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Você sabe o que é nomofobia?

O vício em celular pode atrapalhar o desenvolvimento do seu filho. Veja o que é a nomofobia, quais os sintomas e como tratar.

Acredita-se que muitas pessoas não estejam familiarizadas com o termo “nomofobia”, apesar de vivenciarem essa condição diariamente. Essa palavra descreve o medo irracional de ficar sem o celular ou ser impedido de usá-lo devido a fatores como falta de conexão à internet ou bateria descarregada.

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Com os avanços tecnológicos, passar um dia inteiro sem o smartphone se torna um desafio para a maioria das pessoas. Afinal, esse dispositivo é amplamente utilizado para fins profissionais, bem como para interações sociais com amigos e familiares.

Mas como a nomofobia tem afetado as relações, conexões e até mesmo o comportamento das pessoas, inclusive das crianças e adolescentes?

Esse medo não está relacionado à quantidade de tempo que se passa ao celular. Ele é mais relativo à forma como se utiliza o aparelho. Portanto, fique atento se existe um isolamento social e o adolescente deixa de aproveitar momentos para ficar no aparelho, e ele começa a se sentir mais feliz no mundo virtual que no mundo real. 

Continue a leitura para saber um pouco mais sobre a nomofobia, sintomas, consequências e outras informações importantes. Boa leitura!

As consequências da nomofobia

A nomofobia pode ter várias consequências negativas para os adolescentes afetados. Algumas das principais consequências incluem:

  • Ansiedade e estresse: A nomofobia pode levar a sentimentos intensos de ansiedade e estresse quando o celular não está disponível. A dependência constante do dispositivo pode criar um estado de alerta constante e preocupação em relação às notificações, mensagens e atividades perdidas.
  • Isolamento social: O uso excessivo do celular pode resultar em isolamento social. As interações cara a cara podem ser substituídas por comunicações virtuais, levando a uma diminuição da interação social e conexão emocional com outras pessoas.

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  • Queda no desempenho acadêmico: A nomofobia pode interferir nas responsabilidades acadêmicas dos jovens, uma vez que o tempo e a atenção são direcionados para o uso excessivo do celular em detrimento das tarefas importantes. Isso pode resultar em queda no desempenho e dificuldades no cumprimento de prazos.
  • Distração e falta de concentração: O constante acesso ao celular devido à nomofobia pode levar a interrupções frequentes e distração durante atividades que exigem concentração, como estudos e tarefas diárias. Isso pode afetar negativamente a produtividade e o foco.
  • Problemas de sono: O uso excessivo do celular antes de dormir, causado pela nomofobia, pode levar a distúrbios do sono. A exposição à luz azul emitida pelo dispositivo e a estimulação mental antes de dormir podem interferir na qualidade do sono e levar a problemas como insônia.
  • Dependência e compulsão: A nomofobia pode levar a uma dependência do celular e a comportamentos compulsivos de verificar constantemente o dispositivo, mesmo sem motivo específico. Isso pode interferir na capacidade de controlar o uso do celular e afetar negativamente a vida diária.

Alguns sintomas da nomofobia

Além da total dependência dos aparelhos móveis, pacientes com nomofobia apresentam sintomas físicos e emocionais comparáveis aos da dependência química. Os principais são:

    Sintomas emocionais: angústia, ansiedade, irritabilidade, medo, estresse, crises de pânico, tristeza, solidão, depressão.

      Sintomas físicos: falta de ar, tontura, tremores, náuseas, dor no peito, aceleração da frequência cardíaca, dor de cabeça, enxaqueca.

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      Algumas atitudes no dia-a-dia também podem indicar a nomofobia:

      • Manter o celular ligado 24 horas por dia e dormir com ele embaixo do travesseiro;

      • Conferir repetidamente as chamadas, os e-mails e as mensagens de aplicativos;

      • Checar a bateria a todo momento;

      • Sentir desconforto quando está em um local sem sinal;

      • Deixar de fazer atividades que gosta para ficar no celular;

      • Diminuir a produtividade na escola, devido às redes;

      • Diminuir a vida social e o contato com a família para ficar com o celular.

      O diagnóstico da doença deve ser feito por um psiquiatra, psicólogo ou psicoterapeuta, que analisa os sintomas identificando as causas e sua relação com outros problemas, como depressão, ansiedade e transtornos psiquiátricos.

      Além disso, terapia é o tratamento indicado para reduzir essa dependência do celular. O psicólogo cognitivo-comportamental é capaz de compreender a raiz desse vício e aconselhar uma mudança nos hábitos de consumo do aparelho. Já os medicamentos são utilizados apenas em casos mais avançados, quando a nomofobia evolui para depressão e crises de ansiedade mais graves, mas a automedicação não é recomendada.

      Algumas dicas que podem ajudar a reduzir a nomofobia

      Se você está procurando dicas para reduzir a nomofobia e diminuir a dependência do celular das crianças, aqui estão algumas estratégias que podem ajudar:

      Conscientize sobre o problema: 

      Ajude os adolescentes a se conscientizarem que o uso excessivo do celular está afetando suas vidas e que é importante tomar medidas para reduzir essa dependência.

      Defina limites de uso: 

      Estabeleça limites claros para o tempo que ele gasta com o celular. Determine períodos específicos do dia em que o jovem desligará ou reduzirá o uso do dispositivo.

      Desenvolva atividades alternativas: 

      Identifique outras atividades que a criança e o adolescente gostem e que possam realizar sem o uso do celular. Por exemplo: hobbies, exercícios físicos, leitura, meditação ou socialização com amigos e familiares.

      Estabeleça uma área de descanso para o celular:

      Reserve um local específico em sua casa onde a criança deixará o celular quando não estiver usando. Isso ajudará a criar uma separação física e mental do dispositivo.

      Lembre-se de que a redução da nomofobia requer esforço e paciência. Faça pequenas mudanças gradualmente e celebre os progressos alcançados ao longo do caminho.

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