“O CNU é uma junção de vários concursos de muitos entes da Administração Pública. Trata-se de uma novidade, que está em sua segunda edição. É como se fosse um superconcurso, com superpoderes e superfraquezas”, explica o CEO da Aprovação Ágil e criador do perfil Bitolei, Gustavo Nogueira de Sá, aprovado em 10 concursos públicos.
A principal vantagem, segundo ele, está na acessibilidade, considerando que a prova será aplicada em 228 cidades do Brasil.
No entanto, a estrutura ampla também traz armadilhas: “o concurseiro pode se confundir com sua estrutura e até mesmo sofrer para entender qual bloco ou cargos escolher”.
Outro ponto crítico é a generalização do conteúdo. O CNU acaba exigindo conteúdos mais genéricos dos candidatos. A justificativa, para o CEO da Aprovação Ágil, é a “estrutura de junção de vários cargos em blocos, não conseguem exigir conteúdos realmente específicos”.
O que estudar para a prova objetiva?
A prova objetiva será composta por questões de múltipla escolha — 90 para nível superior (60 específicas e 30 gerais) e 68 para nível médio (48 específicas e 20 gerais). O que estudar depende diretamente do bloco temático escolhido.
Gustavo Nogueira destaca o Bloco 9, um dos mais concorridos: “no Bloco 9, o conteúdo mais importante será a disciplina de regulação, com 35% do total dos pontos possíveis”.
Ele recomenda que os candidatos estudem o edital detalhadamente para entender a matriz de peso e relevância de cada disciplina dentro do seu bloco.
O que estudar para a prova discursiva?
Para a segunda etapa, a prova discursiva, o formato muda de acordo com o nível de escolaridade. Para os cargos de nível médio, consiste em uma redação em formato dissertativo-argumentativo.
Já para o nível superior, a estrutura é mais exigente: duas questões discursivas, com metade da nota baseada no conteúdo técnico e a outra metade na adequação à norma culta.
O especialista aconselha: “uma dica é pesquisar por provas recentes da FGV para Tribunais, em que eles seguiram uma estrutura parecida com essa do CNU”.