúde, especialmente quando o indivíduo não pratica moderação e equilíbrio em seu uso. Algumas das doenças relacionadas aos games incluem:
1) Síndrome do Túnel do Carpo:
É uma condição que afeta os nervos das mãos e dos punhos, causando dor, formigamento e fraqueza. Pode ser desencadeada por movimentos repetitivos, como os realizados durante a jogatina.
2) Tendinite:
Jogar por longos períodos pode levar a inflamações nos tendões, especialmente em áreas como punhos e cotovelos, devido aos movimentos repetitivos.
3) Dor nas costas e pescoço:
A postura inadequada durante o jogo pode causar tensão muscular, dores nas costas e no pescoço.
Veja também: + Criança com medo: como lidar com o medo infantil?
4) Cefaleias tensionais:
Passar muito tempo em frente às telas pode desencadear dores de cabeça tensionais.
5) Distúrbios do sono:
Jogar durante a noite ou antes de dormir pode atrapalhar o sono e levar a problemas de insônia.
6) Ansiedade e depressão:
O uso excessivo de jogos eletrônicos, especialmente em jogadores mais jovens, pode levar a problemas emocionais, como ansiedade e depressão.
7) Dependência de jogos (vício em jogos eletrônicos):
Em casos extremos, algumas pessoas podem desenvolver uma dependência patológica dos jogos, priorizando-os em detrimento de outras atividades importantes na vida diária.
5 dicas para ajudar as crianças com os jogos eletrônicos
Ajudar as crianças a não desenvolverem vícios em jogos violentos eletrônicos requer uma abordagem equilibrada e envolvimento dos pais ou responsáveis. Aqui estão algumas estratégias para auxiliar nesse processo:
Estabeleça limites de tempo:
Defina um horário específico para o uso de jogos eletrônicos, garantindo que a criança tenha tempo para outras atividades, como estudos, esportes, interações sociais e lazer ao ar livre.
Seja um exemplo:
Os adultos em casa devem ser modelos de comportamento. Demonstre um uso saudável da tecnologia e limite seu próprio tempo de tela.
Defina regras claras:
Estabeleça regras claras sobre o uso de dispositivos eletrônicos e os tipos de jogos que são permitidos. Explique os motivos por trás dessas regras para que a criança compreenda a importância delas.
Crie um espaço compartilhado:
Coloque os computadores e videogames em áreas comuns da casa, onde é mais fácil supervisionar o tempo de jogo e promover interações familiares.
Incentive atividades alternativas:
Estimule a criança a se envolver em outras atividades que lhe interessem, como esportes, arte, música, leitura ou outras formas de entretenimento saudável.
Monitore o conteúdo dos jogos:
Verifique a classificação etária e o conteúdo dos jogos que a criança joga para garantir que sejam apropriados para sua idade e maturidade emocional.
Para evitar esses problemas, é essencial praticar o equilíbrio e a moderação no uso de jogos eletrônicos. É recomendado fazer pausas regulares durante as sessões de jogos, manter uma boa postura, praticar exercícios físicos, e não negligenciar outras atividades sociais, acadêmicas ou profissionais importantes.
Se alguém estiver enfrentando dificuldades para controlar o uso de jogos eletrônicos ou desenvolver problemas de saúde relacionados a isso, é aconselhável procurar ajuda médica ou profissional especializado em saúde mental.
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