“Além de estágios, existem oportunidades para participação em atividades de ensino, como monitores, de pesquisa, por exemplo por meio do Programa de Iniciação Científica, e de extensão, as quais incluem cultura e esportes”, completou.
Alto investimento em infraestrutura das salas de aula, laboratórios e bibliotecas, avaliação constante de alunos e professores e incentivos à qualificação dos docentes são outras razões apontadas pelo vice-reitor.
“A existência de programas de pós-graduação e fomento a pesquisas são outras iniciativas valorizadas”, ressaltou. “Nos últimos anos,
[houve] importante incentivo às atividades de internacionalização, tanto de docentes como de discentes, o que inclui programas de dupla titulação (graduação e pós-graduação)”.
Cenário nacional de abandono
No cenário que inclui universidades públicas e particulares, o Mackenzie aparece entre as cinco primeiras, na quinta posição, com índice de abandono abaixo da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), duas das mais importantes instituições de ensino do Brasil. As duas universidades estaduais estão em sexto e sétimo na lista nacional, respectivamente.
Veja: 25 universidades públicas com o menor índice de abandono
Marco Vasconcelos aponta que os cursos devem se manter atualizados com as demandas do mercado e da sociedade para que esses índices melhorem. Segundo ele, “as universidades não públicas, ou seja, as comunitárias e as particulares, devem estar comprometidas com a oferta da maior qualidade acadêmica em seus cursos por um preço justo”.
No Brasil, a média de abandono de cerca de um quarto dos estudantes que ingressam no Ensino Superior exige a participação de diversos envolvidos com a Educação. “A atuação coletiva por meio de entidades representativas do setor junto ao poder público pode e deve estimular o fortalecimento de ações que redundem em maior ingresso e maior permanência na educação superior”, aponta Vasconcelos.
“Isto requer recursos substantivos para manutenção de programas governamentais, frutos de política pública, tais como Prouni e Fies“, conclui.
Método do estudo
Os números foram levantados pelo Quero Bolsa utilizando dados da base do Inep, disponíveis no site do instituto. Os últimos dados são referentes ao ano de 2017 e foram divulgados em outubro de 2018.
- Foram separadas as Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas do Brasil para análises distintas;
- Para esta análise, foram selecionadas as 100 universidades privadas com maior número de alunos com status de “cursando” na base do Inep;
- Foi considerado abandono os estudantes com status de “matrícula trancada” e “Desvinculado do curso“;
- A taxa de abandono de cada instituição foi calculada da seguinte forma: Taxa de Abandono = (Matrícula trancada + Desvinculado do curso) / (Matrícula trancada + Desvinculado do curso + Cursando + Transferido para outro curso da mesma IES + Formado + Falecido).