Olhares sobre a crise no Brasil: o debate na UnB
O Guia da Faculdade Hans Moura conta como foi o seminário "Olhares sobre a crise: o Brasil em questão", realizado na Faculdade de Direito da UnB.
O Decanato de Extensão (DEX) da Universidade de Brasília (UnB) realizou, no dia 22 de junho, o seminário “Olhares sobre a crise: o Brasil em questão” e contou com a presença de estudantes de várias áreas e de especialistas no assunto.
O evento aconteceu no auditório Joaquim Nabuco da Faculdade de Direito e levantou a discussão sobre a complexa conjuntura política do Brasil, com riscos ao Estado Democrático de Direito.
O seminário
A decana de extensão, Olgamir Amancia, e a professora Adriana Amado abriram o debate e falaram sobre a importância de se ter um espaço de diálogo como aquele na universidade.
Maria Lúcia Fattorelli, formada em Administração e coordenadora do Movimento Auditoria Cidadã da Dívida, falou logo em seguida sobre a corrupção generalizada e a série de reformas que o Brasil vem passando, como as da previdência e a trabalhista. Segundo ela, a verdadeira razão dessas reformas é retirar os direitos da população e desmontar os serviços públicos para que sobrem ainda mais recursos para a chamada Dívida Pública, que nunca foi auditada, como manda a constituição.
Luís Carlos Bresser, professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), pontuou a perda de ideia de nação e o consumo imediato como problemas que o Brasil vem enfrentando. De acordo com ele, quatro pontos são fundamentais para trabalhar a função econômica do Estado brasileiro: educação, instituições, investimento em infraestrutura e financiamentos.
Nelson Barbosa Filho, professor de Economia da UnB, disse que o problema vivido em nosso país é político institucional, ou seja, as instituições públicas debatem sobre a crise mas não chegam a uma resposta sustentável para solucionar os efeitos dela, aceitando que ela continue estagnada. Além disso, citou os privilégios dos benefícios dos funcionários públicos e as diferenças de impostos pagos por pessoas físicas e jurídicas. Sua visão é de que se faça um ajuste fiscal nessas áreas.
O fechamento do seminário ficou com a reitora da UnB, Márcia Abrahão Moura, que agradeceu a presença de todos e a qualidade das discussões.
