O impacto das redes sociais no comportamento da juventude
As redes sociais têm um impacto significativo no comportamento da juventude, oferecendo tanto oportunidades quanto desafios para o bem-estar. Veja 10 sugestões para ajudar nesse processo.
Você sabia que o uso excessivo da internet pode trazer sérios danos à saúde das crianças e adolescentes? A dependência de aplicativos de conversas online e redes sociais é prejudicial para o desenvolvimento saudável e pode favorecer casos de ansiedade e depressão.
Nesse artigo você vai ver:
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Perigos do excesso de redes sociais para os mais jovens
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Como as redes sociais afetam a sociedade e os jovens?
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10 dicas para reduzir o impacto das redes sociais no comportamento da juventude
Perigos do excesso de redes sociais para os mais jovens
Além disso, o excesso de redes sociais na vida dos mais jovens também é capaz de gerar irritabilidade, isolamento social, distanciamento da família, queda no rendimento escolar, baixa autoestima e falta de concentração.
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Vale lembrar que o uso descontrolado do celular também pode deixar crianças e adolescentes mais expostos aos perigos do mundo virtual. Nesse contexto, é fundamental que os pais e responsáveis fiquem atentos aos conteúdos consumidos pelos filhos na internet, bem como às pessoas que eles interagem nas redes sociais. A falta de cuidado, muitas vezes, pode levar ao aumento de casos de bullying, assédio, pedofilia, cyberbullying e outros tipos de violência.
Além disso, o impacto das redes sociais no comportamento da juventude também contribui negativamente para saúde física, resultando em sedentarismo, falta de disposição, preguiça e até mesmo obesidade.
Um artigo científico publicado no “Journal of Medical Internet Research” sugeriu que o acesso descontrolado às redes sociais pode gerar uma relação causal com a inflamação crônica no corpo. Muitas vezes, essas inflamações recorrentes estão associadas a doenças como câncer, diabetes e problemas cardíacos. “Este estudo se soma às vastas evidências que apontam para os riscos de passar muito tempo nas redes sociais e como isso afeta a saúde”, declarou David Lee, autor principal do artigo.
Como as redes sociais afetam a sociedade e os jovens
Segundo a terapeuta, especialista em vícios e comportamento humano, Madalena Feliciano, as redes sociais e os aplicativos de celular estão diretamente ligados à liberação de dopamina, substância conhecida como um dos hormônios da felicidade, em nosso cérebro. Ela explica que, muitas vezes, as pessoas usam a internet para criar uma busca constante por recompensa e gratificação.
“No contexto das redes sociais e da tecnologia, a dopamina também desempenha um papel importante. Quando recebemos uma notificação, como um novo e-mail, uma curtida ou um comentário em uma postagem nas redes sociais, isso pode estimular a liberação de dopamina em nosso cérebro”, esclareceu Madalena Feliciano em entrevista ao Estado de Minas.
Ainda de acordo com a terapeuta, essa sensação de gratificação e satisfação nos motiva a continuar usando as redes sociais e buscando mais interações e recompensas sociais.
Recentemente, o relatório “Panorama da Saúde Mental“, do Instituto Cactus e da AtlasIntel, mostrou dados que evidenciam o impacto das redes sociais no comportamento da juventude. Segundo o panorama, boa parte dos brasileiros que passaram três horas ou mais por dia nas redes, já possuem diagnóstico comprovado de ansiedade.
Na opinião do neurocientista Aditya Sharma, do Departamento de Neurociência da Universidade de Pittsburgh, esse fenômeno faz parte da sociedade contemporânea. No entanto, as famílias e os educadores precisam ter um olhar atento para as consequências emocionais que o universo digital está causando na nova geração.
“Os humanos desejam sentir-se incluídos. Somos gregários e queremos pertencer a um grupo. Quando isso acontece, há uma implicação de aprovação por parte dos outros e isso nos faz sentir melhor conosco. Fazer o que os outros fazem ou dizem que fazem de acordo com suas redes sociais, pode ativar o sistema de recompensa no nosso cérebro, mesmo que a atividade não seja realizada, declarou Sharma.
10 dicas para reduzir o impacto das redes sociais no comportamento da juventude
Reduzir o impacto das redes sociais no comportamento da juventude é crucial para promover um equilíbrio saudável entre o mundo digital e o mundo real. Implementar algumas dicas no dia a dia pode ajudar a criar um ambiente equilibrado, em que as crianças e os jovens possam desfrutar dos benefícios das redes sociais de forma segura e saudável, enquanto também participam ativamente da vida offline.
Aqui estão 10 sugestões para ajudar nesse processo:
1. Estabelecer limites de tempo
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Definir horários específicos para o uso das redes sociais é fundamental para evitar a dependência digital.
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Estabelecer uma rotina que equilibre o tempo online e offline ajuda a promover um estilo de vida saudável.
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A American Academy of Pediatrics recomenda que pais e responsáveis definam “zonas livres de tecnologia” em casa e horários diários sem dispositivos para encorajar atividades offline.
2. Monitorar o conteúdo:
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É essencial que os pais conversem regularmente com seus filhos sobre o que estão vendo e fazendo online.
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Manter um diálogo aberto sobre o conteúdo que consomem e as interações que têm nas redes sociais pode prevenir a exposição a material inapropriado ou perigoso.
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Ferramentas de controle parental e configurações de privacidade podem ajudar a monitorar e limitar o acesso a conteúdos indesejáveis.
3. Promover interações sociais face a face:
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Atividades que envolvem interações pessoais, como esportes, hobbies ou encontros com amigos, são cruciais para o desenvolvimento social dos jovens.
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Esses momentos ajudam a construir habilidades de comunicação e empatia, que são fundamentais para relacionamentos saudáveis.
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Segundo estudos, interações sociais presenciais são importantes para o bem-estar emocional dos adolescentes e reduzem o impacto das redes sociais no comportamento da juventude .
4. Educar sobre segurança online:
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Ensinar crianças e adolescentes sobre a importância de manter informações pessoais privadas e de ser cautelosos ao interagir com estranhos online é crucial para a sua segurança.
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Campanhas educativas e programas escolares sobre segurança digital podem ajudar a aumentar a conscientização e a prevenção de riscos como cyberbullying e grooming.
5. Modelar um comportamento saudável:
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Os pais devem demonstrar um uso equilibrado das redes sociais e ser modelos de comportamento digital responsável.
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Isso inclui evitar o uso excessivo de dispositivos na presença dos filhos e mostrar como lidar com conflitos online de maneira positiva.
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Um estudo publicado no Journal of Adolescence destaca a influência dos pais no comportamento digital dos filhos.
6. Estimular outras formas de aprendizado:
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Incentivar a leitura, a pesquisa e outras atividades intelectualmente estimulantes fora das redes sociais é essencial para o desenvolvimento cognitivo dos jovens.
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Livros, documentários, jogos educativos e visitas a museus são alternativas que promovem o aprendizado contínuo e diversificado.
7. Criar espaços sem tecnologia em casa:
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Reservar áreas livres de dispositivos eletrônicos em casa, como a sala de jantar ou os quartos, pode promover o relaxamento e a desconexão digital.
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Esse ambiente favorece o descanso mental e o fortalecimento das relações familiares, proporcionando momentos de qualidade sem a interferência das telas.
8. Encorajar atividades ao ar livre:
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O tempo ao ar livre é benéfico para a saúde física e mental dos jovens.
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Atividades como caminhadas, esportes, jardinagem e brincadeiras em parques aumentam os níveis de vitamina D, melhoram o humor e reduzem o estresse.
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A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos uma hora de atividade física diária para crianças e adolescentes.
9. Fomentar a autoestima offline:
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Desenvolver uma identidade positiva baseada em habilidades, talentos e conquistas pessoais, e não apenas em feedback online, é fundamental para a autoestima dos jovens.
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Atividades extracurriculares, como música, artes e esportes, ajudam a fortalecer a autoconfiança e a resiliência.
10. Estabelecer regras claras e consistentes:
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Definir e reforçar regularmente regras de uso das redes sociais, adaptando-as conforme a idade e as necessidades individuais das crianças e dos jovens, ajuda a reduzir o impacto das redes sociais no comportamento da juventude e a criar um ambiente digital seguro e saudável.
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Estudos mostram que limites claros e consistentes contribuem para a disciplina e o autocontrole dos jovens.
Como vimos até aqui, as redes sociais têm um impacto significativo no comportamento da juventude, oferecendo tanto oportunidades de conexão quanto desafios para o bem-estar.
Ao estabelecer limites de tempo, monitorar o conteúdo e promover interações sociais face a face, os pais e educadores podem ajudar os jovens a navegar nesse ambiente digital de maneira segura e saudável.
A educação sobre segurança online, o exemplo de comportamento responsável e o estímulo a atividades offline são essenciais para o desenvolvimento equilibrado das crianças e adolescentes. Com estratégias eficazes e um apoio constante, é possível aumentar os benefícios das redes sociais enquanto se minimizam os riscos associados ao seu uso.
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